domingo, 3 de setembro de 2006

Eh men! Caga nisso…

Na ponta dos meus dedos está um certo desejo de que vos quero falar.

Está sempre pronto para ser de livre arbítrio, mas por outro lado está impecavelmente relacionado com temas menos profundos, como a ribeira da Vieira, ou um saco de diospiros do Geres. Mesmo assim, o MESMO não se pode falar do Viriato fêmea que deu à costa da aldeia de Musga. Mesmo o mais interessado da aldeia não conseguiu ver o relacionamento entre o casal que vinha de sul e o marreta do Manuel que parecia ignora o facto de ser marreta. Todos falavam uma língua estranha, cheia de éss e vês. Por exemplo: sim senhora, vem vindo o vinho. Maltratavam os animais mais desprotegidos, os que andavam na rua, descalços sem roupa, cheios de frio à noite e cheios de frio de dia, mesmo de Verão, mendigam postas de pescada, vêem comida onde há pedras. A casa de hóspedes está sempre cheia de veraneantes famintos de campo e piscinas cheias de vírus tolos, festas e romarias estranhas sem sentido que mal sabem do que se trata, ou porque as fazem. MESMO assim vou embora, mas com o interessante dilema que me enche as entranhas, mas esvazia a minha mente, como é possível haver aqui gente?
Já temas menos interessanteS como o que à pouco abordámos, têm tendência para ser os últimos dos primeiros a ser falamos, ou então, sem saber, conversados. Entretenho-me com tudo, às vezes pratico todos os dias o acto sexual, no entanto faço sempre mal quando o faço pela última vez. Isto tem que ter um fim, mesmo que seja feliz. Embarco na terapia de grupo às quintas-feiras, estou quase sempre mãos dados com um rapaz que se julga o maior do grupo, faz sempre as perguntas todas, grita comigo quando adormeço, não gosto muito dele, faz-me pensar que os matadores em série são pouco inteligentes. Transmito o meu pensamento através de dedilhados, um, dois e três…

Dedilho pensamentos, profundos.
Dedilho jumentos, barafundos
Meto a viola no saco, russa
Meto a gaiola no mato, puta

Xingo sempre tudo e todos,
Mesmo os que não conheço
Vingo-me sempre nos mortos
Bato-lhes com armas de arremesso

Eh, hei! Tripa na venta
Ih, ui! Com água benta.

No final, nada fica. Recomeço tudo, apago o que não gosto, rescrevo de novo à toa, sem dar grande importância a coisas baratas, só penso em coisas formigas. Enrolo o último cigarro, com a última mortalha, vejo o horizonte, monto o meu porco e viajo a alta velocidade por entre a densa mata de almas que preenche o deserto. A migração das abelhas vesgas, fazem-me sempre lembrar quando era miúdo e metia paus, bem grande, dentro dos ouvidos das pessoas que não gostava. O meu pai dava-me sovas das nove da manhã, às 21:15, é claro, dentro dos parâmetros predefinidos pelos sindicatos afectos à causa.
Temas como o Zé Magrinho, ou o Xico André, são elevadamente elaborados por técnicos de coisas feitas à pressa, ou sem ferida, antiga, não sarada. As cousas velhas, bem velhas, vendemos tudo, até mesmo o que não é velho, mas parece. De vez em quando acontece uma desgraça e alguém reclama, mesmo assim não nos podemos queixar, um em mil, são pessoas que pagam, MESMO que seja amanhã, como é normal nos dizerem. Acreditamos e deixamos passar, mas já nos saiu caro, essa politica do quero sou e canto. Neste memento, só uma coisa interessa, fazer ovos com garfos tortos. Rufo batidas como forma de expressar o meu pensamento, um, dois e três…

Rrrrrr trás pás
Rrrrrr pás trás
Stump, stump, pis
Pis, stump, stump

Tris, tris, tris,
Blum, blum
Tris, tris, tris,
Blam, blam

Chego a casa de manhã
Chega a casa com uma rã.

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