segunda-feira, 19 de julho de 2004

Este é o primeiro episódio da saga: se-querias-ir-para-casa-mais-cedo-tira-o-cavalinho-da-chuva.

Logo pela manhã, ao chegar ao escritório tive a sensação de que algo estava errado... não achei nada normal ver que toda a gente estar em tronco nu! Saí, voltei a entrar e lá continuavam todos de tronco nu! Pensei que tinha enlouquecido. Esfreguei os olhos, belisquei-me, espetei-me com um prego na mão e nada, tudo na mesma! Resolvi perguntar a um deles se achava normal estar a trabalhar de tronco nu. Aí as coisas pioraram, quando o meu colega retorquiu: “Desculpa?!?!?...” Ou seja ele não estava de tronco nu, era eu que imaginava ver todos eles de tronco nu... O meu colega, ficou extremamente chateado comigo no início, de seguida começou a preocupar-se, pois não fosse ele estar mesmo de tronco nu e não ter reparado. Mas não! Era eu que imaginava aquilo tudo. Desloquei-me para o meu local de trabalho sem olhar para ninguém; em especial para a colega que se senta mesmo á minha frente. Ela quando me viu passar, alegremente perguntou se eu estava bem e porque razão tinha a braguilha aberta. Eu nem respondi... Logo de imediato levantou-se, aproximou-se da minha secretária. Eu não queria olhar... eu não queria olhar... eu não queria olhar, mas olhei! E logo por sorte do azar, ela naquele dia não tinha trazido soutien. O meu coração saltou da caixa torácica, os meus olhos saíram das orbitas e eu que não conseguia fechar a braguilha! O inevitável aconteceu... o meu pénis fez das suas. Ejaculação precoce! Eu mal lhe toquei, para não sair e zás! O dia não podia estar a correr pior! Ao que ela perguntou se eu estava mesmo bem, e lembro-me como se fosse agora de eu responder: “Estou muito bem...” Disse isto com um ar super angelical, quase Budista. Foi então que ela percebeu o que se tinha passado, pois uma enorme estalactite de esperma pairava sobre a minha cabeça. Ao que e minha colega nada pode fazer, ela bem tentou apanha-a com a boca mas caiu inteira em cima do meu teclado. Em suma, teclado novo e tomates vazios.
Mais tarde, naquele dia, já as pessoas do meu escritório estavam todas vestidas, aconteceu-me algo magnífico. Quando voltava de almoço, vinha sozinho no elevador, e fui tocado por um “anjo”. Chamava-se Dana, e tinha um boca linda! Quem disse que os anjos não têm sexo deve ser perfeitamente tarado. Dana tinha o sexo mais maravilhoso que eu alguma vez tinha visto. Parecei que tinha sido desenhado, perfeito! Diga-se de passagem que foi a única coisa que reparei dela. Quando cheguei ao meu andar acordei...
Entrei no escritório e lá estavam todos os meus colegas, normalmente vestidos. Desloquei-me para a minha secretária, que estava ocupada pelo técnico de informática que ainda tentava descolar o teclado da mesa. Deixei o casaco nas coisas da cadeira, disse ao técnico para estar a à vontade e fui à copa. De caminho voltou-me outra vez a cena do anjo no elevador, mas desta vez voava à minha frente, como se de uma libelinha se tratasse. Eu tentei apanha-la, mas cada vez que o fazia, caia. No final de cair umas três ou quatro vezes começou-me a doer ligeiramente as canelas. De facto seria melhor abrir os olhos e ver por onde andava... tinha conseguido derrubar todos os blocos de gavetas que existiam na passagem. Mas a tentação era muita e resolvi tratar de imediato do assunto, corri para a casa de banho. Sentei-me na sanita e o que aconteceu a seguir foi lindo! Paradisíaco! Nada do que vi durante a minha estadia naquela casa de banho, sentado na sanita, poderia ser traduzido em palavras.
Depois de ter percorrido quase o todo o paraíso, comecei a sentir um enorme dor de cabeça. A dor foi de tal forma intensa, que se formou um clarão na minha visão, deixando de ver durante breves fracções de segundo. Quando recuperei a visão percebi de onde vinha a dor de cabeça; tinha levado com a porta da casa de banho, pois estava à cerca de cinco horas na casa de banho e toda a gente estava preocupada comigo. Quando ao final de quatro horas notaram que eu me tinha ausentado, e a última vez que me tinham visto andava aos saltos a tentar dilacerar as canelas nos blocos de gavetas, decidiram procurar por mim. Como seria obvio a casa de banho seria dos primeiros locais a visitar, mas por obra do destino foi o último. Como encontraram uma das portas das casas de banho fechadas, em vez de chamar o serralheiro, não... foi à bruta! Palhaços! Ainda hoje tenho a marca na cara, de ter adormecido encostado ao suporte do rolo de papel higiénico.
Finalmente consegui sair do escritório, a vergonha era mais que muita. Não iria conseguir retornar ao escritório tão cedo, pelo menos durante dois dias, o tempo desse maravilhoso fim-de-semana.
Não me apetecia ir para casa. Liguei para uns amigos e fomos petiscar. Quando já estávamos todos bêbados e como ainda era cedo para ir para casa, resolvemos sair, ir para a “night”.
Primeiro, e para variar, um bar de meninas, o Senso Comum, muito bom! Depois a discoteca. Desta vez resolvemos ir a uma onde a música fosse realmente terrível, quase ensurdecedora, com muito ritmo house e derivados. Mal entrámos, fomos logo encaminhados para o bar. O ambiente era de facto muito pesado, muito escuro, com muito flash de luz nos olhos, mal se conseguia destinguir as pessoas. Depois de muita cerveja , fui à casa de banho. Atrás de mim vinha uma loura espalhafatosa, com uns enormes tacões, com umas vestes muito, muito, muito reduzidas, com muitos brilhantes em todo o lado, com os lábios muito carregados de vermelho, com umas pestanas enormes e unhas gigantescas. Sorriu para mim e entrou atrás de mim na casa de banho. Eu perguntei se ela não estaria enganada, mas uma voz de homem afeminada, confirmou que não. Assustei-me, mas entrei na mesma. Resolvi que seria melhor optar pelas sanitas, sempre têm portas. Mas ele(a), foi mesmo ao urinol. É de facto muito estranho, mas havia qualquer coisa nessa criatura que me atraiu e resolvi espreitar por cima do ombro. A pernas era dignas de umas top-model, mas a lagura de ombros e o jeito como mijava, davam-me nauseais e vómitos. Não fiquei nem mais um minuto, sai à pressa, nem tinha acabado de mijar como deve ser. Voltei para junto dos meus amigos, nem tinha coragem de falar no assunto. Mas um deles viu-o(a) a sair da casa de banho dos homens, e sabiam que eu tinha lá estado, foi nojento o que me fizeram depois. Chamaram-o(a), disseram algo e depois trouxeram-no(a) para junto de mim. Eu cada vez que lhe olhava no olhos, sentia como que alguém ou algo dentro de mim estava a tentar puxar com muita violência o meu estômago para fora. Mas ele(a) continuava ali a olhar para mim e tentava tocar-me, mas eu a cada movimento ele(a) recuava. Os meus supostos amigos desfaziam-se em gargalhadas. Até que aconteceu. Ele(a) agarrou-me nos tomates e disse-me ao ouvido: “Eu não gosto de homens!” Todo eu tremia, estava em pânico, cheio de medo, borrei-me e depois desmaie. A próxima coisa que me lembro já estava na rua a entrar para um ambulância. Ao longe ainda vi o(a) loura!
Passei o fim de semana em casa, a pão e água.A semana seguinte foi bem mais calma, pelo menos até quarta-feira, quando me cruzei com ele(a) à porta do meu psicólogo....

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