A Revolução Francesa protagonizada por Napoleão Bonaparte e as subsequentes invasões napoleónicas marcaram Portugal e, de uma forma especial, o Algarve e Olhão. Nos finais de 1807, o Algarve, tal como o resto do país, preparou-se para receber o invasor francês.
Um ano mais tarde, respirava-se no ar a insoburdinação ao poder francês. A indignação dos olhanenses surgiu quando, a caminho das solenidades do dia do Corpo de Deus, se depararam com um edital que convidava os portugueses a lutarem contra a sublevação espanhola ao lado dos franceses. O Coronel José Lopes, apoiado pelo Padre Malveiro, pároco local, rasga este edital motivando a revolta e rebatem os sinos nas freguesias mais próximas - Moncarapacho, Fuzeta, Pechão e Quelfes. Enquanto as tropas francesas tentavam controlar a situação, surgiu o boato de que os soldados portugueses, estacionados em Faro e sob domínio francês, se haviam juntado a Olhão na revolta. O boato teve um efeito imediato! O repicar dos sinos da Igreja de Nossa Senhora do Carmo incitou os farenses à sublevação que rapidamente se alastrou. Quando os reforços franceses chegaram era tarde de mais - o Algarve era novamente português!
Com saudades, sem mais!
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