(imprime e lê)
Se achas que podes ser um pássaro, voa, mas não pernoites em casa de pessoas estranhas, não peças para ver o seu interior. Não julgues que podes voar sem ter que te cansar. Se és verdadeiramente forte, faz com que não te veja, faz com que eu não exista. Não podes voltar a ser o que querias, só podes vir a ser o que nada foste, mesmo que se tenham dito ou feito coisas que nos tenham unido para sempre, que nos tenham tornado um só, uma única coisa, um só ser.
Se queres mesmo voar, faz-te à vida, vais ver que não é assim tão difícil, vais ver que não te custa nada. Não insultes a tua própria existência, admite que queres o que não queres, que vais ter o que sempre não quiseste, pois o que querias, não vai ser o que já foi.
A alma de todos esconde o verdadeiro Eu. Neste caso, nada se consegue provar, só mesmo o facto de não se saber o que se passou, mesmo que se tenha sentido, mesmo que se tenha vivido, na pele.
“Gosto de provar, de experimentar, de saber ao que sabe, de entender porque gostei, mesmo que depois não coma o resto, por achar que me vai fazer mal, ou pura e simplesmente porque não gostei.”
Toda a história do que se sabe quando se tocam duas pessoas parece-me muito verosímil. Só porque se sente e sabe ao que sabe.
Não deixa de ser um monte de balelas quando as coisas não correm bem.
Mas por outro lado quando correm bem, não se pensa em coisas ruins, em coisas nefastas, que fazem mal, que transformam um belo ser, num ser mesmo muito feio, ou como é politicamente correcto dizer: Menos belo.
É tão bom quando se está junto, perto, a saborear os momentos, ou até mesmo o momento, o que nos passa pela cabeça.
O que nos faz viver são só os instintos de nascença, são só os que não conhecemos e mesmo esses temos medo que deixem de funcionar, pois o momento é tão bom que corremos esse perigo de o não conseguir gozar até ao fim.
Pára, o tempo pára.
Sei que nada existe, sei que nada pode ser, sei que o que foi, é, ou foi, mas porquê as frases na minha cabeça?
Apagar é algo que não sei fazer. Quando li o que escrevi, ri, e achei triste, mas ao mesmo tempo divertido e muito bonito, sem muito sentido mas lindo.
Sabes, eu vou continuar.
A mão na perna
O olho do olho
Lábios quentes tocam-se, retocam-se
Misturam-se, cobrem-se de desejo, ardente, quente e cheio de sede.
A mão no cabelo
A face na face
A corpo que sente com a passagem do outro corpo
Fundem-se em fuga, em tentativa de ser um só.
A mão nas costas
O peito nos peitos
As tuas coxas sentam nas minhas, húmidas sensações de arrepio
A palavra surda, que é dita sem cuidado, que é sentida em furor.
A mão na boca
As mãos nas mãos
O silêncio nocturno que invade os sentidos, e os torna surdos
Mas ao mesmo tempo gritam: Pára!
Doce mel.
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CU menta!