O enviado do além, que me azucrina a cabeça todos os dias, que entra nas minhas histórias sem pedir licença, que me mata os sonhos de uma forma rude, sem pudor, mesmo sendo devagar, ou até depressa, é grande e tem uma boca muito pequena.
Saí para fazer umas compras, não levava nada de especial, a carteira numa não, um saco para trazer as compras, as chaves na outra e mais nada. Fui como tinha chegado do trabalho, com a mesma roupa, só tirei a gravata, estava com alguma pressa, pois ainda tinha que fazer o jantar para os meus tios que vinham da terra e como sempre teria que me aplicar na cozinha. Já tinha pouco tempo, por isso resolvi fazer algo bem rápido. Como o supermercado era mais longe, fui à mercearia, para dar também uma oportunidade ao Sr. Almeida de se redimir do arroz com bicho. Boa tarde - disse eu, ao que o Sr. Almeida, o qual do seu metro e cinquenta respondeu – Ora viva! Bons olhos o vejam! – com um sotaque alentejano inconfundível. Logo de seguida não resisti e relembrei-o do arroz, coitado do homem, desfez-se em desculpas e justificações, até disse que tinha terminado o contracto que tinha com um fornecedor por causa desse incidente. Eu, como é óbvio, disse-lhe, se ali estava, é porque não estava zangado, ou chateado com a situação. Uma jóia de homem, tinha 4 filhos, dois deles faleceram num acidente na terra, dizia com alguma raiva – Se lá voltar é para cortar o maldito do sobreiro! – pobre homem. Mas continuava com a mesma energia de sempre, sempre bem disposto, com piadas sempre novas, algumas verdadeiras pérolas e tinha sempre uma quadra alentejana, de chorar a rir! Como estava com pressa, fui directo ao que queria e continuava a ouvir o Sr. Almeida, que matracava palavras e perguntas, ao que eu respondia quase sempre com palavras monossilábicas, pois estava mais preocupando com o que ia fazer para jantar. Isto, aquilo, mais aquilo, paguei, despedi-me condignamente do Sr. Almeida e sai. Ao chegar à porta, tropeço numa pedra, que resvala no passeio de calçada e bate num carro que ia a passar. O acontecimento de fracções de segundos, parecia ter várias horas, vi tudo em movimento lento e vi também quem ia no carro. Isso sim fez-me estremecer. Não era uma pessoa normal, não era um animal, não era um ser conhecido meu, mas tinha parecenças com alguém que conheci.
Seguia pela estrada, como sempre faço, (é assim como começam os meus sonhos) e quando estava mesmo a sair para o atalho daquele noite, mais uma vez tinha a estrada fechada, bloqueada, mas sei e tinha a certeza que segundos antes estava aberta, pois tinha-me certificado disso mesmo. Mas não. Estava fecha e bem fechada. Parei e espreitei pelo vidro da porta. Estava um sinal pendurado numa árvore. Parecia que dizia qual a razão para a estrada estar fechada, mas a letra é infinitamente pequena, nem mesmo a minha visão de sonho a conseguia ler. Sabia duas coisas, se saísse vinha o enviado do além, raptava-me, lá ia eu para mais uma alucinação do desgraçado, ou então saia e ia ficar ali o resto da noite a ler o papel sem nunca conseguir saber o que lá estava escrito. Pensei, vou mas é voltar ao início do sonho e pronto!
Eu que sou sempre bom em descrever pessoas, coisas, situações, não conseguia de uma forma concreta descrever a forma da criatura que ia no carro. Ao sentir que a pedra lhe tinha embatido no carro, parou de imediato, mas de uma forma bem estranha, um misto de rápido e fugaz, com macio e elevado, quase angelical. De imediato pensei que ia ali fica mais tempo que o esperado, resolvi fugir. Mal pensei, já tinha a criatura a tocar-me no ombro. – Onde pensa que vai? – Gelei, todo o meu sangue parou, toda a minha visão enegreceu, toda a minha vida fez um flash back, o medo era comparado ao de uma criança quando rouba um doce. Tentei mesmo assim fugir, mas o toque transformou-se em puxão, não me conseguia mover, a forma como estava a ser agarrado era incrivelmente forte, mas ao mesmo tempo suave, como que se estivesse preso, mas não, um misto de estar, mas parecer que não. Voltar a cara para ver quem me agarrava estava fora de questão, logo a única forma era mesmo ficar quieto, não me mexer e esperar que a criatura me largasse. Assim fiz. Não durou muito, pois a criatura logo desapareceu. Mal olhei para trás, já não estava lá, quando voltei a cara, fiquei sem folgo e os meus olhos saíram das orbitas. A criatura estava à minha frente.
O recomeço é quase sempre uma grande confusão, pois todas as ideias me aparecem, mas todas me parecem pouco verosímeis. Tento dar sempre um toque de realidade a um sonho, tarefa verdadeiramente infrutífera. O mote era a estrada, mas burros a voar e folhas de árvores do tamanho de casas, conseguiam fazer parecer tudo bastante lógico, mas pouco real, no entanto isso não era interessante. O verdadeiro interesse seria o facto de estar quase todo vestido de oiro e estar sempre um kosovar atrás de mim, que se ria a esfregava as mãos. De qualquer forma fiz-me à estrada. Montei-me no corcel de borracha e a toda a mecha rumei a casa de um conhecido que não via há dois séculos. De caminho vi o António Cerveira, grande amigo de mim, e de ti. Em todas as oportunidades que me cruzei com tal individuo, fiz retrocesso de vida, ai uns dois ou três segundos. Dei-lhe boleia, dizia-me do alto do seu metro e dez que queria ir também para os lados da vidraceira. Estava tudo a correr às mil maravilhas, não fosse o facto do enviado do além se ter feita passar por o António Cerveira. Diabo mais para o homem! Sempre a querer estragar o sonho. Como sempre despachei-me rapidamente dele. Bastou uma palavra: Seiva! Certinho, não falha, começou a babar bolas de musgo, com uma diarreia intragável e um certo mau estar. Saltou do corcel em andamento, fiquei todo contente e segui.
Não tinha expressão, nem alegre nem triste, tinha feições de mulher, no entanto detinha um bigode invejável, mal se via a boca e lábios. – Onde pensa que vai? – a voz era um misto de tom de avestruz e palhaço do circo, mantinha sempre um olho mais fechado que o outro e quando finalizava um frase esticava a orelha direita na direcção de Meca. Tinha quase a certeza que já tinha visto todo o tipo de ser, criatura, pessoa, animal, mesmo insecto, mesmo do mais estranho, mas aquilo, sim porque não conseguia definir a criatura, era bem estranho, mas ao mesmo tempo sabia que o conhecia, como que se fizesse parte do meu imaginário. Os olhos ocupavam a maior parte da face, bem como a boca, abençoada com lábios vistosos, mesmo dotado do invejável bigode, vislumbrava-se um vermelho vivo, que perfurava os pelos grossos, cerdos mesmo, como se fossem gelatina, mas ao mesmo tempo carnudos. Tinha um queixo perfeito, mesmo muito perfeito, o mais bonito que já vira até aos dias de hoje, como que se traçado por dez deuses rebarbados. Continuei a adorar o rosto, a cada milímetro uma surpresa. O nariz de um gigantismo enervante, fazia lembrar a barbatana dorsal de um golfinho, mas mais abatatada. Mesmo sendo gigante, conseguia-se ver que era demasiado perfeito, parecendo feito, não tinha ares de ter nascido com a criatura. As maçãs do rosto apeteciam aperta-las de uma só vez, as duas e ficar ali horas a apertar, como que se de uma bola de anti-stress se tratasse. As sobrancelhas… quais sobrancelhas? Aquilo não eram sobrancelhas, eram monumentos, eram obras de arte, mas com uma peculiaridade, os pelos eram incolores, o que torna tudo muito estranho. Já as pestanas, mais pareciam longos cabelos de fazer inveja a um careca, que se colocavam no topo dumas pálpebras tipo panqueca, que davam vontade de comer. Com todo este aparato, só havia uma coisa a dizer, se a conhecia era de um sonho muito bom, mas era de facto estranha a familiaridade.
Aproximava-se a cidade e toda a balbúrdia que dela impera, já se sentia o frio do ar condicionado do grandes edifícios, que fazia geral as grandes trombas de ar, dos elefantes bebes, que ventilavam a cidade e evitavam que o cheiro nauseabundo dos carros de bois que transportavam as pessoas. Há muito que os combustíveis deram lugar a outras formas de locomoção e mesmo energéticas. Um simples burro, custava mais que muito dinheiro, não estava calculado o valor, é um valor só especulativo, como tudo neste novo mundo quadrado. No entanto já se conseguia ver as pontas a ficarem bem redondas. Penetrei na cidade pela grande porta de gelo. O custo de manter sempre o gelo gelado era suportado pela grande máquina de fazer coisas frias, mesmo as pessoas frias saíam de lá, já as que queriam ser à força, tinham que vir do *Centro de Reabilitação de Pessoas Pouco Parvas. Passei muito rápido pelo bebedouro máximo e dei água o meu rato, o corcel também bebeu, mas gostava mais de beber de dentro do rato, dizia que ficava com sabor a fronha. Eu que estava cheio de fome, aguentei, para comer as belas das empadas de galinha mansa que a mulher do meu conhecido fazia, duas vezes por ano, uma e outra.
Não perdendo muito mais tempo, puxou-me para dentro do carro, como que se eu fosse um saco de plástico de supermercado, mas vazio. A sua força era extraordinária, tinha jeitos de conseguir partir um ovo pelos topos, num abrir e fechar de olhos, sem pestanejar, mas ao mesmo tempo deixar a casca perfeita para fazer pinturas de ovos. Seja ela, ou ele, tinha as duas vertentes: brutalidade, força e doçura, carinho. Não tentei fazer o mínimo de esforço para sair do carro, deixei-me estar. Arrancou a uma velocidade estúpida, estúpida para quem anda na cidade, as curvas estavam estranhas, pareciam não existir. Dei por mim dentro do banco com medo. Ela mantinha a mesma expressão, não se conseguiam ver os movimentos, de tão rápidos que eram. Chegámos perto de um miradouro e parámos. Pensei que ela me iria fazer mal, que me ia jogar pela janela fora e pelo desfiladeiro a baixo, mas não. Pôs-se à minha frente num movimento muito subtil, como que se o corpo fosse feito de uma matéria maleável. Num movimento de tal forma sensual, que não pude deixar de reparar no corpo todo, como se ela (sim, era definitivo, era uma ela) me o quisesse mostrar, o banco deslizou e fiquei com um espaço incrível à minha frente, de tal forma que poderia montar ali a minha tenda de escuteiro, mas a maior, a de dois lugares. Olhou-me nos olhos, abriu a boca e saiu a maior, mais húmida, mais sensual, mais sexy, mais apetitosa língua que eu alguma vez vi. Só que… em vez de a introduzir na minha maravilhosa boca, deu-me uma monumental lambidela, tal e qual a de uma vaca. Foi bom, não fosse o facto de saber a framboesa, fruto que sou alérgico. Não quis dar parte fraco e deixei-me estar, pois os efeitos secundários são relativamente surpreendentes. Com dois minutos passados após a aplicação do fruto, duas coisas acontecem: os meus braços ficam descontrolados e a minha barriga incha até ao tamanho de uma grávida de 9 meses. Parecia-me justo não lhe dizer nada. Então, os braços, de uma forma terrivelmente descontrolada, mexeram em cada milímetro do corpo dela, não sobrando nada e a uma velocidade estonteante, mesmo miserável. Já a barriga, inchava e fazia o seu som característico. A tudo aquilo ela não fez qualquer expressão de espanto, continuou com a sua figura e sem expressão. Achei incrível, cheguei a achar que podia tratar-se de uma mascara, agarrei-lhe na cabeça e procurei fendas, algo, enquanto a beijava no pescoço, de uma forma exacerbada. Nada, rigorosamente nada, o que estava ali à minha frente era de facto uma expressão, sem expressão, nem umas cócegas a fizeram mudar. A intensidade das carícias aumentava, a minha barriga continuava enorme, mais pequena mas enorme, já conseguia controlar melhor os meus braços e o meu sexo estava redimensionado. Ela, que a cada movimento se entrelaçava mais no meu corpo, olhou a minha boca com um apetite voraz e num movimento angelical, quase sobrenatural, tocou os meus lábios. Finalmente senti os seus pelos e o calor dos seu lábios, que despontavam, vermelhos, por debaixo de todo aquele emaranhado de grossos cerdos. Mas que suavidade, que seda, que macios são os cerdos do seu bigode, apetece esborracha-los milhentas vezes de contra a minha pobre boca, que está sedenta de sentir a dita língua. O toque dos lábios, por fim, senti o calor, é fora do comum, como que se estivessem aquecidos a uma temperatura que se sente quente, muito quente, mas que não queima. Pus a minha língua nos lábios dela, senti os pelos grossos e macios e tentei perfurar a grande barreira que era aquela boca. Abriu os gigantes olhos, de um castanho muito claro e disse - Queres? Não me responsabilizo… - Ao que eu acenei com a cabeça que sim. Abriu a boca, tirou a sua língua e entrou, toda, mas toda a sua língua dentro da minha boca, traqueia, faringe, laringe, esófago, duodeno, estômago e parou por ai. Incrível, continuei a respirar, mas sem grande esforço, como se fosse normal.
Cheguei com pressa relativa, a casa estava mudada, tinham-na invertido. Bati nos canos, com sempre faço quando vou a casa deste meu amigo, e prontamente, como que se estivessem atrás da porta, abriu-se a majestosa porta de papel. O papel era muito utilizado, pois a produção de árvores tinha quintuplicado após umas chuvas extraterrestres terem assolado toda a terra. Temia-se que por serem radioactivas, poderiam exterminar todos os seres vivos na terra e finalmente fossemos invadidos por os nossos queridos **Klpt~tos. Mas ao contrário disso, descobriu-se que trazia um forte adubo, tão poderoso que qualquer árvore por mais pequena que fosse, transformava-se em gigante, num abrir e fechar de olhos. Em dois anos a face do planeta sofreu um revés incrível, em vez de estar cheio de cinzento, cheia de betão, passou a estar cheia de verdes florestas, árvores grandes, algumas gigantes, de tal forma que a única forma de sobreviver, seria arranjar formas de as destruir. Daí em diante e durante uma década, esgotou-se todos os recursos petrolíferos, foram todos consumidos. Ironia do destino, foi o melhor que podia ter acontecido, pois conseguiu-se dar a volta à questão, como aliás é típico do ser humano e agora vivemos num meio ambiente bem mais saudável, mas só até chegarmos a este tipo de cidades, pois há outras que estão isoladas pela via das circunstâncias. Assim sendo e não querendo estar com mais delongas, entrei, comi todas as empadas em dois tempos. Alguém ficou muito irritado comigo, mesmo irado, mas nada pude fazer, o tempo era pouco e estava com fome, bem como com fome.
A sua língua, com poderes mágicos, deixou o sabor e framboesa, que tão mal me faz, para saber e restos de comida de ricos, algo entre o bom e o óptimo, mas frio. Apercebendo-se que estava a gostar, tirou-a de imediato e recolheu única e exclusivamente à minha boca, o que passou a ser menos bom, mas fantástico. Reparei que começava a gemer, como que querendo ter mais algo para além do que estava estipulado para um primeiro encontro, não me fiz de rogado e toquei. Qual o meu espanto quando ao tocar nos seus seios, lançou um olhar furtivo sobre a minha zona reprodutiva e arrancou-me a roupa, o movimento, que teve tanto de subtil, como de rápido, fez-me ficar com os pelos do peito eriçados, como que querendo penetrar nos seu peito. Toquei de novo nos seios, lindos ao toque, mas não conseguia imagina-los na realidade, ao vivo. Ao toque, desceu e engoliu o meu pénis, literalmente, engoliu! Senti-me entrar dentro dela pelo meu pénis, como que se estivesse a ser sugado, entrou e entrou, estava a ser engolido, entrei em pânico, não podia acabar assim os meus dias, não podia ser engolido por uma criatura daquelas, não podia ser. Lutei durante dois segundos, pois a sua forma de sugar era irresistível, meiga e sorvia como ninguém, era uma imagem linda. O seu corpo tomava a minha forma, a sua boca aumentava de tamanho, sentia já as pernas e a barriga a penetrarem no seu corpo. O mais interessante é que sentia a sua língua em círculos, em volta da minha glande, o que me dava um enorme prazer, de tal forma que a ejaculação seria mais que óbvia acontecer a todo o momento. Gemi e ela não, mantinha a sua postura rígida, que nesse momento já a tinha desfigurada, pois mais de metade do meu corpo fazia parte do dela, ou estava dentro do dela, algo que me fazia sentir como um gigante gelado de limão. Não aguentava mais, a ejaculação era eminente. Num último esforço, quase sobre-humano, contraí as minha nádegas e ejaculei como nunca, senti todos os meus testículos a esvaziarem, saiu tudo, em duas golfadas! Os seus olhos, que já eram enormes, maiores ficaram, com um ar de espanto fenomenal. Era a primeira expressão que fazia desde que a vi e dei um sorriso. A isso ela fez ainda um ar de mais espanto, com os olhos a ficarem muito grandes, demasiado, inchavam demais, tomavam proporções gigantescas, de dinossauro, cada vez maiores. Pensei, que podia rebentar, e… rebentou! Hum estoiro comparado a um balão de tamanho fora do comum, mas grande, rebentou e todos os seu líquidos com ela. No entanto pareciam que não me molharem, era como se tivesse uma camada protectora, que me protegia dos ácidos, mas não era isso. Os seus líquidos internos eram fictícios, eram feitos por outras pessoas. Depois de a ver toda rebentada, percebi tudo, tudo se compôs, tudo passou a fazer sentido.
Depois de saciado, fiquei sem fome. Era estranho, pois como estava com muita fome só podia ter ficado com um pouco, mas não, fiquei sem fome nenhuma, mas de qualquer forma também não fiquei cheio, como é meu hábito, fiquei só, assim, fiquei. O meu amigo ria-se muito, era costume ficar assim durante largos segundos, mas desta vez começou-me a preocupar, pois os largos segundos, passaram a vastos segundos. Toquei-lhe no ombro e perguntei se estava bem, não conseguia responder. Engasgando por vezes, tentava bolçar palavras sem sentido e sem espaços, como que se não houvesse barra de espaços, muito estranho, mesmo muito. Chamei a sua esposa, mulher e víbora, expliquei-lhe que estava preocupado, mas ela nada fez, só me deu na cabeça por ter comido as 32 empadas. Não sabia o que fazer. Puxei do meu canivete de lona e ameacei que ia cortar-lhe o mamilo. Aí sim, foi muito estranho, pois calou-se e começou a dizer palavras em Português. Fiquei mais descansado. Mas mesmo assim, imaginei como seria vê-lo sem o mamilo. E ri. Pois… erro crasso! Eu quando riu nos sonhos, é porque me estou a mijar. Acordei, ainda fui a correr para a casa de banho, mas foi pior, pois agora não só estava a cama molhada, como o corredor, a cozinha, a sala, aliás, toda a casa. Pois quando acordo assim, nunca sei onde é a casa de banho. Mas correu tudo bem. Desde esse dia que vou sempre para os copos com o enviado do além, é bem mais seguro, pelo menos não me riu, dou gargalhadas, o que é bem mais seguro. Pois quando acontece, já estou acordado e sentado na sanita a evacuar.
Aquela criatura fazia parte de um grande estratagema para me aniquilar, acabar com a minha raça, com a minha vida, com o meu ser. Era um robot biomecânico, de esqueleto maleável, que eu há anos tinha inventado para combater os porcos gémeos e as pessoas-que-não-podem-fazer-nada-quando-são-caçadas-por-lobos-vesgos. Anos e anos de estudos, forma de ver as coisas pelo prisma dos lobos e dos porcos, todos naquele segundo, foram por água abaixo, tudo aquilo fez com que eu pensasse de uma outra forma e deixei de ver esses animais como praga, ou perigo. Sai do carro e já uma grande multidão rodeava o carro, uns chamavam-me assassino, outros tinham pena do carro, eu sai dali e dirigi-me para casa do perpetrador de tal acto. Estava nu, mas mesmo assim, segui. Apanhei um táxi, cheguei à porta do meu grande companheiro de labuta e bati com toda a força na porta. Não bati duas vezes e logo a porta se abriu. Outra criatura igual à que tinha acabado de exterminar, não perdi tempo, em dois segundos masturbei-me e aniquilei-a. Logo outra, e mais uma vez o meu esperma aniquilou-a. Sabia que teria só mais um disparo. Corri e encontrei-o, atado e com cerca de 10 ou 30 criaturas de volta dele. Teria de o salvar. Mexi nos meus testículos, juntei todas as minhas forças, e mais algumas, peguei no meu pénis, masturbei-me como nunca, com toda a força, as criaturas, olhavam com a sua expressão sem expressão e emitiam ruídos perturbadores, mas eu estava preparado, pois tinha sido eu o criador destes seres e trazia tampões nos ouvidos. Estes ruídos são utilizados para destruir todos os tecidos moles dos outros seres vivos. Mais que nunca tinha que ejacular, bato com mais força e numa bola gigante o esperma saiu dos meus testículos, inchara o meu pénis e saiu que nem uma bala, apanhando todas. A princípio não perceberam e abriram a boca, mas depois quando o líquido lhes tocou, as expressões de aflição tomara-lhes o rosto. Rebentaram todas, nem uma sobrou, pobre casa. O meu amigo, estava praticamente inanimado, um soco, duas estaladas e uma valente bufa, lá acordou. Levantei-o, trouxe-o para a sala e conversámos durante dias. Esclarecemos tudo e depois fui para casa cheio de fome e frio.
Desde esse dia, nada nem ninguém me podia tocar, sentia-me invencível, um verdadeiro super herói.
*Rua do Fim, 2º Esq. – 9090 – Arebateira, Mundo.
**Seres extraterrestres que habitam Xpoï, um planeta numa galáxia vizinha, mas distante.
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