sexta-feira, 16 de março de 2007

De cernelha

A Nicia estava velha e não se encontrava muito bem-disposta, achava-se dona de uma integridade fora do comum. Era teimosa e dura, cheia de boa vontade. Senti que ela me queria comer. Pensei que se assim fosse teria de ter preservativos rotos. Era a única mulher que queria ver prenha. Tinha mesmo o corpo de alguém que quando prenha seria bom sodomizar. A sua integridade chocava com a minha falta de senso, sendo mesmo factor decisivo para uma boa relação, não duradoira, mas sim de sexo parvo. Por um dia ou dois mantive a calma e controlei a falta que tinha. É algo que se faz quando se quer caçar alguém. Chegámos mesmo a ter conversas decentes. Aliás, achei que poderia ser assim para o resto da vida, mas quando chegava a casa, partia tudo com a fúria de estar a ser algo que não era.
Este processo estava a tornar-se muito dispendioso.
Sabia que ela estava na fase fértil, convidei-a para jantar no restaurante do meu tio, o qual era bastante do seu agrado, pois era bastante simétrico. Comemos e bebemos ainda mais. Falámos de tudo o quanto fosse trivial e íntegro, como por exemplo separar o lixo por cores. Ela estava lava de suor. Paguei, ela pagou e saímos. O próximo passo era fulcral. Mal a imaginei de quatro no chão da minha cozinha a lava-lo, ejaculei. Ela não notou. Perguntei onde ela queria ir, não me deu tempo de dizer mais nada:
- Para a casa da minha tia.
Fiquei de tal forma que nem consegui saber que rádio queria ouvir e isso era fundamental para ela. Julguei que não ia conseguir manter o cenário por muito mais tempo, mas contive-me. A casa de sua da tia era algo que não consegui suportar, mesmo que implicasse ficar sem ela na minha cozinha. O cheiro apoderava-se de mim, julguei que iria desmaiar, ou mesmo ficar com ataques de perca de senso, mas o papo dela e a imagem dela prenha, fizeram milagres.
Todos os esforços serão recompensados.
A escada muito antiga era feita toda ela de madeira que rangia mais como um asno com o cio. A porta de entrada era tão grande como branca, tão imponente como espartana. Tão bonita como sem gosto. Ai! O maldito cheiro que já se sente aqui fora… Pensei de novo em coisas boas e como ela deixaria o chão da cozinha limpo quando estiver assim, prenha e nua.
Entrei.
Duas horas foram as que consegui aguentar, não mais, bastou. Tanto o tapete como os sofás ficaram irreconhecíveis. O meu vómito é de uma tal acidez e cor que nada nem ninguém conseguia afasta-lo. A tia do alto do seu metro e noventa, quando anda de espartilho, implorou que ficasse mais tempo, pois o cão dela estava a precisar de se purgar e assim podia aproveitar o resto da bílis que ainda tinha. Sem nem mais uma palavra, ejaculei e saí. Mais uma vez ninguém notou que saí.
Em casa, ela conseguia falar comigo, eu sentia que ela estava a comunicar, no entanto não conseguia entender se estava a falar pela boca ou pelos sovacos. Mandei-a calar e baixou os braços, ao que conclui que seria algum truque para me baralhar, para achar que a tia era uma pessoa séria e muito asseada. Séria não seria, bem como asseada. Bem, vendo bem… até que era, mas não sabia como encontrar algum tipo de paralelismo e desatei a assobiar a marcha nupcial. Descobri algo que nunca esquecerei. Esta marcha, e assobiada por mim, ou seja, muito mal tocada, fazia crescer pelos na nuca da minha querida Nicia, e assim, fazia com que os arrepiasse, e em simultâneo tornasse os bicos dos seios o mais túmidos possível, bem como vermelhos. Isso era notório quando estava de camisa, a qual estava já despida. Não parei. Cada vez mais alto, até que tocaram à campainha. Era a vizinha a reclamar o barulho. Convidei-a a entrar, mas não quis, aliás, desancou-me por estar a traí-la. Uma mão no meio das suas pernas durante vários segundos acalmou-a. Fechei a porta, mas sem antes cuspir para a mão e dar-lhe um aperto de mão.
A Nicia era e é, bem à maneira.
Adoro o seu corpo, como já referi. Achei que seria importante falar-lhe dos problemas do corpo quando dilatado. Não se fez de rogada e meteu o meu pénis muito duro na sua boca. Não percebi se estava a acompanhar o que lhe estava a dizer, ou pelo menos a fazer um esforço para me compreender. Ejaculei.
Se o dia tivesse mais horas seria um disparate.
Deite-me com ela, foi tão bom que não me lembro. Fizemos amor, fodemos, comia-a, comeu-me, penetrei-a, meti vários dedos e fui-lhe ao cu.
Mas, e porque há sempre um mas, o que mais me chateou, o que mais me marcou, foi a bem falada e experimentada, cernelha. A posição não é nada de mais, é igual ao que se faz a um toiro, só que ali é ao contrário, o que dá um gozo tremendo e quem sugeriu foi ela. Fiquei espantado! A sério, juro por tudo o que há mais de sagrado e não falo de Deus. É a minha posição mais apetecível. A princípio fiquei apreensivo, não sabendo se ela estava a falar da mesma coisa, mas quando me pega e faz o movimento, já está! Vou dar uma de cernelha!
Esta posição porque estrangula aquele nervo, faz com que se tenha a erecção da vida, da minha e da vossa, pois é tão grande que se fica com a dos outros. Bem como a ejaculação, que é de tal forma adiada que todos os músculos do corpo imploram que não aconteça e que perdure, que assim fique por horas, tal como acontece. Parece ser algo que não se tem todos os dias, mas quem experimenta, até o pode fazer sozinho, basta ter um urso de peluche. Mais e mais, dentro e fora, sempre sem parar.
Os gritos e os gemidos emitidos por ela por vezes não se ouviam, estavam abafados pelos meus dedos na sua garganta, mas quando os retirava, ouviam-se a horas de distância.
Só mais uma.
Sem que eu pudesse dizer, água vai, pegou nos meus testículos e apertou quando ejaculei. Ai soube o que se passava. Ela queria lavar a minha cozinha e estar prenha.
Morri.

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