terça-feira, 29 de agosto de 2006

Bom dia. O Verão está ai

Veneno, perigoso, sai e entra na minha cabeça, penetra nos ossos e transforma-se em doce, doçuras e quenturas. Corre na minhas veias

Sangue muito sangue, não há como parar, continuo a bater-lhe, doem-me os braços, o candeeiro de pedra é pesado, a cada estucada, lufadas de sangue misturado com pedaços de massa encefálica, o sangue espira por todo o lado. Pego no teu braço e arranco-o, com

Entretenho-me com pouco, uma partida de xadrez, um livro, mesmo que não seja bom, perco horas a olhar a rua, a ver as gotas de chuva a caírem no parapeito na janela, conto as folhas que esvoaçam, mortas e cansadas, tal como eu. Sento-me, pego de novo no jornal e leio-o a página de

Corria, só corria, sem parar, a tormenta era mais que muita. Não conseguia entender porque não parava, continuava a correr. Vinha-me à memória as palavras dela a forma como as dizia, com uma candura angelical, quase

Lanço o meu grito de raiva e despedaço o jarro de água na cara dela, depois para que a filha não ficasse a ver, pego na terrina porcelana cheia de sopa a ferver e despejo-a por cima, os gritos são lancinantes, quase me fazem rir. No outro lado da mesa, o tio, está em estado de choque, não consegue mover um membro, tal como ficou foi como levou com a faca de trinchar na testa, atravessava de lado a lado. Sentei-me e comi, mas deixei

Sim, eu vou-me embora, mas deixa que te diga, não podes, não deves, não tem o direito, não terás a coragem, não serás feliz, não és quem julgas que és, não terás nada e serás sempre minha. Sim, entendo, eu vou por

Bato tudo com muita energia, durante meia hora. Depois no final junto as claras-em-castelo, sempre batidas à mão. Unto a forma, bem untada, com a quantidade certa de manteiga, nem mais uma grama, nem uma a menos. O forno está quente à temperatura ideal, tiro o termómetro, verifico de novo. Com todos os cuidados, como se de uma crianças se tratasse, entorno a mistura na forma e meto no forno. Verifico as horas. Passo para a cobertura. Pego num tacho, lavado e

Olá!

quinta-feira, 24 de agosto de 2006

Que pica!

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Engreno a 3º velocidade, a melhor de todas, meto prego no fundo, oiço o motor a subir de rotação, sobe rápido, muito sonoro, sinto a força a empurrar-me para o fundo do assento, esgoto tudo, depois, meto a seguinte e mais uma vez a mesma força, o mesmo som. Não posso me enganar, tenho que travar no local certo. Lindo! Era mesmo ali. Reduzo para a 2º velocidade, controlo a travagem, faço a trajectória, o ápex da curva é prefeito, já vejo a saída da curva, acelero, controlo a traseira, saí o suficiente para deixar a roda pisar o separador, quando pisa, prego a fundo de novo e passo de caixa, 3º outra vez, e a força de novo.

Passava dias nisto, não fosse o facto do meu bisavô ter sido piloto da marinha mercante.

terça-feira, 22 de agosto de 2006

Quando meti a pulseira...

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Não é habito meu fazer qualquer tipo de comentário a actividades feitas por mim, ou que tenham acontecido em Portugal, ou comentários em geral de qualquer acontecimento passado no Mundo, mas... desta vez tem que ser.

Alguns de nós temos um gosto superlativo pela música, de tal forma que por vezes fazemos algumas asneiras por ela, até por vezes cometemos alguns exageros. No entanto acho que ainda podemos fazer muito pior, como por exemplo, acampar.
Na edição do Paredes de Coura de 2006, 4 dias (3, vá lá) de música, com 33 bandas (no palco principal), umas que gostamos mais que outras, algumas delas guardam histórias passadas, outras que não conhecemos, ou até mesmo algumas que nem gostamos e queremos desprezar. Estes dias envolvidos num ambiente de festa, de alegria, de boa disposição, muita cerveja, num vale no meio do Minho, envolvido por uma vegetação linda, numa aldeia perdida no meio dos montes Minhotos, mas ao mesmo tempo achada, cheia de cor e vida.
E porquê? O que nos move? Porque nos damos ao trabalho de ir? Porque não nos preocupamos com o clima? Como aguentamos horas atrás de horas em pé, num terreno inclinado, com os pés e pernas a latejar? E um sem fim de razões que nos fariam ficar em casa, no sossego do lar, ou até mesmo na praia, ou em casa dos pais, ou da namorada, ou do namorado, ou, sei lá, tanta coisa boa que poderíamos fazer, mas não! Vamos e continuamos a ir! E dizemos: VOLTAMOS PARA O ANO!
A bem da verdade, este é o meu segundo ano, tenho pena de não ter usufruído das outras edições, mas por uma ou outra razão, não se proporcionou. Este ano para mim foi muito especial, porque tomei o gosto de ver bandas lá à frente, onde se vê a cor dos olhos deles, onde se vê os gestos, os dedos, onde se ouve o que não é dito aos microfones, onde se sente o “calor”, onde se vê e ouve tudo! É claro que cá atrás também é bom, mas como diz um amigo meu: “é como se estivéssemos a ver pela televisão”. Não é bem, mas parece, mas de facto não é a mesma coisa, lá à frente é muito melhor, desculpamos tudo, os empurrões e até os Espanhóis.
Quando vi o cartaz pela primeira vez, e ainda tinha 3 ou 4 bandas, pensei que não era possível, que era demais, fiquei com a sensação da Festa Atlântico (“transmitida” na RUT, em meados dos anos 80), cheirou-me a fiasco.
Quando comprei os bilhetes, essa sensação foi-se dissipando, mas mesmo assim...
A ansiedade começou a apoderar-se de mim, sonhava com o recinto, com o local onde ficamos para pernoitar, a cor, o som, os sabores, tudo me provocava saudades.
Quando meti a pulseira, entrei, vi o espaço, perecia-me maior que o ano anterior, mais amplo, mas bonito, só faltava uma coisa... A MÚSICA!
Agora, já a tirei, ainda não vi a maioria das fotos que o meu amigo tirou, mas há alguma imagens e sons, que vão cá ficar dentro por muito tempo e não há nenhuma máquina fotográfica que consiga captar.
Espero que continuem por muitos anos, mesmo com Mac’s e com KFC’s, e que contribuam com dinheiro para trazer bandas como:
White Rose Movement (boa surpresa)
Broken Social Scene (não me lembro muito bem, mas gostei)
Morrissey (arrepiei-me com algumas músicas, não só dele como dos The Smiths)
The Vicious Five (excelente)
Eagles of Death Metal (arrepie-me em quase todas, não conhecia por teimosia)
Gang Of Four (espetacular)
Yeah Yeah Yeahs (lindo)
Bloc Party (bom)
We Are Scientists (alegre)
CatPeople (interessante, gostei por não falarem em Catelhano)
!!! (chk chk chk) (muita energia)
The Cramps (core, hardcore)
Bauhaus (ainda não consegui encontrar palavras que definam a actuação)

Tive pena de não ter visto a actuação dos Selfish Cunt, acho que depois da actuação dos Bauhaus é difícil ver mais alguma coisa... podiam por exemplo ter tocado no palco principal em vez dos Maduros. Acho que há melhores bandas Portuguesas...

Quanto aos espanhóis, não têm desculpa... CARALHO VOS FODA!

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sábado, 12 de agosto de 2006

Max Mix 06

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01 - Queen em Japones - Bicycle
02 - Real Big Fish - Take on me
03 - Big Black - The Model
04 - Buzzcocks - Boredom
05 - Joy Division - Transmission
06 - She Wants Revenge - Out of Control
07 - Black Rebel Motorcycle Club - In Like the Rose
08 - The Birthday Party - Mr Clarinet
09 - Nick Cave & the Bad Seeds - Deanna
10 - Editors - Fingers in the Factories
11 - Gang of 4 - Damaged
12 - Radio 4 – Eyes Wide Open
13 - Artic Monkeys - I Bet You Look Good on the Dancefloor
14 - Death from Above 1979 - Go Home, Get Down
15 - Mudhoney - Touch Me I'm Sick
16 - Sonic Youth - Sugar Kane
17 - The Breeders - Cannonball
18 - Yeah Yeah Yeahs - Phenomena
19 - Siouxsie and the Banshees - Cities in Dust
20 - Cocteau Twins - Sugar hiccup
21 - Xmal Deutschland - Polarlicht
22 - Bauhaus - Hair of the Dog
23 - Joy Division - Heart and Soul
24 - LCD Soundsyste - Tribulations
25 - The Cramps - Goo Goo Muck
26 - Cypress Hill - Louco
27 - Fatboy Slim – The Joker
28 - The Chemical Brothers - Believe Feat. (Kele Okereke)
29 - Mão Morta - Cão da morte
30 – Tool - The Pot
31 - Deftones - Passenger
32 - Nada Surf - Popular
33 - Pixies - Bone machine
34 - Morphine - Cure for pain
35 - Queens of the Stone Age - Burn the Witch
36 - Young Gods - Strangel
37 - Infadels - cant get enough
38 - The Smiths - What Difference Does It Make
39 - Morrissey - First Of The Gang To Die
41 - The Strokes - Juicebox
42 - Ena Pá 2000 - Tourada

A nossa banda sonora para o Paredes de Coura 2006

quinta-feira, 10 de agosto de 2006

Coisas que penso todos os dias

Música nuclear, preto fluorescente, arroz tipo pano, piscina de água seca, conversa ventosa, luz iluminada, pé parvo, conto surdo, casa tipo salada, poesia virtual, história futura, horta corrupta, jogo de mais, óculos para ver, enxada de areia, estrada passageira, tosta agrária, mala de pressa, fonte engarrafada, ar magro, etc...

Todos estes temas têm uma semelhança, talvez alguém me pudesse ajudar, sinto-me envergonhado de mania.

É mentira

A semana passada contou-me um espalha brasas, que no ano 2045 se irá deixar de ouvir. Achei ridículo e insensato, mas depois do que oiço todos os dias nas notícias será melhor.

A semana passada contou-me um vigarista, que no ano 2033 se irá deixar de comprar coisas fúteis. Achei despropositado e inapropriado o comentário, mas depois de passar por um qualquer centro comercial, sublinhei a teoria.

A semana passada contou-me um alarmista, que no ano 2202 todas as pessoas serão da mesma cor e raça. Achei perfeitamente intolerável o que ouvi, mas depois do que vi ontem na praia...

A semana passada contou-me um vendedor de automóveis, que no ano 2010 irá acontecer algo que fará com ele consiga vender todos os carros que comprou na Alemanha. Achei que era conversa fiada, mas depois de ver o seu parque automóvel achei que seria muito cedo.

A semana passada contou-me uma pessoa amiga, que no ano 2094 irá ser tudo igual como agora, nada irá mudar. Achei-o doente, por isso não liguei.

A semana passada... mas eu a semana passada ainda não tinha nascido...!

quarta-feira, 9 de agosto de 2006

Não faço qualquer tipo de comentário

Queen - Bycicle Race

Queen - We Will Rock You

Queen - We Are The Champions


...cada vez que oiço, choro a rir!

In the Flat Field

A gut pull drag on me
Into the chasm gaping we
Mirrors multy reflecting this
Between spunk stained sheet
And odourous whim
Calmer eye- flick- shudder- within
Assist me to walk away in sin
Where is the string that Theseus laid
Find me out this labyrinth place

I do get bored, I get bored
In the flat field
I get bored, I do get bored
In the flat field

Yin and Yang lumber punch
Go taste a tart then eat my lunch
And force my slender thin and lean
In this solemn place of fill wetting dreams
Of black matted lace of pregnant cows
As life maps out onto my brow
The card is lowered in index turn
Into my filing cabinet hemispheres spurn

I do get bored, I get bored
In the flat field
I get bored, I do get bored
In the flat field

Let me catch the slit of light
For a maiden's sake
On a maiden flight
In the flat field I do get bored
Replace with Picadilly whores
In my yearn for some cerebral fix
Transfer me to that solid plain
Moulding shapes no shame to waste
Moulding shapes no shame to waste
And drag me there with deafening haste

sexta-feira, 4 de agosto de 2006

22:41

Binda de vaixo, toda a coggente de laba fegcogge a entganhas do canaau, a quaau é exfelida a uma belocidade extgemamente ggande, sem deixag nada inteigo, sem deixag o queg que seja bibo.

Foda-se porra merda, caralho! Eu já estou farto desta merda! É sempre a mesma merda... Caralho, cona da tua prima! És uma merda, não vales um cu! Tens pintelhos na testa, comes merda à colheres e a tua mãe é uma vaca, uma puta! Que caralho, foda-se! E que tal aprenderes a falar?? Paneleiro de merda!

(Comentário desgarrado a um programa no canal 2)

quinta-feira, 3 de agosto de 2006

Teoria, pura e simples. (ww€®fry™hjuu]aaa], ty[j{i€bgag §£l@ zzzz|fsa!”#$de )

O que exterminou os dinossauros? Um meteorito? Nah! Nada disso.

A verdadeira história:

Anterior há nossa existência na terra, da existência da sociedade como a conhecemos hoje, em tempos idos, na altura dos gigantes, existiam os dinossauros, que aliás, eram nada mais do que seres biomecânicos feitos de papel, com esqueletos em osso com vozes tipo Amália, que nunca conseguiam dar peidos sonoros, com entranhas hidráulicas e motores servo-eléctricos, feitos por extraterrestres. E foi essa uma das razões para a Terra ter sido atingida por um “meteorito”. A verdadeira causa está atribuída a um SMS, enviado para a pessoa errada, na hora errada, com o conteúdo errado, para o número errado. Esse SMS continha palavras ultrajantes para os extraterrestres, os quais monitorizavam o nosso sistema solar e ainda monitorizam. Por essa razão e, num ataque de loucura, enviaram a maior vaca que lá tinham. A pobre coitada embateu na Terra a uma velocidade estúpida, exterminando quase todos os seres vivos. A vaca de proporções gigantescas, do tamanho da Torre dos Clérigos, não só na largura como da mesma altura, digamos que ligeiramente maior, 2341 vezes maior, cheia de irídio, água, cerveja e carne. À velocidade que foi lançada nada pode fazer para evitar a Terra. Bem que tentou, mas…
No entanto várias questões são levantadas.
1- Mas... onde está o papel, os hidráulicos e os servos??? Pois. Essa é outra das razões para os extraterrestres atacarem a Terra. Não se sabe muito bem porque, nem como, mas um é um facto inabalável. Os L1’hui, habitantes do planeta L1, os quais detinham toda a tecnologia para criar e destruir hidráulicos, servos e outras engenhocas, deixaram de fabricar tais componentes. Como anteriormente foi aqui dito, não há registos que indicam a razão exacta, no entanto tudo aponta para a falta de força, muito comum nos extraterrestres. Assim sendo, os nossos queridos amiguinhos necessitavam deste aparelhos para os seus brinquedos e não havendo nenhum outro planeta mais próximo, serviram-se a seu belo prazer. Após o holocausto, mil milhões de seres alienígenas invadiram o planeta Terra, munidos de uma chave de fendas e um alicate. E provas disso? Pois. Há, mas estão fechadas em casa de uma senhora em cascos de rolha e não deixa que ninguém entre sem dizer a palavra chave. Sim... já foi tentada, não resultou. - E o papel? Isso é ridículo! - Dizem vocês. - E os vestígios e provas disso? - Retruquem vós. - E as peles e penas encontradas? - Questionam os intendidos. Etc... É mesmo verdade, era papel! Aliás, a nossa pele ainda hoje é feita de papel. Passamos a explicar. Papel é pele em calão na língua dos nosso amiguinhos, bem como penas é parecido, só que na língua deles o “a” significa outra coisa.
2- - SMS? É impossível! – Dizem alguns. Pois. Não é. Somos os quintos no universo a utilizar este sistema de comunicação. Se acham estranho, perguntem aos Directores gerais de todas as empresas de telecomunicações.
3- - Mesmo assim, SMS? Não estou a ver um dinossauro a enviar um. - Pois. É um facto. E porquê? Porque não havia telemóveis. O SMS na altura fazia parte dos mecanismos dos próprios dinossauros como forma de comunicar entre si, visto que as vozes tipo Amália serviam só para disfarçar.

Por todas estas razão, há muitos outros mitos e novas teorias já foram avançadas. Um dia quando tiver paciência, passarei a descrever em l}£d$ad$ff§ui. Irá ser uma grande desafio, pois tudo o que hoje sabemos está descrito nessa linguagem ancestral.

Boa noite e boa viagem.

quarta-feira, 2 de agosto de 2006

Diário de uma recruta e os sonhos do Dr. Taylor

Cinco e meia da manhã, o raiar do dia aproxima-se a passos largos. Antes que pudesse dizer algo, ou sequer pensar, já o meu comandante me penetrava. Desta vez não era com a meiguice de sempre, era com a força bruta de um homem habituado a violar tenros jovens recrutas. O meu ânus estalava de dor, mas nada podia fazer, tentei gozar o máximo. Nem um beijo. Depois de uma rápida investida, de dez minutos, estava tudo acabado. Ainda tive oportunidade de passar as mãos pelos monstruosos testículos.
Com dois cestos de fruta, a menina perguntou-me:
- Dr. Taylor, o que vai hoje?
- Uma meloa...
- De que tamanho?
- Deste...
- Ah! Dr. Taylor! Mas essas são as minhas mamas!
- Eu sei...

Sem que ninguém se apercebesse, levantei-me, dirigi-me para a casa de banho, tinha de limpar o sangue que se misturava com a seiva do sexo. A minha vagina rebentava de desejo. Abri o chuveiro. Enquanto me lavava, as mãos percorriam o meu corpo, quente. Com suaves carícias aproximava-me da zona púbica, não resisti. O desejo subia e cobria o corpo todo, introduzi dois dedos na vagina. De tão quente que estava, que os dois dedos rapidamente se tornaram em três e depois em quatro. Os meus seios vibravam, com a outra mão, puxava-os para cima e chupava os mamilos túmidos, com toda a força. Deixei escapar um leve gemido, que se intensificou com o aumentar do êxtase. Por fim, e vindo das profundezas das minhas entranhas, uma torrente de seiva de sexo, escorreu pela minha mão. Todo o meu corpo tremia, quase fiquei sem força nas pernas. Os gemidos trouxeram visitantes. As minhas colegas de camarata, há muito me observam, eu senti-lhes a presença, mas nada fiz. Por vezes também as espreito.
Entro no prédio, já há muito que um polícia me esperava. Nada podia fazer, tive que o enfrentar.
- Dr. Taylor?
- Não...
- Peço desculpa.

No meio de tanta camarada, devo ser das únicas heterossexual. Nestes meios há algumas lésbicas, mas eu não gostava disso, queria homens e possantes. Qualquer contacto de cariz sexual, dentro das instalações militares, tanto do mesmo sexo como do oposto, dava direito a ordem de prisão e possível expulsão, por isso nunca arrisquei. Só mesmo o comandante, mas esse podia fazer tudo...
... corria e corria, mas o maldito não se afastava. Estava exausto, quanto mais corria mais parecia que caía para trás, até que... cai! Parti a cabeça na mesa-de-cabeceira.
Fui com o meu pelotão para uma operação de treino no mato. Tinha duas camaradas, o resto era só homens. Uma semana é muito tempo, não sabia como iria resistir. Já o tinha feito, não era novidade para mim, mas desta vez era diferente, o cabo Alves também ia, o que torna tudo mais complicado, mais descontrolado.
Entrei numa sala, logo anexa a essa, uma antecâmara, duas portas, escolhi a da esquerda, entrei numa sala a seguir outra e outra, no fundo do lado direito, uma porta, abri, deparo-me com um enorme salão, redondo, as janelas da altura do pé direito deixam entrar toda a luz do mundo, era difícil estar sem estar com os olhos quase serrados, tal era a luz, cheguei-me perto das janelas, deparei-me com uma vista linda sobre a cidade, olhei para um dos cantos, havia outra porta, dirigi-me para lá, abri, uma sala e mais duas portas...
O Alves já por uma ou duas vezes se tinha insinuado, mas sem grande perigo, digamos que o suficiente para ser insinuação. No entanto fazia-o com quase todas, mesmo sendo lésbicas. Aliás, havia algumas dúvidas no que dizia respeito à minha orientação sexual, rumores infundados, os quais são levantados para contar histórias imaginárias de orgias, muito apreciadas pelos homens e em especial ao Alves. Uma vez, na cantina, mesmo frente a toda a gente, sentou-se ao pé de mim e como mote de conversa começou logo por: gostas de chupar? Eu não me fiz de rogada. Respondi com a pergunta: e gostava de ser chupado como deve ser? Ficou sem palavras. É normal. Não esperava esse tipo de resposta da minha parte, pois todo o meu interesse ali dentro ia para o trabalho militar, não tinha mais nenhum interesse, nem nunca mostrei outro qualquer, no entanto passado algum tempo as coisas transformaram-se. A pressão do trabalho disciplinado, hierárquico mexeu comigo, não sei bem como. A pressão acumula-se, transforma-se em desejos tarados, cheios de químicos corporais que nunca sei o nome. Nessas alturas só quero é sentir coisas duras, quentes e grandes dentro de mim, em especial de homem fortes, grandes e tarados. Daí não me ter incomodado muito com a investida do Comandante, mas por outro lado não podia dar a entender que estava a tirar o máximo prazer.
Falava com a minha nora e dizia:
- Anita, não podes pensar nisso todos os dias.
- Mas...
- Não há mas nem meio mas, terás que seguir o caminho que te estou a indicar.
- Mas...
- Ai! Já disse!
- Mas Dr. Taylor... o caminho que me indica não tem saída.
- Por isso mesmo!
Assim que saiu passei a falar com a minha outra nora:
- Claudete!
- Sim Dr. Taylor...
- Vem comigo.
- Não posso.
- O quê?!
- Não posso.
- Ora essa!
- Sim, o Dr. Taylor amarrou-me à cama, lembra-se?

Logo pela manhã saímos para um reconhecimento, achei que havia algo de estranho, pois fui com as duas camaradas, a Silva, a Amarante e o Alves. Não queria acreditar que ele teria tido a coragem de pedir ao sargento para formar esta patrulha. Há sempre muita coisa por detrás nestas organizações, compadrios, interesses e o Alves era uma peça muito importante nisto tudo, trazia muita coisa de fora para dentro e o inverso. Após cerca de 25 kms e porque o exercício assim o obrigava, a equipa tinha que se separar. Peremptoriamente escolhi a Silva. O Alves não ficou muito contente, nem elas. Achei que deveriamo-nos concentrar no nosso trabalho, bem como não queria passar nem mais um fim-de-semana naquele lugar, apesar de gostar muito, mesmo assim, tanto tempo, farta. A Silva sabendo que eu não era da laia dela resolveu desde muito cedo boicotar a operação, passando o tempo todo a falar alto. Os meus pedidos incessantes de silêncio eram todos ignorados. Até que parei, olhei-a nos olhos, perguntei-lhe se seria capaz de me beijar na boca. Ela riu-se às gargalhadas. Achei aquela atitude fora de tom, sem sentido. Fiz o que devia ser feito, dei-lhe um soco. Remédio santo. Caiu redonda e calou-se. A nossa posição estava comprometida desde o início e teria que tomar outro rumo, tinha que ganhar, tinha que fazer os pontos suficientes para ganhar, tinha que sair, tinha que ir a casa nesse fim-de-semana. Peguei na Silva, arrastei-a até uns arbustos, tapei-a e segui o meu caminho. Parei mais à frente para verificar a posição. Ouvi ruídos. Tentei ver de onde vinham. Era um som pouco habitual, não eram vozes de conversa, eram, eram... gemidos! Aproximei-me com todos cuidados, pois este tipo de situações podem ser armadilhas e não podia arriscar ser capturada. Quando cheguei perto, quase não consegui abafar um grito de espanto. O Alves montava a Amarante com toda a violência própria de um homem bruto.
O local não sendo bonito, não era também feio, não sendo arejado, também não era fechado, não sendo iluminado, também não era escuro, não sendo pequeno, também não era grande, mas era extremamente mal cheiroso. Em agonia sai.
A mulher estava em êxtase, gritava, gemia e o Alves tapava-lhe a boca. No início não quis acreditar, tive a tentação de acabar com aquela palhaçada. Filho da mãe! Mas depois, não resisti e fiquei a ver. A cada penetração a mulher gemia, sofria de gozo, tinha na cara um ar de satisfação tremendo, as maças do rosto de um vermelho vivo, as veias do pescoço latejavam, como que querendo explodir, com as mãos agarrava as nádegas possantes do Alves, pedindo mais e mais. Toda aquela movimentação transtornava-me, começava a mexer comigo, o calor apoderava-se de mim, enchia o meu peito, já me mordia, a cada descarga de virilidade parecia que o sentia dentro de mim. Mais uma vez, não me contive. Coloquei-me de cócoras, pousei a arma, abri a camisa, meti a mão dentro, senti os mamilos túmidos pela excitação, apertava com toda a força os seios, rijos, sentia uma força imensa a percorrer as costas, arrepiei-me toda! Com a outra mão deslizei até onde estava bem mais húmido, onde gostava mais de mexer, onde queria sentir a força daquele homem, e, abri as pernas, a braguilha, meti a mão e logo de imediato soltei um gemido surdo. Que prazer!
Peguei numa bosta de cavalo e atirei. Disse uma ou duas coisas, não me ouviam. Gritei. A bosta vai no ar! Continuam a não me ouvir, ora bolas! Claro, caiu mesmo em cima do Duque...
Ri às gargalhadas e voltei a rir.
Do outro lado da barreira, um homem de verde dizia:
- Bela pontaria Dr. Taylor!

Os dois continuavam, espojados no chão, mudavam frequentemente de posição, via o mastro duro a penetrar na vagina vermelha, alternava com penetrações anais, para lubrificar, utilizava a saliva e o suor que escorria por ambos os corpos. Eu, em pleno êxtase não me apercebi de ruídos estranhos, não me dei conta de nada, só quando me apercebi que alguém estava a mexer no outro seio e não era eu. A Silva tinha acordado, estava com ânsias de me tocar, beijar e fazer-me gozar. Não a recusei, uma mão extra sabe sempre muito bem, mas quem diz uma mão, pode muito bem falar numa língua de alguém experiente no corpo feminino, nos pontos que nos dão mais gozo, que nos dão arrepios, orgasmos múltiplos, do verdadeiro prazer, de sentir as mãos onde necessitam estar, se sentir o corpo mexido como deve ser mexido, mas… tudo aquilo soava-me a falso, os beijos não me sabiam bem, faltava o cheiro, o toque da barba de um homem, não da barba que pica, mas da pele suave, mas ao mesmo tempo áspera de um homem, dos pelos em sítios que devem ter pelos, sentia a falta do peso que um homem faz quando está em cima de mim, o suor que cai no meu peito, as mãos que agarram com força, tudo. Esta coisa das lésbicas não é para mim. Mas há falta de melhor... É claro que com tanta agitação, não dei conta que o Alves e a Amarante já estavam mais interessados nas nossas actividades lésbicas, que nas actividades de sexo selvagem deles e juntaram-se a nós. Há muito que não tinha tanto gozo, que brutalidade, nunca pensei que o Alves fosse assim tão bom. Passado algum tempo lembrei-me dos pontos e do fim-de-semana, mas logo pensei que ainda bem que vou ficar cá o fim-de-semana, pois o meu namorado é bem pior que estes três e com alguma sorte o comandante ainda me vai acordar de manhã. Acho que vou passar a dar mais vistas e tornar-me na recruta sexual.
Nunca mais sonho! E porque carga de água é que sou o Dr. Taylor? Será por causa do chapéu de coco, do chapéu de chuva longo e fino, do fato preto, do Times debaixo do braço e do usar cuecas ao contrário, será?