As palavras saltam-me da boca, flúem num misto de paz e exaltação, sinto o sangue quente a percorrer as minhas veias, tudo o que toco fica em brasa, incandescente. A própria saliva parece estar em ebulição, a ponta dos dedos derretem metal. O coração faz vibrar o edifício, quando falo, a voz sai grossa e ressoa por todas as paredes, produzindo sons em baixas frequências, que fazem também vibrar os vidros. Tento afastar os meus pensamentos de ideias perturbadoras, mas tudo o que penso é chamas, calor, calor imenso. Estou numa tensão descontrolada. A ideia de derreter tudo assola-me a alma! Tudo! Derreto tudo! Rios de material incandescente rodeiam-me, quanto mais derreto, mais quero derreter. Ai! Sinto tanto calor!
Eu bem me queria parecer, estou dentro deste forno há horas e nunca mais estou feito. Mas que raio está a demorar tanto tempo?
(O peru da consoada)
sexta-feira, 30 de janeiro de 2009
quinta-feira, 22 de janeiro de 2009
A fuga
Mexia-me com dificuldade, o frio mantinha-me preso, nada que eu fazia parecia alterar o meu estado. Tinha de me mexer, de reagir, senão morria ali colado aquela árvore. Já tinha andado milhares de quilómetros e não avistava nada, só floresta e alguns animais. Pensei que vinha preparado para tudo, mas tudo não existe. Dou por mim a pensar em morrer, isto só mostra que sou fraco. O que me fará viver? A esperança de alcançar a felicidade? A esperança de alcançar o que tanto lutei para conseguir? Fujo? Do quê? Mas nada disso me dá vontade de continuar, só de desistir, de me abandonar por aqui e deixar-me morrer à fome e ao frio. Mas depois penso que morrer assim é muito doloroso, não posso morrer assim, sou demasiado fraco. Pensando nisso, resolvo seguir e não morrer. O dilema persiste, mas envolto nos pensamentos deixo-me ir e nesse preciso dia foi o dia em que fiz mais quilómetros.
Como sempre ao final do dia fazia sempre o meu acampamento. O medo de animais furtivos era sempre uma constante, mas até aquele dia nada tinha acontecido. Sorte? Talvez, pois não fui minimamente preparado para o que quer que fosse.
Trazia na mochila de viagem uma tenda, um saco cama para temperaturas baixas, várias latas de comida, um canivete Suíço, uma bússola, um mapa mais ou menos detalhado, um bloco de notas, alguma roupa, mas pouca e no meu corpo, várias camadas de roupa, que ia despindo consoante ia andando e voltava a vesti-las quando o frio chegava.
Montei a tenda, comi dentro dela para não deitar cheiros para a floresta, enterrei os restos de comida, organizei as coisas para dormir, escrevi alguns apontamentos no meu bloco e deitei-me. Era sempre muito complicado adormecer, mas o cansaço era muito e cedia sempre a ele. Os barulhos da noite são tenebrosos, mas após 7 dias a dormir na floresta, tudo parecia mais normal, menos assustador.
Eu fugia, fugia de tudo e de todos. A minha vida tinha dado um enorme revés, nada corria bem, era perseguido por tudo e por todos, não tinha paz, nem sossego. A minha mulher tinha-se envolvido com o meu melhor amigo, a minha filha mais velha tinha fugido com um ex-criminoso que já tinha causado muito sofrimento na nossa cidade, a mais nova não saía de casa porque tinha medo de morrer. A minha vida estava um inferno. Até que um certo dia cometi a desgraça da minha vida. Mais uma vez não preparei nada. A fúria invadiu os meu corpo. Peguei na arma de fogo do meu irmão e saí. Com o meu espírito fraco, sabia que não ia ter qualquer tipo de hesitação em executar o que tinha em mente. Desci a rua, serrei os dentes. A fúria, misto de raiva e desmotivação de viver, apodera-se cada vez mais de mim, nem sequer tinha a arma escondida, pendia na minha mão, agarrava-a com toda a força e na outra mão um urso de peluche, segurava-o pelo pescoço. Entrei na casa. Como sempre tinha a porta aberta. Procurei o que queria abater e quando finalmente encontrei, estava a olhar para mim, com um ar muito ameaçador. Apontei a arma e disparei. Caiu logo morto. Fugi e ainda fujo, vou continuar a fugir a expressão não me sai da cabeça. O cão, antes de levar com o tiro, pediu desculpa com os olhos, mas eu não quis saber. Abati-o ali, a sangue frio, sem remorsos, sem qualquer pingo de sentimento, só queria que o cão deixasse de existir, que se calasse.
Não vou conseguir... Mas vou tentar chegar ao topo daquele monte e ver como é cair no fundo deste vale, pois morrer ao frio e à fome não é para mim, sou demasiado covarde.
Assim fiz. Subi e subi, até que cheguei. Lá no alto, avistava quase toda a mata, a vista era de tirar o ar, muito bonita mesmo. Pensei que seria um desperdício sujar aquele sítio, mas fraco como sou, tomei a decisão de me atirar. Tirei toda a roupa, estava muito frio. Enchi o peito de ar, olhei o horizonte e deixe-me cair. Quando estava a começar a cair, ouvi um cão ladrar. Se já estava gelado, mais gelado fiquei. Interrompi a queda e olhei para trás. O cão estava ali, a olhar para mim e pela expressão, já ali estava há alguns minutos. Sentado, mirava com desprezo. Senti-me ainda mais despido e gelado. Perguntei-lhe o que ele estava ali a fazer. A sua cabeça ainda tinha sangue, mas parecia de boa saúde. Eu fiquei estático, sem reacção. Levantou-se e dirigiu-se na minha direcção. Eu naquele momento pensei que me fosse matar e a minha covardia era de tal forma que já não me queria atirar, não queria que o cão me matasse, ali. Só queria fugir e continuar a fugir. Ele aproximava-se vagarosamente. Olhava para mim, com uma expressão de paz. Eu olhava a ravina e estava muito próximo de cair. Implorei que parasse, ajoelhei-me e pedi-lhe perdão. Chorava como uma criança, estava de joelhos em frente aquele cão, de joelhos, cheio de medo de morrer. O cão, deu mais um passo e quando estava muito perto de mim, parou. Olhou para mim e disse: Tens lume?
Como é irónica a vida depois da morte, não é?
Como sempre ao final do dia fazia sempre o meu acampamento. O medo de animais furtivos era sempre uma constante, mas até aquele dia nada tinha acontecido. Sorte? Talvez, pois não fui minimamente preparado para o que quer que fosse.
Trazia na mochila de viagem uma tenda, um saco cama para temperaturas baixas, várias latas de comida, um canivete Suíço, uma bússola, um mapa mais ou menos detalhado, um bloco de notas, alguma roupa, mas pouca e no meu corpo, várias camadas de roupa, que ia despindo consoante ia andando e voltava a vesti-las quando o frio chegava.
Montei a tenda, comi dentro dela para não deitar cheiros para a floresta, enterrei os restos de comida, organizei as coisas para dormir, escrevi alguns apontamentos no meu bloco e deitei-me. Era sempre muito complicado adormecer, mas o cansaço era muito e cedia sempre a ele. Os barulhos da noite são tenebrosos, mas após 7 dias a dormir na floresta, tudo parecia mais normal, menos assustador.
Eu fugia, fugia de tudo e de todos. A minha vida tinha dado um enorme revés, nada corria bem, era perseguido por tudo e por todos, não tinha paz, nem sossego. A minha mulher tinha-se envolvido com o meu melhor amigo, a minha filha mais velha tinha fugido com um ex-criminoso que já tinha causado muito sofrimento na nossa cidade, a mais nova não saía de casa porque tinha medo de morrer. A minha vida estava um inferno. Até que um certo dia cometi a desgraça da minha vida. Mais uma vez não preparei nada. A fúria invadiu os meu corpo. Peguei na arma de fogo do meu irmão e saí. Com o meu espírito fraco, sabia que não ia ter qualquer tipo de hesitação em executar o que tinha em mente. Desci a rua, serrei os dentes. A fúria, misto de raiva e desmotivação de viver, apodera-se cada vez mais de mim, nem sequer tinha a arma escondida, pendia na minha mão, agarrava-a com toda a força e na outra mão um urso de peluche, segurava-o pelo pescoço. Entrei na casa. Como sempre tinha a porta aberta. Procurei o que queria abater e quando finalmente encontrei, estava a olhar para mim, com um ar muito ameaçador. Apontei a arma e disparei. Caiu logo morto. Fugi e ainda fujo, vou continuar a fugir a expressão não me sai da cabeça. O cão, antes de levar com o tiro, pediu desculpa com os olhos, mas eu não quis saber. Abati-o ali, a sangue frio, sem remorsos, sem qualquer pingo de sentimento, só queria que o cão deixasse de existir, que se calasse.
Não vou conseguir... Mas vou tentar chegar ao topo daquele monte e ver como é cair no fundo deste vale, pois morrer ao frio e à fome não é para mim, sou demasiado covarde.
Assim fiz. Subi e subi, até que cheguei. Lá no alto, avistava quase toda a mata, a vista era de tirar o ar, muito bonita mesmo. Pensei que seria um desperdício sujar aquele sítio, mas fraco como sou, tomei a decisão de me atirar. Tirei toda a roupa, estava muito frio. Enchi o peito de ar, olhei o horizonte e deixe-me cair. Quando estava a começar a cair, ouvi um cão ladrar. Se já estava gelado, mais gelado fiquei. Interrompi a queda e olhei para trás. O cão estava ali, a olhar para mim e pela expressão, já ali estava há alguns minutos. Sentado, mirava com desprezo. Senti-me ainda mais despido e gelado. Perguntei-lhe o que ele estava ali a fazer. A sua cabeça ainda tinha sangue, mas parecia de boa saúde. Eu fiquei estático, sem reacção. Levantou-se e dirigiu-se na minha direcção. Eu naquele momento pensei que me fosse matar e a minha covardia era de tal forma que já não me queria atirar, não queria que o cão me matasse, ali. Só queria fugir e continuar a fugir. Ele aproximava-se vagarosamente. Olhava para mim, com uma expressão de paz. Eu olhava a ravina e estava muito próximo de cair. Implorei que parasse, ajoelhei-me e pedi-lhe perdão. Chorava como uma criança, estava de joelhos em frente aquele cão, de joelhos, cheio de medo de morrer. O cão, deu mais um passo e quando estava muito perto de mim, parou. Olhou para mim e disse: Tens lume?
Como é irónica a vida depois da morte, não é?
domingo, 18 de janeiro de 2009
...
Alguém disse isto em estrangeiro.
"Good judgement comes from experience, and experience comes from bad judgement."
E eu digo isto:
Se a terra fosse um balde de merda, eu seria a tinta do balde.
Se o mar fosse a minha consciência, eu seria a tua.
Se o ser fosse sábio, eu seria o livro de mesa de cabeceira.
Se a matéria fosse invisível, eu seria o nada.
"Good judgement comes from experience, and experience comes from bad judgement."
E eu digo isto:
Se a terra fosse um balde de merda, eu seria a tinta do balde.
Se o mar fosse a minha consciência, eu seria a tua.
Se o ser fosse sábio, eu seria o livro de mesa de cabeceira.
Se a matéria fosse invisível, eu seria o nada.
Hoje está um dia Editors
Editors - Well Worn Hand
Wake up my love
Today I heard some bad news
Just what are we all supposed to do?
I won't let them get to you
I don't want to go out on my own anymore
I cant face the night like I used to before
Take my well worn hand
Let's lock ourselves away
We'll never, ever step outside
We'll curl up in a ball and hide
I don't want to go out on my own anymore
I cant face the night like I used to before
I don't want to go out on my own anymore
I cant face the night like I used to before
I'm so sorry for the things that they've done
I'm so sorry about what we've all become
Wake up my love
Today I heard some bad news
Just what are we all supposed to do?
I won't let them get to you
I don't want to go out on my own anymore
I cant face the night like I used to before
Take my well worn hand
Let's lock ourselves away
We'll never, ever step outside
We'll curl up in a ball and hide
I don't want to go out on my own anymore
I cant face the night like I used to before
I don't want to go out on my own anymore
I cant face the night like I used to before
I'm so sorry for the things that they've done
I'm so sorry about what we've all become
sexta-feira, 16 de janeiro de 2009
Silbretário
Vitra h gripa o chgaço, que metrécita o figripoto de neca, bristi go go, huir io guifrito. Mertre fistro er te biloiço a drefteria jo jorgagto, mis te a da fretirio gisto, merico, sa chilofrisco, e maltra vsitriperio ghoftario, jo sa tre xiborio de monitricia fogaços da infre-se t’omerzito distrei na irmir ber girtólio, ade jo e daz 12 maoila obretiri, prépro lo ol béstio.
Ghistr nedeteco sa freo hijo qser vostripar, sabreto berito jiço eti quato jfgi nefregocibsitro, misgotio hofre de vertri e bdremifigótio.
Ai, minha carne!
Caso queirão saber, eu não faço assim muita ideia do que aqui está escrito, mas Deus sabe.
Ghistr nedeteco sa freo hijo qser vostripar, sabreto berito jiço eti quato jfgi nefregocibsitro, misgotio hofre de vertri e bdremifigótio.
Ai, minha carne!
Caso queirão saber, eu não faço assim muita ideia do que aqui está escrito, mas Deus sabe.
quarta-feira, 14 de janeiro de 2009
O Mar
Amarrei-te ao meu cais
Fiz de ti um meu porto
Para te deixar nunca mais
Até que fique louco
Será sempre um mar sereno
Dentro do meu agitado mar
Recebo o teu amor pleno
Toda a tua vontade de amar
A onda que me corta a meio
É a mesma que me enche o coração
É a mesma que está no teu seio
É a mesma que dá a paixão
Vem mergulhar no meu oceano
Mergulha rápido e bem fundo
Até perderes esse belo ar sano
Neste mar do tamanho do mundo
Fiz de ti um meu porto
Para te deixar nunca mais
Até que fique louco
Será sempre um mar sereno
Dentro do meu agitado mar
Recebo o teu amor pleno
Toda a tua vontade de amar
A onda que me corta a meio
É a mesma que me enche o coração
É a mesma que está no teu seio
É a mesma que dá a paixão
Vem mergulhar no meu oceano
Mergulha rápido e bem fundo
Até perderes esse belo ar sano
Neste mar do tamanho do mundo
Ninho
Era uma manhã de Primavera, o vento estava calmo, o sol brilhava, a temperatura estava tão amena, tudo estava bem, parecia tudo em paz, o sossego estava presente. Até as pedras sorriam.
Uma andorinha negra e branca, pequena, voava, apanhava o seu alimento, estava feliz e era livre. O seu bater de asas e os sons que emitia, davam um alento especial ao cenário. Construía o seu ninho, para albergar a sua vida, sentia-se segura lá dentro. As paredes do ninho eram a sua protecção, a sua defesa e quanto mais construía, mas segura estava. Sabia que era esse o seu intuito de viver, estar segura, para segurar a sua vida e talvez de mais outra andorinha, e quiçá, de uma pequena e indefesa andorinha bebé. Construía com carinho, afinco e muito determinação. Nada mais interessava, só o ninho, a sua protecção, sentir-se segura e nada do que a rodeava lhe era importante.
Nessa tarde, o tempo mudou. Ficou muito vento e começou a chover. O seu ninho estava muito forte, era já muito sólido. E como já tinha trabalhado nele a manhã toda, foi para a sua segurança. Lá ficou, até a tempestade passar.
No entanto, um gigante meteorito, caiu do céu e esmagou o seu ninho. Nada pode fazer.
Conclusão: Há mar e mar, que duas a voar.
Uma andorinha negra e branca, pequena, voava, apanhava o seu alimento, estava feliz e era livre. O seu bater de asas e os sons que emitia, davam um alento especial ao cenário. Construía o seu ninho, para albergar a sua vida, sentia-se segura lá dentro. As paredes do ninho eram a sua protecção, a sua defesa e quanto mais construía, mas segura estava. Sabia que era esse o seu intuito de viver, estar segura, para segurar a sua vida e talvez de mais outra andorinha, e quiçá, de uma pequena e indefesa andorinha bebé. Construía com carinho, afinco e muito determinação. Nada mais interessava, só o ninho, a sua protecção, sentir-se segura e nada do que a rodeava lhe era importante.
Nessa tarde, o tempo mudou. Ficou muito vento e começou a chover. O seu ninho estava muito forte, era já muito sólido. E como já tinha trabalhado nele a manhã toda, foi para a sua segurança. Lá ficou, até a tempestade passar.
No entanto, um gigante meteorito, caiu do céu e esmagou o seu ninho. Nada pode fazer.
Conclusão: Há mar e mar, que duas a voar.
terça-feira, 13 de janeiro de 2009
R de amor
Resisto com todos os meus sentidos, emitidos e ouvidos, sentidos, mas não merecidos.
Resisto a não te beijar, a não te ter, tocar, mas adoro, sentir que podia, não sofria, ria, de tanto amar.
Resisto com todas as minhas forças, são deveras, são loucas, mas são sinceras e não são poucas.
Resisto, tento, pouco, o meu pobre coração, treme, não de frio, mas sim de calor, que por amor, o sangue ferve, percorre o meu corpo, da cabeça ao pés, tu, o amor, és, uma flor, plantada, que caiu do céu e entrou, amada, cavou, o meu solitário coração e ficou.
Resisto de todas as formas, que não vejas, que não percebas, que não ouças, que não entendas, tenho medo, que te apercebas, muito medo, e luto, para que nada seja e tudo possa ser, todos os dias luto, não sendo, pois nada pode haver, só...
Resisto a que não se note, o bater do meu coração, que salta, pula, bem alto vai, exalta, quer sair, daqui para fora, quer partir, para junto do teu, agora!
Resisto ao que não sinto, sinto o que sei que não posso resistir.
Resisto, e... até ao dia...
Resisto a não te beijar, a não te ter, tocar, mas adoro, sentir que podia, não sofria, ria, de tanto amar.
Resisto com todas as minhas forças, são deveras, são loucas, mas são sinceras e não são poucas.
Resisto, tento, pouco, o meu pobre coração, treme, não de frio, mas sim de calor, que por amor, o sangue ferve, percorre o meu corpo, da cabeça ao pés, tu, o amor, és, uma flor, plantada, que caiu do céu e entrou, amada, cavou, o meu solitário coração e ficou.
Resisto de todas as formas, que não vejas, que não percebas, que não ouças, que não entendas, tenho medo, que te apercebas, muito medo, e luto, para que nada seja e tudo possa ser, todos os dias luto, não sendo, pois nada pode haver, só...
Resisto a que não se note, o bater do meu coração, que salta, pula, bem alto vai, exalta, quer sair, daqui para fora, quer partir, para junto do teu, agora!
Resisto ao que não sinto, sinto o que sei que não posso resistir.
Resisto, e... até ao dia...
segunda-feira, 12 de janeiro de 2009
O dia
Olhos nos olhos, falámos,
de mãos dadas ficámos,
de lábios colados ficaríamos,
unidos seríamos,
sem nunca sabermos,
só o sonho,
o doce sonho,
sonhado e amado…
O que poderia ser que não foi, o que poderia ser?
Nada
e tudo, tudo
e alguma coisa,
o amor que sinto
diz-me que sim,
a flor que cresce no jardim, também,
mas a ventania,
ai a ventania!
Essa diz que não,
diz que mais podia,
mas nada poderei fazer,
senão
esquecer, aquecer?
Entender?
Beber? Ouvir e amar...
Ficar com um pequeno pedaço de alma que algum dia podia sentir,
sentir e partiu,
sem entrar,
ou entrou?
Eu senti, e tu?
de mãos dadas ficámos,
de lábios colados ficaríamos,
unidos seríamos,
sem nunca sabermos,
só o sonho,
o doce sonho,
sonhado e amado…
O que poderia ser que não foi, o que poderia ser?
Nada
e tudo, tudo
e alguma coisa,
o amor que sinto
diz-me que sim,
a flor que cresce no jardim, também,
mas a ventania,
ai a ventania!
Essa diz que não,
diz que mais podia,
mas nada poderei fazer,
senão
esquecer, aquecer?
Entender?
Beber? Ouvir e amar...
Ficar com um pequeno pedaço de alma que algum dia podia sentir,
sentir e partiu,
sem entrar,
ou entrou?
Eu senti, e tu?
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