terça-feira, 20 de março de 2012
Café da manhã
Passei a alta velocidade pela gare do Norte, a bicicleta não dava mais, aliás, tive mesmo de encostar no café Central para arrefecer os carretos. Depois, ainda com mais velocidade, atingindo mesmo o pico da velocidade aconselhada para um velocípede, passei que nem uma bala, pela porta de Nunes, mas não pela parte Poente. Tão rápido passei, que nem mesmo o meu casaco foi visto. Continuei pela rua de Alves e, a meio, antes da retrosaria Cisco, efectuei a manobra conhecida pela “Obra de Amar-te”, que na verdade não é mais do que um curva de 210 graus e entrei no prédio da Catarina, sem tocar no lancil, alto como a torre de Babel. Atirei o veículo não poluente para o vão da escada, o qual encaixou determinantemente no suporte previamente afixado aqui há 2 meses e Maio. A sacola com os livros de escárnio foi projectada duma forma subtil, ficando cravada na parede de tabique. Subi a toda a mecha. Os meus passos ouviam-se a quilómetros, tal não era a urgência da minha diligência. Ao ouvir os meus passos, Catarina, sempre pronta, já de porta aberta, deu-me a toalha da praxe e disse-me que depois do serviço teria de limpar, lavar, desinfectar, tudo com muito afinco. Corri, desalmado, rápido, que nem um foguete que vai descontrolado, de tal forma que bati na ombreira da esquina da parede contígua à sala e atravessei-a, esgueirando-me que nem uma cobra, não tocando na jarra do século passado, que ficou a baloiçar com a deslocação de ar. Saltei para a divisão em questão, já com as calças em baixo e pelo caminho, no salto, ainda no ar, as cuecas saltaram como que se fossem descartáveis ou como se já nem se quer estivessem vestidas, antes da operação de descartar as calças. O que aconteceu de seguida é uma conceito épico, que nem os Deuses podem explicar, ou se calhar personificar, pois nos instantes antes de tocar no local, já o que interessava estava meio de fora, via-se a bom ver, com tal pujança que nada fazia lembrar que daqui a uns segundos, tudo iria passar, sem deixar qualquer rasto, ou nódoa, só mesmo o serviço completo, um alívio dum rato que pare uma montanha! Cai, toquei, sentei e … o cagalhão finalmente caiu, redondo, na água imaculada, da sanita secular, soltando por fim o pingo, solto, que chapinha alegre na minha nádega. Não consegui, eu, abafar um gritinho de surpresa e um outro gemido profundo de prazer, o prazer do primeiro cocó da manhã.
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CU menta!