quinta-feira, 13 de julho de 2006

A cona

Quem és tu? O que fazes aqui? Eu não te deixei entrar assim sem mais nem menos! Devias ter batido primeiro, isso não se faz! Se entras eu tenho que saber, tenho que te autorizar, isto não é assim, tem tudo um preceito, um pró-forma, um contrato. Se não sabes eu explico:
Bates, eu respondo: quem é? Depois, dizes quem és. Em seguida eu pergunto o que queres e o que te trás por cá, respondes. Consoante a tua resposta eu deixo-te entrar ou não. Entendes? É assim tão difícil de entender? Acho que é bastante fácil. É básico!
Agora, como fizeste, é que não pode ser, eu não tolero insubordinações desse género, é um abuso, é má educação, chega mesmo a ser falta de senso comum. As coisas não são só como tu pensas, como tu queres. Vê se controlas os mimos! És por demais bonita, mas isso não te dá direito nenhum de fazeres como fizeste... é que nem um: olá! Bolas! E agora? Agora que já estás cá dentro, como é? Já sei... não vais ficar por muito tempo, o costume. É pá! Isto não pode mesmo ser assim, tu não podes fazer isto assim! Já lhe perdi a conta e já te o disse milhares de vezes. Mas desta é de vez, vais entrar, porque já entraste, mas não vais sair! Vou-te aprisionar aqui dentro! Vais morrer comigo! Chega! Basta! Não respondes? Estás assustada? AHAHA! Pois, agora pensas, não é? Tarde de mais! Um dia tinha que ser, “tantas vezes vai o cântaro à fonte, que deixa lá a asa”. Hãn? Não te importas? Não acredito... isso é truque, para que eu baixe as defesas e tu saias de novo... eu já te conheço muito bem, não me enganas. Desta vez é de verdade? AHAHAH! Deixa-me rir e bem alto! Lembras-te da última vez? Lembras-te? Pois eu lembro-me... e foi a mesmo conversa, até te cortas-te para eu me impressionar, pois é, mas desta vez não me levas, não em enganas. Vais cá ficar quer gostes ou não, quer queiras ou não, quer choras, te arranhes, te cortes, esperneeis, grites, saltes, pules, corras e mintas. Vais-te matar? AHAHAH! Força! Isso! Eu vou buscar uma faca, aliás uma pistola, algo, queres? Não entendes? Não entendes que é isso que quero que faças. É isso mesmo! MORRE! Pá? Estava a brincar... não morras! Não! NÃO!!! OH NÃO!!! Isso não! Não morras... CABRA! Eu sabia! CABRA! Eu sabia que estavas a gozar comigo! E lá vais tu outra vez! PUTA! Acredita, é que acredita mesmo, nunca mais me vais ver, nunca mais vais cá entrar, JURO!


Outra vez??? Eu não acredito...

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