sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Diferenças de pressão.

Vento que faz arder a paixão do meu ser, com vontade de ter, de sofrer e sorrir, sem nunca partir.
Vento gelado que penetra na minha alma, trazendo uivos arrepiantes, cortantes, que me fazem gemer, com o toque duma rosa escarlate.
Vento forte como o aço, que arromba portas fechadas pelo passado, mal amado, endiabrado, conturbado pelo assolo de boas memórias, desfeitas, perfeitas.
Vento brando, que me adormece, que me aquece a esperança de amar e, esperar por um anjo de assas rotas, ocas, loucas sem eira, com firmeza, sem tristeza.
Vento revolto, desnorteado, sem rumo, sem futuro, sopra de todos os lados, traz maldade, traz felicidade, trás euforia e trás agonia.
Vento encantado, amado, vem de leve e não se sente, vem rente, mansinho, mesmo quando entra pelas frestas das portas, remexe, enriquece, faz cócegas e faz sorrir.
Vento quente, escaldante, que faz transpirar, suar, que se ouve no peito, esse ser imperfeito, natural, animal, sedento de mais, de mais calor, sem pudor.
Vento que nos salva, mesmo que sem querer, trás calma, trás prazer, leva o que resta de todos nós, a consciência, sem penitência.
Vento vento, que vem lento, ansioso por soprar na tua face, que faz fechar os olhos e te faz sentir, o toque, o dele, bem como o meu, meigo, calmo, singelo.


Sentes? Mentes...

Sem comentários:

Enviar um comentário

CU menta!