segunda-feira, 12 de março de 2007

Será... ou será? Ou ainda, será! Será?

Se te toco com força pensas que te vou querer,
se te toco devagar julgas que vou saber,
suspeito que serás,
suspeito que não me amarás,
creio em ti,
creio em mim,
o amor faz milagres,
Deus acompanha se me amares,
Tu és a minha rosa,
Eu sou o teu Espinosa.

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Soldado solitário, perdido na noite, procura consolo num abrigo, numa trincheira, acolhedora, mesmo que seja húmida, mesmo molhada, necessita tanto, quer tanto repousar. Continua, continua, sem rumo, caminha sem destino, não encontra, procura desesperadamente, a sua mente confusa encontra situações tenebrosas passadas, os olhos cansados, fitam o infinito, o cansaço dá lugar à paranóia, à sensação de ter perdido tudo, abandona o corpo e continua. Tudo quando trás, ou teve, vai deixando ao Deus dará, nada interessa, despede-se da última peça de roupa, do último aconchego, corre, corre em fúria, em dor, serra os dentes e corre. Cansado, continua, não pára, sente o coração a despedaçar-se, a rebentar, esforça ainda mais, o sangue fervilha-lhe nas entranhas, esguicha pelos dedos, sai-lhe pelos olhos, chora e chora, mais sangue e mais! Um último grito e consegue chegar-lhe!
Repousa em paz nos braços dela…

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