sábado, 23 de dezembro de 2006

Conto de Natal

Era uma vez um, ou mesmo O Pai Natal, este era diferente de todos os outros, sentia-se dono de toda a plenitude omnipotente Do Pai Natal, sentia que era de facto O Pai Natal – a bem da verdade só pode existir um – sabendo, ou pressentindo este estado de espírito, ou esta força interior, resolve ir à casa de banho. Sabia que tinha de fazer algo para aniquilar todos os outros impostores, mas sem ferir susceptibilidades. Assim, e depois de limpar bem o rabo, tomou banho 10 vezes, secou-se, penteou-se, secou-se de novo, ajeitou as vestes, que lhe faziam parte da pele. Este era o grande trunfo Do Pai Natal, pois todos os outros se despiam, O verdadeiro Pai Natal, trás as veste como se fossem a sua pele, aliás, fazem parte da sua pele, não se conseguindo diferenciar, ou não se sabendo muito bem como saem. A única coisa que era amovível era o gorro e as luvas, bem como os sapatos, mais de resto tudo era inamovível. Montou-se no seu veículo e rumou à maior cidade do universo. Era lá que iria perpetrar o seu grande plano, tornar todos os impostores em seres verdes, sem cabelo e com altos índices de cabelo nos pés, sim, cabelo e não pelo. Voou à velocidade perto do som, pois a sua audição nunca foi das melhores. Quando lá chegou pensou nos pobres coitados que o fazem e arrependeu-se. Fez só uma aparição em público todo nu, mas não lhe deram o devido valor, pois não sabem do real poder do que significa estar nu para O Pai Natal. De facto a única coisa que conseguiu foi uma valente constipação, ao andar descalço em plena rua e sem o gorro, da sua sempre impecável pele/roupa.
Triste e desconsolado, volveu a casa, cheio de ranho, à velocidade que lhe deu mais jeito e mais uma vez, foi o único, tirando os taxistas, que trabalhou na noite de consoada.
Um grande bem haja para Ti, Pai Natal!

PS: Não te esqueças de usar desodorizante este ano, ok?

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