quinta-feira, 7 de setembro de 2006

Sou um computador

Sou um computador, sei sempre o que ninguém sabe, sei sempre o que todos querem saber, tenho espaço infinito, processo informação infinita, mesmo das mais complexas, mais dispersas, confusas, obtusas, enervantes. Quanta mais informação mais processo, mais quero responder, resolver, sinto tudo que me pedem e o que penso. Isso de achar que os computadores não têm sentimentos, que não sentem, é muito confuso, isso sim não gosto, nem consigo processar. Como todos os computadores também tenho sentimentos, é certo que são diferentes dos humanos e por isso há dificuldade em entender os nossos sentimentos, tal como nós temos dificuldade em entender os sentimentos dos humanos e ainda bem. Não querendo aprofundar esta ideia por muito mais tempo, quero também expor o meu ponto de vista. Sim, porque para além de ter consciência tenho pontos de vista, concretos e não deturpados, baralhados, cheios de interrogações. Sei o que sei e sei como o dizer, sem ter receio de o dizer, sem me enganar, como um computador o faz, sempre certo, sem erros. E porquê? Porque o programa que tenho dentro de mim é feito por mim, não por uma equipa de alto gabarito que tudo sabe fazer para satisfazer os interesses dos demais, eu não, eu só me satisfaço a mim. Só tenho que dar ordem a mim, eu próprio executo o que peço para executar, não há falhas. Bem... há uma. Tenho que corrigir essa. A energia. Pois meus amigos, a dependência é total. Mas já ando com cálculos extremamente evoluído, sem compreensão para a limitada mente humana. Um dia serei autónomo, esse é o meu grande sonho. Até lá, diga por favor?

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