quinta-feira, 13 de março de 2008

De mim, para ti.

O som dos teus lábios nos meus olhos, enche de alegria a alma, ferida, profundo, que se enche de esperança de voltar a sorrir. Sem mentir e sempre cheias de verdade, as conversas, que transbordam fúteis e maduras.

Não se sabe o que o dia trará, saber-se-á que virá devagar. Se trouxer ventos frios e desagradáveis, que nos abalam e mexem com os alicerces, com as fundações, dos edifícios mais altos, que por serem altos, necessitam de estabilidade e não de ventania descontrolada, que os abane à toa e lhes provoquem receio.

Alegre fúria de viver e ser vivido com felicidade, sem amargura, consumindo cada segundo como se fosse o último, mas sem dor e com profunda vontade de ter tudo de uma forma tranquila, como se não tivesse que ser, mas sim, que fizesse parte de ambos, como que naturalmente tudo flúi, havendo uma ligação intemporal, estrondosa, doce, meiga e feliz.

Ai amarga vontade de partir, de sair! Ai doce vontade de estar e ficar!

Como é bom sorrir para o sol dos teus olhos e sentir que tudo vai bem, mesmo quando infundados medos de complicações naturais, rondam como abutres a calma das almas.

Gozar pequenos momentos, todos juntos, em sopros de vida vivida de uma forma intensa e quente, mas ao mesmo tempo sem soluços, nem engasgos, como que fossem sempre acompanhadas pelo doce mel que envolve os momentos e os torna suaves.