segunda-feira, 6 de março de 2006

Deixemo-nos de merdas!

Toda a gente sabe que há sempre algo para fazer, sem que se saiba.
O tempo que se quer dar a um assunto, ou até mesmo o sentido desse assunto, que é dito e retido pelas mesmas individualidades, cegas, ou até mesmo mudas, entre o que dizem e o que fazem está sempre a dois séculos de distância.
Nós, os pobres coitados, que estamos sempre na ânsia de receber o que se quer ouvir e ter, temos sempre o que eles querem dar, ou falar, sem que nos oiçam ou se preocupem em saber se é isso mesmo que queremos receber, ou se é o oposto, ou até mesmo basta saber se é algo mais para um lado que outro, se é necessário fazer um pequeno ajuste e estaria tudo bem. Bastaria ouvir ou ter a atenção de ouvir, mas não! Não querem ouvir, só querem falar e falar, sem nunca parar, sem nunca perceber que um dia quando se calarem não têm nada, nada resta, só o silêncio, pois quem estava já não está, o que um dia foi, não voltará a ser, e tudo porque não souberam calar-se e ouvir...
Há-de ser sempre assim, uns falam, outros não ouvem, até que um dia falarão todos ao mesmo tempo, em vozes diferentes, em sons diferentes, dialectos incompreendidos, sem sentido e sem nexo. Será assim ou já é?
O principio primordial das conversa é o dialogo, duas ou mais pessoas que conversam, trocam ideias, mantém uma conversação, com algum sentido, falando de assuntos que estejam interligados, que compreendam o que estão a dizer e a ouvir. Quanto mais tempo passa, mais acho que se fala sempre em línguas diferentes, mesmo que seja a mesma língua, ou que pareça a mesma língua, mas de facto não é! É mais um conjunto de palavras que juntas formam frases, em que o sentido desconhecemos ou julgamos desconhecer (esta frase é plágio), pois não queremos saber.
Este é por exemplo é o mesmo caso, estou a comunicar, mas não me estão a ouvir e eu também não, assim sendo, deixemo-nos de merdas e façam um favor, mantenham-se caladinhos!

Muito obrigado.

Caso queiram continuar a falar, enviem cassete com os vossos manifestos para um lado qualquer. Muito sinceramente, não sei para onde...

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