quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Catarina e o Marco

Catarina acordou de manhã e não sentia onde tocava. Pensou que podia estar morta, ou que a cama tivesse desaparecido. Gritou pela mãe que, ao entrar no quarto, tombou para o lado, ao ver o estado em que estava a sua filha. Catarina ainda indagou a enorme mãe, na tentativa frustrada de saber o que se passaria, visto que da perspectiva de onde estava, não conseguia. Olhava para baixo, em busca do seu corpo, mas não conseguia ver, pois a luz que irradiava era de tal forma forte, que lhe cegava as vistas, só mesmo a silhueta dos pés, que lhe pareciam maiores, mas ao mesmo tempo mais magros e ao contrário. Chamou desta feita a sua pequena e graciosa irmã, que quando entrou no quarto e viu tamanha façanha, tombou para o lado, em cima da mãe. Ainda tentou perguntar-lhe o que se passava, mas não obteve qualquer tipo de resposta, se não um profundo silêncio vindo da boca da sua querida irmã, de cabelo bem loiro e com uma combinação muito interessante, em especial quando vista em contra luz, estando a pequena da lado, mas isso fica para outro capitulo. Catarina estava em pânico, até confessou para si, que a palavra em Francês se adequava mais, que a de origem Portuguesa, ou seja e sem adiantar mais anda, estava a “panicar”. Chamou agora pela avó, que quando entrou no quarto perguntou o que se passava. Catarina respondeu que estava em pânico, ou tal como foi sugerido à atrasado, utilizando a palavra correcta, de origem estrangeira, uma espécie de galicismo, estava a “panicar” e que também não sabia o que se passava. Só sabia que não se conseguia mover muito bem e que a luz que vinha do seu corpo era tão intensa que não conseguia visionar quase nada daquilo que outrora fora o seu belo corpo de moça prendada. A avó, senhora para os seus 85 anos, com uma combinação muito interessante quando vista num quarto escuro, sem luz nenhuma, disse que já vinha, pois estava muito aflita e tinha de ir buscar os óculos, ou seja, tinha de ir fazer o que ninguém podia fazer por ela. Catarina ficou estarrecida, sem pinga de sangue, pois continuava a não saber o que se passava e a luz era cada vez mais intensa e agora deixara de ver os pés e em vez disso, um língua bífida saia por entre os lençóis, que no meio da luz branca cegante fazia um contraste mais apurado e nítido. Era de facto uma língua bífida, longa e única, sem boca, só a língua, que serpenteava por entre o ar, imergindo do branco puro, da luz clara como que se tratasse do início do mundo. A avó voltará, mas com a correria e o stress de saber o que se passava, tropeçou e tombou para junto das outras duas, que jaziam no chão, frio e duro, sujo, castanho, da cor que sempre tivera, castanho taco, mesmo que a pobre Catarina já tivesse pedido vezes sem conta ao pai para colocar outra cor, pois aquela fazia-lhe lembra o taco que tinha na casa de verão e que lhe dava as maiores, piores, recordações. Mas isso é para outro capítulo. Desesperada, em pânico, “panicada” portanto, assustada, vibrante, de olhos arregalados, sem saber o que fazer, com medo, cheia de terror, gelada, de olhos arregalados de novo, petrificada e bonita. Não sabia o que podia fazer mais e levantou-se. Tombou sem demora para cima do monte de corpo tombados junto ao seu leito e ali ficou até que o pai chegou e ao ver a sua filha com aquela combinação, tombou para cima do monte cada vez maior de corpos desmaiados. A mãe que estava no fim da tumba, zurziu duras palavras em Finlandês e depois com todas as forças do mundo, libertou um severo bufo, que inundou por completo o quarto da pobre pequena. Como por um acto de magia, todos acordaram com intenção de fazer ovos mexidos sem manteiga. Catarina, que desde o dia em que se nascera, tinha sempre a sensação de que já tinha vivido, olhou com desdém para a cama e puxou do seu muco visceral com toda a sua força. Vinha das partes mais recônditas do seu corpo e criou dentro da sua pequena grande boca, uma das maiores e mais invejáveis bolas de escarro que de seguida despejou na cama que outrora a tinha aprisionado, sem dar conta que de facto o que tinha acontecido era que o estúpido do namorado estava debaixo dos cobertores e com uma lanterna. Tentava fazer-lhe o maior cunilíngus da história moderna. Claro está que são sobejamente reconhecidos os atributos do pequenino Marco e por isso os desmaios colectivos, visto que não é normal ver-se uma luz forte na ponta duma gaita de 30cms, estando a mesma quase muito perto de se enterrar profundamente tanto no colchão tenro, como no corpo luminoso da cândida Catarina. Marco, que desta feita jazia num sono profundo de barriga para cima, levou com o enorme escarro sem pestanejar e como se não bastasse, visto que estava calor, dormia desnudado e destapado. Catarina que ainda mal estava refeita do lhe tinha acontecido, tombou no chão junto com o resto das pessoas que se encontravam no quarto e agora já eram mais, não querendo enumerá-las, visto que não são pessoas que conheçam, caindo todos ao mesmo tempo que a enorme bola de ranho húmido. Desde já posso referir que a tumba se elevava ao nível do tecto, sendo já bastante complexo para as últimas pessoas que desmaiaram chegar ao topo. Marco, mantinha-se firme e hirto, e continuava sem pestanejar, tento já os orbitas secas, deu um grito de leão e dum só golpe de rins, saltou da cama e pôs-se em cima da cómoda, mirando o estado da coisa. A tumba… a pilha, o conjunto de pessoas que se amontoavam. A outra coisa é caso de reflexão num outro capítulo. Pensou o que poderia fazer. Pensou, pensou e chegou a uma conclusão efémera, de tal forma que durou meio segundo. Pensou de novo e sem ter a ideia, deu um bufo terrível, um peido vigoroso, um traque altivo, um gás intestinal mirabolante, sentido em vários países da América Latina e África Austral. O próprio não se conteve e caiu do alto da cómoda em cima da cama, de barriga para baixo, espetando o fenomenal sexo no colchão de molas e espuma de silicone anti-qualquer coisa, desmaiando de seguida, aliás, não sei se já não estaria a desmaiado antes de bater no mole colchão. O que é certo é que toda a gente acordou do desmaio. Como tudo já estava a ficar bastante parvo, decidiram atirar o mole pai pela janela e brincar com o vigoroso Marco. A avó, foi para a casa de banho e não voltou.

2 comentários:

  1. Inacreditável...ainda estes dias me aconteceu algo parecido, mas não foi com uma lanterna.Mas isso é para um próximo capitulo!! :P

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  2. Nada é por acaso e tudo tem razão alguma de ser.

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CU menta!