Na noite de 4ª feira, estava eu entediado em casa da minha namorada, resolvi ir comprar tabaco. Despedi-me dela com um beijo e uma fodinha.
Depois de ter retomado o meu stock de nicotina bem como outras merdas, na bomba de gasolina do bairro, resolvi passar pelo bar do meu grande amigo Zéca. Dois dedos de conversa, 5 whiskys e já está. Sai, arrastei-me até ao meu carro, entrei, liguei-o, e ali fiquei. Passaram cerca de 10 minutos. Eu sabia que tinha que fazer alguma coisa, mas não sabia o quê... pensava em todos os locais para onde poderia ir, mas por uma razão ou outra não me apetecia ir para lá. Quando esgotei quase todas minhas hipóteses, lembrei-me em ir à putas, mas desta vez seria naquelas de rua.
Procurei nos pontos mais quentes da cidade, por uma que não me desse nauseais só de olhar para ela. Encontrei, perguntei quanto levava, ao que ela respondeu: António?. 1ª a fundo e vá de zarpar dali para fora!
Deve ter sido a primeira vez que passei sinais vermelhos e não foram poucos! Foda-se era a minha mãe... Não tinha coragem de voltar ao local e partir-lhe todos os ossinhos do corpo, mas também não conseguia conformar-me com o facto da minha mãe estar a atacar na rua. Tinha estado com ela, nem à uma semana atrás e estava toda contente, tinha até comprado um frigorifico novo, ao que eu perguntei, se ela tinha namorado novo e logo ela retorquiu: Não! É só um amigo... - Um amigo??!?!? A merda! É o chulo!
Serrei o dentes, e voltei ao local onde ela estava. Já tinha fugido. Depois de espancar uma das putas, lá me disse onde ela poderia estar. A todo o gás pus-me ao caminho. A puta tinha-me dito que ela estaria nos subúrbios, numa zona que em nada daria a entender que seria a casa do chulo. Então de quem seria a casa? Fiquei intrigado.
Após um maço de cigarros e uns bons 20 minutos de caminho, chego à tal localidade. Como não conhecia bem o sítio, perguntei a uns tipos da GNR que estavam junto do carro brigada, onde ficava a morada que lhes mostrava, ao que eles me responderam de imediato com uma boa operação stop. Devem ter revolvido o carro todo, fizeram mil e uma perguntas, fiz todos os testes que à conhecimento e não conseguiram encontrar nada. Então lá me disseram onde ficava o local. Tive sorte, não procuraram nada nos meus bolsos... estúpidos! A intriga ia-se adensando, quanto mais eu ia chegando ao local. A zona era impecável, bons carros parados na rua, muito calmo, com muito bom aspecto. Parei o carro mesmo em frente ao prédio. Para minha sorte... o prédio tinha vigilante. Comprimentei o Sr., disse para onde queria ir e como é da praxe, ligou para o apartamento para me anunciar, coisa que não chegou a fazer, pois caiu redondo no chão... não faço a mínima ideia o que lhe aconteceu, mas estava um bastão no chão, mesmo ao lado da cabeça dele. Coitado...
Subi pelas escadas. Ao chegar ao andar, parei e respirei fundo, não evitando um ataque de tosse diabólico, como se todas as minha entranhas fosse sair pela boca e pelo cu. Tive de abortar a minha investida. Tentei de novo passados mais alguns minutos, não cometendo desta vez o mesmo erro, mesmo assim ainda saiu um peido. Ouvia-se um grande alarido no apartamento onde era suposto estar a minha mãe (nem sei porque ainda lhe chamo isto...). Duas vozes de homem e um de mulher, que de facto parecia ser da minha mãe (tenho que lhe começar a chamar A puta mor). Toquei á campainha e identifiquei-me como sendo da Polícia Judiciária. À porta veio um homem vestido de mulher, com umas roupas muito pouco ortodoxas, mesmo para uma mulher, mais parecia uma travesti. Perguntou o que se passava, ao que eu respondi em voz baixa e rouca, que tinha havido um acidente com uma amiga de uma senhora que costuma estar naquela casa. Ele pediu-me um momento. Passado um minuto e alguma conversa dentro da casa, a porta abri-se de novo. Era ela, A puta mor! Nem dei tempo para ela dizer nada, entrei e espanquei-a, ao mesmo tempo perguntava porquê, mas ela debatia-se com algumas dificuldade em responder. Os outros dois davam-me socos nas costas, mais parecia que estavam a fazer-me cócegas. Por fim e quando já não tinha mais forças, resolvi parar. Sentei-me na sofá. Que espectáculo lindo, um travesti, ou drag queen, acho que é mais isso, e um enfezado, com ar de quem não dorme à 15 dias porque passa o tempo todo a ver pessoas com tronco nu, a tentar reanimar A Puta Mor.
Sai e fui às putas, mas não da rua, podia ser que encontrasse a minha namorada...!
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CU menta!