sábado, 26 de fevereiro de 2011

Harry Luciano James Alves (z) Potter Fonseca (ea).doc

Quem é o de facto o Harry Potter?


A escritora podia até ter sido acusada de plágio, ou de se ter baseado em factos reais, pois o que vão conhecer nestes dois minutos é a pura da realidade. Preparem-se para o pior, ou o melhor, visto que a história do pequeno Luciano Alves Fonseca, é de facto a realidade e dava vários livros.

Harry James Potter, de facto na vida real chama-se, Luciano Alves Fonseca, descende directamente da família Alvez, mas por ser tido um apelido perigoso para as classes mais abastadas no reino, em 1865 o nome Alvez, foi substituído por Alves e toda a família teve de mudar de nome e forma de andar. Esta família que se mudou para uma pequena aldeia no centro do pais (falamos de Portugal), de seu nome Aigra Nova, no seio da serra da Lousã. O jovem Luciano é tido desde muito cedo como um profeta, visto que adivinhava o futuro por meio de charadas complexas, que envolviam pedras cruas de xisto e construções de Lego. Não se sabe onde o pequeno encontrava as pedras de Lego, mas tendo em conta os amigos que tinha, por ventura teriam sido emprestadas, para no futuro serem devolvidas. O xisto era muito comum na casa onde vivia, junto ao rio Trancão. Lembrava sempre o avô, típico camponês que vivia naquela altura encurralado entre 4 paredes suburbanas, que tinha sempre a braguilha aberta, mas não duma forma simples, usando formas dissimuladas para o fazer, como por exemplo usando linguagem de árbitro de futebol de segunda. Com 5 anos formava castelos e inventava palavras, que mais pareciam jogos de faz-de-conta. Dizem vós: “…é normal, o meu filho faz o mesmo!” Não, não faz, pelo menos não na dimensão das que ele fazia, visto que conseguia demover pelo menos sempre cinco a seis indivíduos especializados da construção civil para construir o que ele carinhosamente chamava de: “O nosso castelo Humbertino”. Ainda está em construção. Será uma obra Gótica, mas vista de Norte para Sul, é um cubo com os cantos arredondados.
De facto a história é tão semelhante que aos 11 anos também recebeu uma carta dum director de circo, porque precisava de um rapaz pequeno para mexer nos aparatos do mágico. Hesitou no início, pois não sabia como o individuo tinha conseguido a morada dele, mas depois seguiu o seu instinto e sem dizer nada aos pais adoptivos, foi ao supermercado e comprou seis rolos de papel higiénico. Durante duas semanas preparou tudo e no dia combinado, fugiu. A vida no circo era dura, mas sabia que ia ter a resposta à marca de nascença que tinha no glúteo esquerdo. Sentia-se propriamente bem quando estava dentro das caixas e ouvia os Huuu e Ahhh de surpresa, depois dum bom truque. Quando cresceu e já não cabia nas caixas, o mágico prescindiu dele e passou a tratar dos elefantes. Foi aí que tudo fez sentido. Numa noite de lua, teve uma epifania e viu que o elefante com quem travava grandes diálogos a fazer o maior monte de esterco, de que há memória. No meio do esterco, uma luz chamava-o e foi ai que viu A luz. O elefante mirou-o e disse: “Sabes a marca que tens no glúteo? É a marca dum grande mágico!”. Fez um ar de espanto, pois o elefante falava. De facto assim era, o verdadeiro pai, oriundo por empréstimo do Zimbabué, não sendo de origem africana, tinha um semblante muito parecido com um gorila das mesmas partes de África. O pai era também ele um grande mágico, todos os que viviam com ele eram mágicos, era tudo mágico. Mas um dia foi assassinado por um crocodilo, ele e a mãe, que o ajudava em tudo, até na lida da casa. Família habituada a fazer tudo com as mãos, usando a mente, criaram o pequeno rebento, o herói da nossa história, até à idade de um ano, sendo depois raptado por dois elefantes de grande porte. Nunca mais foi visto, até que naquele dia, o elefante lhe contou tudo. Ficou a principio muito zangado, mas depois limpou o esterco. Tudo mudou para ele naquela dia. Mudou-se para uma dimensão diferente, ali junto à Trofa. Parecia tudo diferente e sabendo agora as suas origens, trabalhou desde esse dia em formas de conseguir alterar os alimentos em seres humanos voadores. A semelhança é atroz. Nada do que está nos livros da escritora é fantástico, é tudo real, só que traduzindo para um nível mais místico, visto que vende mais. Mas na realidade, o Harry, é o Luciano, que neste momento é conhecido como o Luciano da Trofa. Ninguém o vê, depois de entrar na casa do amigo Carlitos e durante dias ali ficam, juntos com outros tantos, fazendo as delicias de milhares de pessoas que também não são vistas, pois para entrar ali, é necessário passar pelo preenchimento duma série de impressos, que mais parecem ser dum filme que todos conhecemos.

Assim fica aqui desmistificada a verdadeira história do “Harry James Potter”, moço humilde descendente de famílias místicas e verdadeiras. E ainda não vos falei da família Fonseca… por isso podem imaginar o quão fantástico é o Luciano Alves(z) Fonseca(ea).

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Há dias assim

Descia agora no elevador, forrado a veludo vermelho e amarelo. Dum lado, um espelho enorme preenchia a parede toda e do outro botões muito grandes assinalavam os andares. A toda a volta, excepto na porta, no meio das paredes, por altura da cintura, um varão dourado, flutuava a toda à volta, visto que não estava assente em lugar algum. O chão negro como a noite, mais parecia que não tinha fundo. Senti que descia com uma enorme velocidade. Tentei pará-lo. Olhei para os enormes botões. O sinal de paragem era uma enorme alavanca, que se escondia dentro da parede lateral, como se que estivesse embutida. O número 5 piscava, como se tratasse duma emergência, enquanto os outros, tinha pequenas bocas e que cantavam desafinados o hino da alegria. De certa forma não sabia para onde ia, visto que não me lembro como entrei. Ao tentar lembrar-me, olhei para cima e vi que o dito elevador não tinha cobertura e que se viam perfeitamente as estrelas, como se estivesse no espaço. Parou no 5º andar e as portas abriram-se. Uma luz ofuscante e um barulho semelhante a uma bola de ténis a saltitar, eram a única coisa que se ouviam. Ouvia-se também ao fundo uma voz, mas não se entendia o que dizia. Hesitei, tive medo e não sai. Por entre a luz forte, senti um puxão, parecia vislumbrar-se um braço, com uma mão, que me agarrava, me puxava para fora, mas não sabia de onde vinha a força, visto que sentia o puxão, mas a mão não me tocava. A voz agora era nítida e dizia primeiro bem baixo: “Tens de sair… tens de sair….” Era cada vez mais intensa, até que aos gritos me dizia, para sair:
- “SAI!!! SAI!!!”.
Acordei com a minha mulher a chamar-me para sair da cama. Estes sonhos dão-me vertigens e sede. A minha mulher, de olhos vermelhos, já vestida, pronta para sair, dizia para eu sair da cama e enquanto saía, resmungava que mais uma vez tinha sido ela que tinha levado o cão à rua, etc, etc…
- Tem um dia simpático amor. – Disse eu.
Nem respondeu, fechou a porta com toda a força e saiu. Voltei-me para o outro lado e voltei a dormir.
Depois de muitas voltas na cama, sem conseguir voltar a pregar olho, levantei-me. Uma sensação estranha envolvia-me. Uma sensação de que me tinha esquecido de fazer alguma coisa no dia anterior. Não sabia o que era, mas sabia que essa sensação me perseguia, como um leão persegue a sua presa. Levantei-me de testa franzida, com a ideia na minha cabeça. Como todos os dias, fui até à cozinha e abri o frigorifico. Olhei lá para dentro e nada do que lá estava fazia sentido, era como que se aquele frigorífico não fosse o meu, como que as coisas que lá estavam dentro não fossem minhas. Tive um estremecimento e fechei a porta assustado. Olhei em volta e tudo apontava para que estivesse na minha casa. Enchi-me de coragem e voltei a abrir o frigorífico. Tudo tinha ocupado o seu devido lugar. Desta feita tinha sido ainda mais estranho e repeti a operação mais umas quantas vezes, mas nunca me aparecera como da primeira vez. Por fim, abri, tirei o sumo de ananás e bebi o pacote quase todo. De seguida o café da manhã e uma ida prolongada à casa de banho, para ler as últimas notícias e ficar mais quinze minutos com as pernas dormentes depois de me levantar. No fundo da minha mente a sensação persistia. Do que é que eu me teria esquecido de fazer?
Tomei banho, vesti-me, arranjei-me todo e saí.
No meu automóvel, a caminho do trabalho, no trânsito infernal da cidade, ouvia o meu grupo favorito. Estava tão alto que até eu próprio tinha de por tampões nos ouvidos para não ferir os tímpanos. Gosto da sensação de ouvir música ao vivo, num estádio, ou num local onde toquem a música bem alta. Tão alta que tinha de estar de boca aberta para aliviar a pressão criada no peito. Parecia que a caixa torácica ia explodir. Que sensação agradável! Sorri! Algo que adoro, isso e sentir os pés molhados. O meu psicólogo não consegue entender porquê, mas mesmo com regressões e tudo e mais alguma coisa, ele entende, nem consegue entender, ou se quer dar-me uma pista para o porquê. Acho que tenho de mudar de psicólogo.
Estava já muito próximo do meu trabalho, a avenida que ladeia o estacionamento onde por norma eu estaciono o carro, estava fechada. Uma manifestação anti-qualquer coisa. Abri o vidro para falar com o agente da autoridade que estava a direccionar o trânsito, mas não baixei a música, visto que como estava com os tampões, não me apercebi que estava assim tão alta. O agente não achou muita piada e mandou-me encostar. Ainda pensei que seria por causa de alguma irregularidade que teria cometido ao chegar junto dele, mas não, era mesmo a música. Discurso de agente da autoridade:
- Bom dia Sr. condutor. Os seus documentos e os documentos da viatura. – fazendo continência.
Nota de rodapé: Será um truque para quebrar o gelo da primeira conversa? Imaginem um agente no engate na discoteca: “Então, Sra. condutora, mostre-me lá os documentos da viatura e já agora, fofa, os seus.” E na frase a seguir: “Vou ter de a autuar!” - com ar malandreco.
Baixei a música, tirei os tampões dos ouvidos, retirei os documentos da carteira e passeio-os suavemente para as mãos tronchudas do agente. De documentos na mão, deu uma volta ao carro, verificou tudo e assomou-se à minha janela, dizendo a típica segunda frase:
- Sr. condutor, vou ter de o autuar.
Quando estão chateados de ali estar, porque lhes mandaram fazer aquele serviço e obrigados, é escusado dizer seja o que for para os demover. Olhei em volta em busca duma salvação e no crachá vi a salvação. O nome, mas em especial o apelido. Era o igual ao meu. Julgo que ele também já tinha dado conta dessa ocorrência, quando verificou os meus documentos, mas não quis dar parte fraca. Balbuciou as palavras da praxe, para que não desse azo a conversas fora do círculo condutor-agente agente-condutor. Há muitas pessoas com o mesmo apelido e que não têm parentesco, todos sabemos disso, mas Salpicos por certo que haverão poucos. Olhei-o nos olhos e reconheci-o. Era o meu primo das férias de Verão! Já não o via há pelo menos dez anos, mas os olhos e a expressão de zangado, nunca as deixaria de ter. Sim, era o Fulgêncio! Meu grande companheiro de pesca! Não consegui abafar:
- Fulgêncio! Estás bom!?
- Desculpe… - Com ar de admirado.
Fê-lo tão bem que quase acreditei que não era, mas no final do ar de espanto, senti um pequeno sorriso. Estava safo! Era ele mesmo, o meu querido primo. Disse logo para entrar no carro e irmos tomar um copo, ou um café, visto que estava de serviço. Primeiro disse que não podia, mas depois chamou um colega qualquer, duma patente inferior e dizendo que precisava de me levar à esquadra. E lá fomos nós. Estava tão contente! Ele ainda meio encavacado, esboçava um pequeno sorriso, mas nada de muito largo. Achei aquela reacção meio estranha, mas como estava fardado e porque estava no meu carro, achei que estava contido por causa da situação. Rápido percebi que não seria por essa razão. Mandou-me encostar e olhou-me nos olhos. Apercebi-me que algo não estava bem e como uma epifania, lembrei-me do que me esquecera. Como pode ser? Tudo tem de ter uma razão de ser. Mas o facto de o ter encontrado daquela forma, não fora um acaso, não fora por obra do destino, fora sim porque ele me perseguia. Como me pude esquecer? Talvez por parecer tão absurdo, tinha feito a máxima força para me esquecer. Quando me vi na situação e vi os olhos dele, não deixei de pensar na minha mulher, em todos os dias bons que tive na minha vida, num resumo de condenado à morte, tive um arrepio. Ele continuava ali, a olhar para mim, parado e com a mão na pistola. Lágrimas surdas começaram a escorrer-me pela face. Ao final de algum tempo naquele impasse, soltou uma palavra da sua boca:
- Pelos vistos esqueceste-te do que tínhamos combinado.
Eu não consegui responder, só as lágrimas falavam, o desespero espalhado na minha cara dizia tudo. Voltou de novo ao tema:
- Esqueceste-te, não foi? Pois… mas eu não. Que Deus te dê paz à tal alma.
Dizendo isto, puxou da arma, engatilho-a e quando se preparava para disparar, consegui dizer:
- Primo…
Tarde demais, pois disparou sem pestanejar e saiu do carro.


Caso se lembrem do que eu me tinha esquecido, digam-me, que eu depois de levar com o balázio, esqueci-me.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Quem quer fresquinhas?

Saltei de uma pedra para outra e estava lá um sapo. O sapo olhou para mim e perguntou se eu estava calçado e eu respondi com ar de melro que sim, pois bastava olhar para os meus pés e verificar. Ele ficou ofendido. Retorquiu duas ou três palavras, saltando de novo para outra pedra, onde eu ia por o próximo pé.
Moral: Quando não se tem a certeza, evita-se.

Andava eu perdido na floresta tropical, num qualquer país da América Latina, ou era Central? Sul? Do Norte não era de certeza, pois se assim fosse não podia dar dois passos sem ser detectado. Bem, estava perdido e os meus pés, calçados, metiam água por todo o lado. Pensei no que a minha tia-avó me tinha dito, relativo a esta tema dos pés que metem água, mas como não tinha disponibilidade na altura para a escutar, não a ouvi com atenção. Agora pago caro o facto de os ter molhados, ensopados, húmidos por demais. Tenho quase a certeza que teria alguma coisa a ver com mudar o calçado para estas coisas do andar perdido na floresta.
Moral: Em terra de pessoas, quem tem olho é rei.

Um dia de tarde, depois do almoço, estava eu a pensar o que podia fazer para compensar um amigo meu que me tinha ajudado numa tarefa complicada, quando me deparei com uma situação ridícula. Se o tiver de ajudar terei de ser melhor que ele. A vida é de facto matreira, pois quantas vezes é que podemos pensar em algo que nos leva a compensar, se não podemos? Mais vale não receber a ajuda, que ter estes pesos na consciência, se bem que eu não pedi, foi algo que surgiu. E agora, como vou fazer? Já sei, vou tentar.
Moral: Mais vale um arrumador, que um amigo.


O canto do pito

Misto e cor
No meu assador
Cor e amor
Passa uma por favor
O cheiro bonito
O assador pequenito
Carvão vermelhito
Assa o pito
Oh que fome malvada
Que a minha barriga mandava
Era o que eu achava
Mas não era nada
Ouvia gritos
Vinham dos pitos
Estavam aflitos
Precisam de salpicos
Quando feitos estavam
Os convivas olhavam
Nem pelo pastor esperavam
De barriga cheia ficaram
A refeição chegou ao seu final
Estávamos todos juntos no Seixal
Dia de Verão excepcional
Até cheirava mal.



Poema de Primavera (a salada)

Chora Maria, por não puderes sentir o vento na face, por não puderes comer mais alface. Mas uma cenoura comerás, triste e chorona salada, que nela a cebola trás.
Oh tenra couve roxa, que dos planaltos do Oeste vieste, todos choramos por ser pouca.
Doce e suave tempero, este azeite virgem, nunca antes usado, que mal se sabe a sua origem.
Fel vinagre de vinho, pois que não é do Minho, é sim ácido e mais forte que um limão, não não.
Todos juntos numa tigela, em cores muito bonitas, fazendo dela a mais bela.
Comei, comei, que amanhã não há, comei, comei, que eu vou à casa de banho.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Tom Sawyer...

Como se pode provar por A + B, o Tom Sawyer é homossexual. Não é preciso muito para provar seja o que for. Vejam com muita atenção os pormenores subtis que estão implícitos. O genérico diz tudo, a letra, a forma como brinca com o amigo, tudo.

“G
Vês passar o barco (o nabo)
E-
rumando p’ró o sul (o rabo)
G
Brincando na proa (a boca)
E-
gostavas de estar (levar)

Voa lá no alto
por cima de ti (acho que não é preciso grandes explicações…)
um grande falcão (é preciso mais?)
és o rei és feliz (a forma como ele diz amo-te ao namorado)

C
E quando tu (cu?)
D
vês o Mississípi (a pila do outro)
C D
tu saltas pela ponte (saltas-lhe para cima)
F D
e voas com a mente (orgasmo)

Nuvens de tormentas (festas com amigos)
Estão sobre ti (todos juntos)
Corre agora corre (leva, leva)
e te esconderás (no rabo)
entre aquelas plantas (as pilas)
ou te molharás (é preciso mais justificação?)

E sonharás (levarás)
que és um pirata (paneleiro)
tu... sobre uma fragata (uma pila)
tu... sempre à frente de um bom grupo (mais uma bela referência a este sex-simbol homossexual)
de raparigas e rapazes (os homossexuais não são só homens, certo?)

Tu andas sempre descalço, Tom Sawyer (é verdade)
junto ao rio a passear, Tom Sawyer (a levar, sim)
mil amigos deixarás, aqui e além (uiui! É preciso mais?)
descobrir o mundo, viver aventuras (bis)” (SIGA POR AÍ FOR! GANDA BADALHOCO!)”

Nem vale a pena eu analisar o genérico convosco… é e mais nada!


Bem e agora que já descarreguei os meus traumas de homofobia, posso continuar?

Muito obrigado.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Catarina e o Marco

Catarina acordou de manhã e não sentia onde tocava. Pensou que podia estar morta, ou que a cama tivesse desaparecido. Gritou pela mãe que, ao entrar no quarto, tombou para o lado, ao ver o estado em que estava a sua filha. Catarina ainda indagou a enorme mãe, na tentativa frustrada de saber o que se passaria, visto que da perspectiva de onde estava, não conseguia. Olhava para baixo, em busca do seu corpo, mas não conseguia ver, pois a luz que irradiava era de tal forma forte, que lhe cegava as vistas, só mesmo a silhueta dos pés, que lhe pareciam maiores, mas ao mesmo tempo mais magros e ao contrário. Chamou desta feita a sua pequena e graciosa irmã, que quando entrou no quarto e viu tamanha façanha, tombou para o lado, em cima da mãe. Ainda tentou perguntar-lhe o que se passava, mas não obteve qualquer tipo de resposta, se não um profundo silêncio vindo da boca da sua querida irmã, de cabelo bem loiro e com uma combinação muito interessante, em especial quando vista em contra luz, estando a pequena da lado, mas isso fica para outro capitulo. Catarina estava em pânico, até confessou para si, que a palavra em Francês se adequava mais, que a de origem Portuguesa, ou seja e sem adiantar mais anda, estava a “panicar”. Chamou agora pela avó, que quando entrou no quarto perguntou o que se passava. Catarina respondeu que estava em pânico, ou tal como foi sugerido à atrasado, utilizando a palavra correcta, de origem estrangeira, uma espécie de galicismo, estava a “panicar” e que também não sabia o que se passava. Só sabia que não se conseguia mover muito bem e que a luz que vinha do seu corpo era tão intensa que não conseguia visionar quase nada daquilo que outrora fora o seu belo corpo de moça prendada. A avó, senhora para os seus 85 anos, com uma combinação muito interessante quando vista num quarto escuro, sem luz nenhuma, disse que já vinha, pois estava muito aflita e tinha de ir buscar os óculos, ou seja, tinha de ir fazer o que ninguém podia fazer por ela. Catarina ficou estarrecida, sem pinga de sangue, pois continuava a não saber o que se passava e a luz era cada vez mais intensa e agora deixara de ver os pés e em vez disso, um língua bífida saia por entre os lençóis, que no meio da luz branca cegante fazia um contraste mais apurado e nítido. Era de facto uma língua bífida, longa e única, sem boca, só a língua, que serpenteava por entre o ar, imergindo do branco puro, da luz clara como que se tratasse do início do mundo. A avó voltará, mas com a correria e o stress de saber o que se passava, tropeçou e tombou para junto das outras duas, que jaziam no chão, frio e duro, sujo, castanho, da cor que sempre tivera, castanho taco, mesmo que a pobre Catarina já tivesse pedido vezes sem conta ao pai para colocar outra cor, pois aquela fazia-lhe lembra o taco que tinha na casa de verão e que lhe dava as maiores, piores, recordações. Mas isso é para outro capítulo. Desesperada, em pânico, “panicada” portanto, assustada, vibrante, de olhos arregalados, sem saber o que fazer, com medo, cheia de terror, gelada, de olhos arregalados de novo, petrificada e bonita. Não sabia o que podia fazer mais e levantou-se. Tombou sem demora para cima do monte de corpo tombados junto ao seu leito e ali ficou até que o pai chegou e ao ver a sua filha com aquela combinação, tombou para cima do monte cada vez maior de corpos desmaiados. A mãe que estava no fim da tumba, zurziu duras palavras em Finlandês e depois com todas as forças do mundo, libertou um severo bufo, que inundou por completo o quarto da pobre pequena. Como por um acto de magia, todos acordaram com intenção de fazer ovos mexidos sem manteiga. Catarina, que desde o dia em que se nascera, tinha sempre a sensação de que já tinha vivido, olhou com desdém para a cama e puxou do seu muco visceral com toda a sua força. Vinha das partes mais recônditas do seu corpo e criou dentro da sua pequena grande boca, uma das maiores e mais invejáveis bolas de escarro que de seguida despejou na cama que outrora a tinha aprisionado, sem dar conta que de facto o que tinha acontecido era que o estúpido do namorado estava debaixo dos cobertores e com uma lanterna. Tentava fazer-lhe o maior cunilíngus da história moderna. Claro está que são sobejamente reconhecidos os atributos do pequenino Marco e por isso os desmaios colectivos, visto que não é normal ver-se uma luz forte na ponta duma gaita de 30cms, estando a mesma quase muito perto de se enterrar profundamente tanto no colchão tenro, como no corpo luminoso da cândida Catarina. Marco, que desta feita jazia num sono profundo de barriga para cima, levou com o enorme escarro sem pestanejar e como se não bastasse, visto que estava calor, dormia desnudado e destapado. Catarina que ainda mal estava refeita do lhe tinha acontecido, tombou no chão junto com o resto das pessoas que se encontravam no quarto e agora já eram mais, não querendo enumerá-las, visto que não são pessoas que conheçam, caindo todos ao mesmo tempo que a enorme bola de ranho húmido. Desde já posso referir que a tumba se elevava ao nível do tecto, sendo já bastante complexo para as últimas pessoas que desmaiaram chegar ao topo. Marco, mantinha-se firme e hirto, e continuava sem pestanejar, tento já os orbitas secas, deu um grito de leão e dum só golpe de rins, saltou da cama e pôs-se em cima da cómoda, mirando o estado da coisa. A tumba… a pilha, o conjunto de pessoas que se amontoavam. A outra coisa é caso de reflexão num outro capítulo. Pensou o que poderia fazer. Pensou, pensou e chegou a uma conclusão efémera, de tal forma que durou meio segundo. Pensou de novo e sem ter a ideia, deu um bufo terrível, um peido vigoroso, um traque altivo, um gás intestinal mirabolante, sentido em vários países da América Latina e África Austral. O próprio não se conteve e caiu do alto da cómoda em cima da cama, de barriga para baixo, espetando o fenomenal sexo no colchão de molas e espuma de silicone anti-qualquer coisa, desmaiando de seguida, aliás, não sei se já não estaria a desmaiado antes de bater no mole colchão. O que é certo é que toda a gente acordou do desmaio. Como tudo já estava a ficar bastante parvo, decidiram atirar o mole pai pela janela e brincar com o vigoroso Marco. A avó, foi para a casa de banho e não voltou.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Teste de acesso ao ensino atrapalhado.

Nome:
Idade:
Sexo:
Nome do pai:
Nome da tia:
Nome da mãe:
Nome de todos os Presidentes da Republica da Francesa (de todas as repúblicas):
Facebook:
Versão de BIOS:
Data de amanhã:


Teste número 145/78/323/1


Preencher os espaços em branco, com letra justa e de fácil compreensão. Não utilizar marcadores de tinta clara e trinchas. Rolos de parede, só os dos cantos.

Q - Quando um homem está parado, fora do carro, no meio das faixas de rodagem duma auto-estrada, estará nervoso, ou doente?
R: Está a ______ dum valente _________ nos tomates.

Q – Se há cabras no monte, é porque?
R: Porque há _______.

Q – Quem conduz o carro de bois quando o Sr. Albertino está doente?
R: _________ da _______ Mendes.

Q – Há sempre uma virgula a menos em qualquer texto de quem?
R: ________ Saramago

Q – Qual destes animais voa? Urso, orangotango, elefante, preguiça, tatu, homem? E porquê?
R: _______. Porque: Quando andam de _________ voam.

Q – Se um melro tem o bico amarelo, quais os outros que o têm preto?
R: ______ - ______

Q – Se os habitantes duma cidade são citadinos, como se chamam os habitantes dum casal?
R: __________

Q – “A penumbra invade…” Qual o autor destas palavras? Justifique.
R: www.___________.com. ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________, _______________________________________: __________________ (_____).

Q – Marque com um X a resposta certa para a seguinte pergunta:
Quem somos, de onde vimos, para onde vamos?
1 – Nada __
2 – Não sei __
3 – Sei __
4 – Vou pensar no teu caso __
5 – Sim __
6 – 64 __



Sábado.

Carta comercial

Ghüster – Comercio e indústria, S.A.

DRH – 14/07

Algunfeira fundeira, 23 de Outubro, de 2008

Ref.: Normas de utilização de zonas/áreas de lazer


Caros funcionários:

É nosso dever informar que foram recentemente inauguradas 3 (três) novas zonas/áreas de lazer, na fábrica sede. As direcções para as respectivas zonas/áreas estão devidamente assinaladas, bem como a sua localização. Serve a presente como indicação das devidas regras de utilização. (Ver anexos)




Atenciosamente,


Canhostro Mirmetão Alves Trugêncio.
Director dos Recursos Humanos

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Anexo 1.a

Regras de funcionamento das zonas/áreas de lazer da fábrica sede, da empresa: Ghüster – Comercio e indústria

1 – As zonas/áreas de lazer, não podem ser utilizadas como meios alternativos a libertação de gases, vulgo: “flatulências”.
2 – Em cada zona estão devidamente assinaladas as subzonas, que passamos a identificar:
- Descanso Ionizado Útil (DIU)
- Conversa Sem Importância (CSI)
- Terapia da Fala Túmida (TFT)
- Gritos Altos (Ga)
- CrochÉ (CÉ)
- Libertação de Stress Diário (LSD)
- Jogos Recentes Elaborados (JRE)
- Refeição ®
- Exercício Latente Ficcional. (ELF)
Qualquer outra actividade não relacionada com lazer, será captada via câmaras de vigilância interna e serão devidamente informada à administração para posterior analise, sendo sujeitas a punições graves, como por exemplo o espancamento com um jornal. (Ver carta DRH – 01/01)
3 – Todo o equipamento presente nestas áreas, estão devidamente identificados, assinalados, marcados, alguns pregados, outros tantos aparafusados, soldados, etc… de qualquer forma, não são para ser furtados.
4 – Qualquer dano no equipamento deverá ser reportado ao seu superior hierárquico e se for o mesmo, deve ser reportado a si próprio, para posterior apresentação no relatório mensal. Os danos serão da responsabilidade dos autores e não devem nunca ser incriminados os parceiros.
5 - É perfeitamente proibido qualquer tipo de actividade que envolva contacto físico, ou não. São estas as actividades proibidas:
- Bullying
- Arremesso da “escarreta”
- Quarto escuro
- Jogar ao mata
- Cabra cega
- Corredor da morte
- 1,2,3 macaquinho do chinês
e qualquer outra que envolva brincadeiras com bonecas, ou brincar aos médicos.
6 - As práticas sexuais estão temporariamente excluídas das zonas/áreas de lazer. Quando for libertada a proibição, ser-lhes-á informada.
7 – Não é permitido estar mais de (2ax+b)²= de tempo, sendo o a média do tempo calculado. Esse é referente ao tempo indicado na carta: DRH – 45/02.
8 – Não é permitida a presença de menores de 16 anos.
9 – As zonas/áreas de lazer não são zonas/áreas de estacionamento de qualquer tipo de veículo, mesmo que sejam cadeiras de rodas.
10 – As zonas/áreas de lazer são para ser mantidas limpas, mas não serão permitidas danças de salão no chão, ou outras actividades que envolvam mais de 50% de contacto com o chão das zonas/áreas e os utilizadores das referidas zonas/áreas. Há recipientes para o lixo. Repito, há recipientes para o lixo e diferenciado.
11 – (Apagada)
12 – Não será aplicada.
13 – Injustificada.
14 – Toda a qualquer regra será aplicada tendo em conta o peso, altura e diâmetro de cada funcionário, passando a vigorar a partir do momento em que esta carta foi difundida.
15 - A empresa não se responsabiliza por actos devassos cometidos dentro das zonas/áreas de lazer.
16 – Há mais uma dúzia de regras a serem aplicadas.




Anexo 1.b

(Sem assunto)


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Qualquer dúvida, e ou esclarecimento, deverá ser comunicada por carta, mensagem de correio electrónico, Serviço de Mensagem Curta dos vossos telemóveis, papelinho, ou outro meio de comunicação oral, verbal, ou escrita.




Obrigado.