sexta-feira, 26 de março de 2010

Maltratei a minha alma e deu nisto

Num estado de espírito encravado no mar profundo de gotas de água, cheias de sal e medo, cravo os meus medos, numa enseada escondida de todos, onde só os bons estão, onde só os que nos escutam sentem o que nos vai na alma, no nosso intimo. Por ser tão fundo, é escuro, mas claro e evidente como a claridade do sol do meio-dia, seja aqui, ou no Nepal, desde que não pareça mal.

É com este estado de espírito repleto de manobras esquivas, por não querer ser o que todos acham que podem saber, que mergulho, bem fundo e oiço as vozes da profundidade, em gritos histéricos, abafados pela surdina da profundidade, mas tão alto como o pássaro que voa lá no cimo. Calo-me e espero. Espero que venham e, me comam, que acabem de vez com isto tudo, que tratem de tratar do que já está tratado, mas demora, que sigam os seus caminhos sem nunca olhar para trás, só em frente e para sempre!

Neste estado de espírito que vos digo: esta merda é muito boa! Mas engorda…

Quem se preocupa com isso?



Já dizia uma pessoa que conhecia: “Se não queres estar de cabeça erguida, segue os passos de quem sabe.”



Olho-te duma só vez, sem ter a certeza que o olhar chega, sem saber se o olhar basta. Tudo parece ser tão pouco, as palavras, os gestos, os olhares, o toque, o que sentimos, o que não sentimos, tudo é … sem quantidade. Tudo não tem quantidade, quando comparado ao que é de facto. Não há quantidade, não há palavra, não há gesto, não há saber, não há nada, NADA, que consiga definir o nosso sentir. Por mais voltas que queiramos dar, nada irá superar, o nosso amar!

È a primeira vez que aqui ponho... Neste meu mundo que me acompanha e só eu o conheço.

Enfrentamos com coragem o mar revolto, que com árduo esforço, queima-nos os braços, com a força de mil homens, saltamos as vagas, sem parar, sem cansar. O mar, em abraços de força bruta, cerca-nos, envolve-nos, alcança-nos, sempre e mais uma vez. A água saldada, gelada, fria, pela madrugada, penetra nos ossos, no âmago, mantendo sempre o coração quente, sente, pelo calor dum amar, profundo, sem parar, com rumo, segue-se o brilho do olhar, esse amar, esse nosso amar. Perdemo-nos para sempre, nesse mar sem nunca parar. Seguimos em frente… sem fim e… com o nosso rumo!



Rimas populares:
Albertina, Albertina, já que vais à cozinha, com essa cara linda, trás mas é o pão!
Oh sol que no horizonte vais baixo, arranja-me lá um cigarro…
Estava em casa a pensar em ti, vi e li, só não comi.
Pelos prados do Outono amarelo, vejo-te, estás com a Maria e o Tó!
Numa manhã de Primavera, subo as escadas da felicidade, quando estou aflito, borro-me.
Venham, venham ver, um boi que sabe ler e uma vaca que sabe ladrar.
Escuto com atenção o que o pássaro me diz, diz que somos lindos, diz que somos parvos…
Na cidade deserta, uma alma perdida pede na esquina, será a minha prima?
Alvejo um grande coração vermelho, com a certeza de acertar, preparo a flecha e como um croissant.


Sempre quis começar uma história com: Mesmo…
Agora que o posso fazer, perdi a história e encontrei a estória. Não sei o que fazer… Tenho de encontrar uma língua que não tenho duas, ou mais versões da mesma merda! Bolas, estou farto disto!


Era um dia bonito, em que todos sorriam e eram felizes. Os que iam a caminho do trabalho, sorriam com toda alegria, os que ficavam em casa, riam-se por os outros irem trabalhar e os que não estavam a fazer uma coisa nem outra, estavam contentes, mas realmente o que interessava, era a felicidade das pessoas e as palavras que proferiam. Palavras de ordem: “Estamos felizes! Estão felizes!” – Ecoavam nas paredes dos prédios sem cor e nas avenidas cheias de alcatrão. Os pássaros cantavam e comiam das mãos de quem passava, passando largas quantidades de doenças graves e tudo era bom e feliz. Um sentimento de positivismo exteriorizado pelas acções e reacções.
No seio desta grande festa, um menino, pequenino, de barba branca e cabelo escuro, dizia: Do que é que se riem?

quarta-feira, 3 de março de 2010

Canções de amor

Não há nada como uma bela canção de amor!

Pavement Saw Big Black (No album Pigpile, que dopois surgiu mais tarde no album Songs about fucking!, um verdadeiro algum de músicas de amor!)

She went through me like a pavement saw
And I feel stupid 'cause I was so stupid about it
She went through me like a pavement saw
And I feel... stupid 'cause I was so stupid about it
She smokes so self-contently
Makes me sick
But she's so pretty that I can't resist
She likes to suffer, she's has nothing to do
Can't hate the chick 'cause she's got no sense
She went through me like a pavement saw
And I feel stupid 'cause I was so stupid about it
She went through me like a pavement saw
And I feel stupid 'cause I was so stupid about it