quarta-feira, 7 de março de 2012

Ir-se-ão vender um dia

Vi outro dia na explanada dum bar, um casal com bom ar. Ambos tinham coisas, muitas coisas. Pensei que seria normal, aquela ar intelectual, ou se seria do sol, esse ser celestial que nos deixa mole. Não era, era mesmo que eram parvos. Bebericavam umas bebidas maradas, daquelas que há nas arcadas, pareciam estar felizes, mas no entanto não passavam de petizes. Pobres e mal agradecidos, tanto que se fez por vós, e agora? Não estão sós? Não, não estão sós, nem infelizes, estão com os amigos, e querem lá saber disso. Parvos somos nós, que achamos que eles ouvem os avós. Sempre foi assim e assim será, aqui ou no Panamá. Mas isto tudo leva-me a pensar no que realmente interessa, o facto de escrever à pressa. Este mais querer, do que ser, esta mal amada forma de cuspir para o ar e depois apanhar. Por cima destes dois, os da esplanada, que ali estavam sem fazer nada, havia uma placa aca aca. Todos sabem o nome das placas grandes, não é verdade? Deixem-se de maldade e passem beber electricidade. Bem, voltando ao que interessa; dizia na placa: Vendem-se! Espantei-me, fiz um ar de espanto e como por encanto, pensei: nos dias que correm, por certo que os que esperam morrem e os que cá ficam, só complicam. Pensei que estava desadequado, tal palavra devia fazer parte num antiquário. Hoje em dia, o que é verdade, sem maldade, deverá estar escrito, ou eu me irrito: Ir-se-ão vender um dia!

Bom dia! Acho eu…

2 comentários:

  1. Este é o meu cu-mentário ao melhor post deste inventário assim formatado e uma béca marado. Aca aca.

    ResponderEliminar
  2. Está feito segundo os novos formatos, de acordo com um acordo que cheguei a acordar com alguém que não conheço, mas sei que existe. Em breve tudo irá ficar diferente.

    ResponderEliminar

CU menta!