Um dia vou passar férias ao Tibet, basta que a minha avó veja a escultura que fiz para ela: O dedo de Deus a matar uma barata!
Um dia vou projectar um aparelho que consiga perceber o canto dos pássaros. Ai sim, vamos perceber muita da merda que andamos a fazer. Ou não…
Um dia vou almejar subir ao topo do monte mais baixo de todo o pais, para de lá gritar aos quatro cantos do mundo, dizendo a frase que mais trabalho me dê a criar: “Matança de porca em arrabalde da cidade mais virtuosa, edificada no século em que nada se passou.”
Um dia vou calar-me para sempre e viver nu com a tua irmã, mesmo que seja boa.
Um dia vou maltratar um conjunto de cabras, para que juntos possamos sentirmo-nos em uníssono com o que se passa por essas matas a fora. O entulho espalha-se por quilómetros…
Um dia vou rezar uma reza antiga, para que não digam que sou ímpio. Mas tão antiga, tão antiga, mesmo antiga, na altura em que nem se quer tinha sido inventado Deus.
Um dia vou comer fora. Mas mesmo fora, assim do género comida fora. Marada, por exemplo: Bifes de lambesuga, com alhos descalços, em marinada de ovos de rosas. (vide receita mais à frente, no capitulo XI)
Um dia vais-me ouvir e não é ouvir só por ouvir, é ouvir o que tenho a dizer à cerca da tua postura ultrajante, de marinheiro de águas moles. Aí vais saber o que é o bom Português! Oh infame homem das cavernas da serra da Malcata!
Um dia… bem, um dia… sim… vamos sim. Que me dizes?
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CU menta!