quinta-feira, 7 de setembro de 2006

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Semente que se sente quente de repente como a mente que vem rente e não mente.

Atado o mato alto e matado, como o prato chato e com o sapo mato o fato de facto.

Cepa de verga, erga a negra greta, com a sineta violeta, por detrás da silhueta

Sinto e minto com afinco, também espiro o grito aflito cheio de mijo e mito.

Encarnação da mão que fica de verão com o irmão e o limão, que horas são?

A mágoa cheia da água, que vem de Pádua, e que torna árdua a adua amuada.

Incha a pincha, que entra pela frincha do Garrincha e que vem em espicha.

Marmelo amarelo, esborrachado pelo martelo, feito em farelo e cortado com um cutelo.

Querida vida amiga, faz ferida, torna a SIDA partida e vai de volta e vai de ida.


Oh! Porque partiste? Porque fugiste?
Sem deixar rasto, sem deixar um sinal.
Entristeço, esmoreço,
mirro, encho-me de dor
e sabor amargo, sem agrado,
sem força de viver, só de sofrer.

6 da manhã

Volta,
sabes que podes, sabes que podes,
e, e, e, volta, volta hoje, amanhã não,
não podes, mas sabes que podes, mas não voltes.
Espera, quero-te sussurrar no ouvido,
quero-te dizer o que nunca ouviste, quero te dizer o que nunca sentiste, pára!
Espera, só mais um instante, só mais um enervante instante.

6 da manhã

Sossega a tua alma, não te irão fazer mal
os meus beijos, os meus gestos, os meus afectos.
Mas a mim sim,
definho ao pensar, ao pensar,
não sou eu,
não me vais esperar, não me vais aguardar,
vais partir, para não mais existir.
Não fico, basta, vou sair, correr,
vou morrer.

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