domingo, 23 de novembro de 2025

Achas mesmo?

Liberta o azedume que sentes

mentes? faz de ti o teu poder de seres

mentes? de novo? não, sentes, mas de dentes fechados

abres os achados, perdidos juntos que se juntam, 

unidos, pelo ser absurdos, surdo, sem rumo

mas junto, pela unidade de estar repetida, unida,

amada, achada, não achada, mas inanimada,

como uma pedra, fria, humida pela noite, fria,

que se torna remota, morta,

nunca viva, que se torna extinta,

morta de vida, mas viva de pelota,

espera por algo, vivo, transpiro, anseio...

Mas mesmo assim, sinto a pedrada, certa de vida,

que nos acerta, de uma só vez, ou duas, ou três,

sem nos dizer, é desta vez?

Não, é sempre, que a vês, ou quando a sentes, 

que achas perdido, mas não és ouvido, mesmo que berres,

mesmo que não digas nada, porque nada podes dizer, 

só ouvir e sentir, nem que seja sem prazer,

por isso a vida é mesmo assim, 

uma forma de algo que não tem resumo, 

só uma laranja sem sumo, um café sem açucar,

porque não tens noção do que dizes, mas tem noção do que sentes, 

e mentes? Sim. Mas porque não tenho dinheiro para pagar um jantar no Sublimotion

e achei que até podia ir lá ... evacuar!

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