quinta-feira, 15 de julho de 2004

Como já se previa este vai ser o último post da saga, nunca-mais-digas-isso-que-podes-ter-um-filho-assim.

Na manhã da passada quarta-feira fui a uma consulta do psicólogo do meu avô. Nunca poderia imaginar que falar com um psicólogo fosse assim tão bom! Quase gay! Falámos de tudo... ele disse-me que tinha duas filhas lindas e que nunca tinha dito aquilo a ninguém, achei o máximo! Eu contei-lhe que outro dia tinha espreitado pelo buraco da fechadura do quarto da minha tia-avó, ao que ele sabiamente disse, que isso tinha a ver com coisas antigas. Nada mais lindo, do que aquelas palavras suaves que lhe saiam da boca, como que se estive a segredar um poema de merda: “Isso tem a ver com coisas antigas... não se preocupe.” Foi de facto inesquecível. Acho que ele acreditou que eu tinha feito essa acção só para ver a minha tia-avó NUA! Estava totalmente enganado, o que se passava era que a minha sobrinha estava sempre com ela e eu suspeitava que a velha andava a comer a rapariga, fui confirmar. Mas valeu a pena... duas punhetas na despensa. Falámos também do meu avô, como estava ele, o que andava a fazer no psicólogo com aquela idade, ao que o médico respondeu: “Sabe, temos todos de ganhar a vida...” Isso por acaso enervou-me, coisas rara, eu nunca me enervo, acho que é por isso que tenho sérios problemas de intestinos. Só consigo evacuar de 3 em 3 dias, o que já me disseram não faz lá muito bem. Mas quando me enervei com o médico foi como se tivesse tomado um laxante bastante potente. O que tornou a conversa ainda mais interessante! Nunca pensei que peidar e falar de coisas interessantes, como a mente humana (quase que ia escrevendo sem h), fosse tão revigorante. E assim continuamos pela manhã fora, falámos de tudo, política, sexo, astros, mamas, a cor das paredes da casa, comida, animais, computadores, etc, etc... Quando menos esperei já era meio dia e eu tinha que ir às compras. Assim o fiz, despedi-me do Sr. Doutor, paguei com o habitual sémen e saí. Na rua apercebi-me que nada daquilo tinha tido grande sentido. Resolvi dar um sentido qualquer a uma manhã bem passada, mas sem sentido nenhum. Voltei ao consultório. Na longa subida, pensei o que iria fazer, mas não consegui encontrar qualquer tipo de sentido a aplicar. Mas mal entrei no consultório, vi logo que fazer. Como tinha saído directamente da noite, não tive tempo de ir a casa para tirar as roupas de drag queen, e pegando no mote, tirei um dos sapatos de salto alto, aliás gigante e fiz uma escultura impressionista no alto da cabeça da recepcionista. Ficou linda! O salto entrou-lhe pelo o alto da cabeça, e saía no olho esquerdo. Foi difícil de a conseguir deixar sentada na cadeira, pois as convulsões era muitas, mas ao fim de 4 minutos, estabilizou. Agora vinha a melhor parte... O Sr. Doutor! Chamei-o à recepção pelo telefone. Ele estranhou, e veio o mais depressa que pode. Mal chegou à sala de espera e viu a “escultura”, exclamou: “AAAAAAAAHHHHHHHHHHH!!!!!!!! QUE HORROR!!!!!” Não percebi porque ele tinha ficado tão chocado... depois de tudo o que lhe tinha contado à coisa de 15 minutos! Achei que seria melhor acabar de vez com aquilo. Ao fim de 5 minutos e com muito esforço consegui imobiliza-lo. Peguei na mala que trazia ao ombro, abri-a, e tirei um pequeno saco, de 10 gramas, com um pó branco lá dentro. Espalhei o pó na mesa e depois com muito cuidado fui dando ao Sr. Doutor “pequenas” doses pela boca. Este pó é normal que se aplique no nariz, logo seguido de uma forte inspiração, mas queria ver qual seria a reacção, ingerido-o pela boca. Foi muito interessante! No final de o Sr. Doutor ter ingerido tudo, tirei mais um outro saquinho de 5 gramas e deitei suavemente uma ou duas grama nos olhos, também foi muito interessante. Para o final ficou o melhor. Fui à casa de banho. Lá consegui encontrar o que tinha em mente. Quando no nosso querido amigo Sr. Doutor já se contorcia amarrado à cadeira, o que me espantou, dei-lhe as duas injecções de água oxigenada em ambos os braços, que tinha estado a preparar no casa de banho. Não foi tão interessante como a coca, mas teve o sei qê de interesse. Por fim e para que o pobre não sofresse mais, liguei para os bombeiros e pedi ajuda. Discretamente fui-me embora. Não sei se o Sr. Doutor sobreviveu, mas uma coisa é certa, eu é que não consigo sobreviver à humilhação terrível que tinha sido alvo! É que o Sr. Doutor durante a pequena conversa que tivemos naquela manhã, enrabou-me 3 vezes! Desde esse dia que tenho consultado quase todos psicólogos da cidade em busca da minha felicidade, mas nenhum o tem tão grande como o primeiro!
Se estão curiosos porque não me apanham, é porque nunca mais fiz o mesmo que fiz ao Sr. Doutor, mas quando encontrar o meu psicólogo preferido, farei a mesma coisa, mas desta vez não ficarei cá para contar!

Muito boa noite!

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