segunda-feira, 5 de março de 2012

Quem foi Edgar Vunder Baü?

Numa cidade maravilhosa do Norte do Continente, na zona mais a Oeste, a zona onde as ideias fluíam com muita energia e veemência, ideias essas vindas do Sul, mais perto de onde são cultivados os membros da aristocracia, havia uma casa. Não era uma casa qualquer, pois tratava-se da casa do vigário, ilustre membro da sociedade desta cidade que vos falo, mas mais na parte Leste. E perguntam vós: Porque falo desta casa? Como sabem um vigário fica sempre bem numa história quando se trata de uma história do Norte, bem como de alguém que ainda não encontrou na história e virá a ser apresentado mais tarde, como intimo do próprio. Tendo em conta estes factos, a casa era conhecida por ter na sua fachada uma vaca australiana, de grande porte, mas como estava pintada um quadro tão pequeno, não se conseguia ver assim tão bem que seria uma vaca, mas no entanto, para dar seguimento e continuidade da história, que já vai longa, este determinado facto era contudo importante referir, visto que se trata da casa, que tanto se falava na cidade, levando-nos a fazer a tal viagem no tempo.
Vigário Monsolvo, era uma pessoa muito destemida e muito pouco discreta. Falava de tudo com todos, mesmo de assuntos que não entendia, como por exemplo assuntos de ordem política, sem que o sentido fosse o mais acertado. Mas sabendo de muitas conversas e porque era vigário, sabia muito da vida dos habitantes, daquela zona da cidade e de outra que não me recordo agora. As missas eram um ponto de contacto com todos e assim, tinha acesso às conversas, discussões, olhares, flatulências, numa forma mágica e magnânime. Usando um palco normal para palestras, concertos de rock, miso ensemble e outras formas de comunicar que podem ou não ser consideradas avançadas, nesse palco, dizia eu, fazia a sua aparição num misto de espectáculo verdadeiro e burlesco, quase frívolo. Suspenso por cabos, descia das alturas ao som de violas sem som, visto que eram só usados intérpretes de linguagem gestual usada pelos habitantes da Argentina. Dito desta forma pode parecer desadequado, mas de facto era um espectáculo muito pobre a nível da carga emotiva passada para cada um de nós, no geral e para todos no particular, mas este molde de comunicação surtia o seu efeito, havendo uma ligação muito forte, que nunca irá esmorecer. Com isto tudo, leva-nos ao que realmente interessa, na qual podemos concordar, que este vigário Monsolvo, que era assim tão conhecido, deixou de respirar e o coração bater, num dia de Julho, logo pela manhã! Fora morto pelo bravo e radical Edgar Vunder Baü!


Na edição de Outubro da revista: Mutus Assassinos.

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