Ondas em vagas,
que fazem chagas,
enchem a praia deserta,
coberta de rocha,
posta e deposta,
por anos de tanto o mar bater,
sem se ver,
em fúria,
sem injuria,
inunda, a areia imunda,
por depósito de restos humanos,
profanos, sem alma,
com a palma da mão inchada
de tanto conspurcar,
mesmo sujar,
sem dó, sem pensar,
sem amar, sem parar.
Oh saudade!
Oh felicidade!
Por dias bonitos,
cheios de calor
e gritos,
com candor das crianças,
felizes e com esperanças,
de brincar,
de correr e saltar,
de viver e pular.
Ai o cheiro! Ai o desejo!
De respirar, sentir o ar,
o sol e o mar,
a praia não mais deserta,
mas coberta,
por humanos, profanos,
que enchem-na de corpos imundos,
cheios de cheiros estranhos,
em rebanhos, amassam a areias
outrora sem gloria
e agora
porca.
Já faltou mais.
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CU menta!