domingo, 23 de novembro de 2025

Achas mesmo?

Liberta o azedume que sentes

mentes? faz de ti o teu poder de seres

mentes? de novo? não, sentes, mas de dentes fechados

abres os achados, perdidos juntos que se juntam, 

unidos, pelo ser absurdos, surdo, sem rumo

mas junto, pela unidade de estar repetida, unida,

amada, achada, não achada, mas inanimada,

como uma pedra, fria, humida pela noite, fria,

que se torna remota, morta,

nunca viva, que se torna extinta,

morta de vida, mas viva de pelota,

espera por algo, vivo, transpiro, anseio...

Mas mesmo assim, sinto a pedrada, certa de vida,

que nos acerta, de uma só vez, ou duas, ou três,

sem nos dizer, é desta vez?

Não, é sempre, que a vês, ou quando a sentes, 

que achas perdido, mas não és ouvido, mesmo que berres,

mesmo que não digas nada, porque nada podes dizer, 

só ouvir e sentir, nem que seja sem prazer,

por isso a vida é mesmo assim, 

uma forma de algo que não tem resumo, 

só uma laranja sem sumo, um café sem açucar,

porque não tens noção do que dizes, mas tem noção do que sentes, 

e mentes? Sim. Mas porque não tenho dinheiro para pagar um jantar no Sublimotion

e achei que até podia ir lá ... evacuar!

sábado, 8 de novembro de 2025

Que estrela é aquela?

 

Duas da manhã, perdido numa praia no meio do nada… procuro desesperado aquelas palavras que nunca ouvi: “…aquelas estrelas ali levam-te a Norte.”
Rebusco nos bolsos algo que me endireite, que me dê seguimento, mas sem qualquer tipo de resultado. Do nada, oiço uma voz: “Aqui, aqui…!” - e um feixe de luz!
Eu só me pergunto: “Que gente será aquela…?” - Para além do feixe, há uma espécie de festa, de jubilo, como que no meio do nada, a paz estivesse garantida e ao mesmo tempo, em êxtase. Assolo-me de uma forma cautelosa, (não, a Filo está longe, a fazer panqueca…), só porque oiço cânticos em transe, que gosto, mas com a quantidade de carapaus que comi, desconfio. Quem serão? Não reconheço nem um… quando chego à beira, metade estão de máscara… ainda pior. Só penso…: “…terei estado durante dias, talvez meses, dentro de um mundo fechado que se assemelha agora a algo com um rito?” - Mas não… são só tipos com os copos, de volta de uma fogueira a tocar o costume… nem vou dizer o que é… mas no mesmo álbum há um elevador…

Fico estasiado com a forma como tudo se move… em compasso bêbado, com o ritmo blues encadeado, como se de uma roda dentada manca se tratasse. Como se uma roda gigante falhasse o dente. “Eish…. Pum” e mais um acorde.

Dentro do que estava a viver, continuei sem rumo, e deixei os mancos, como que se procurasse pelo fim do nada. Não o encontrei, mas deparei-me com algo que me fez regressar à minha infância. Um sapo… um sapo na praia? De noite? Podia ter 3 conotações, mas eu só me lembrei de uma, “alguém não deve gostar de sapos”, pois eram muitos… e eu na verdade não sou muito fã… mais uma vez, tentei procurar algo que me desse paz…

 

Na bruma da noite estrelada, encontrei um sítio onde pequenos espinhos secos, ostentavam formações amo fraditas com casca. Estremeci! “NUM CAMPO DE CARACÓIS E CENAS AFINS!?!? QUE NOJO!!!” Mas não, eram só alguns caracóis listados… estava só perdido, “Calma parvo!”

Daí que pensei…:  “não, isto não vai fazer com que eu encontre a civilização!”

Vou continuar a tentar encontrar algo que me faça sentir em casa… por favor!

A floresta adensa-se, sem ter em conta, tenebrosa, defunta, e com pelos nas costas! Sem saber o que lá vem (ou o que vem lá), berro em desespero: “PASQUIM!!!”

 

Alguém responde: “HERMITA!!!”

 

Para além disso, nada… nem um arroto… num peido, nada…

 

No fim, muito no fim, uma sombra, um movimento e um vulto enorme. Pensei que não ia sentir a luz do sol por muito tempo, pois sentia a sombra do vulto, senti a falta da ajuda de todos, mesmo os que juntos cobram sobre outros, como que a de uma montanha ao fim do dia de Outono, que tenta ser uma planície de uma praia paradisíaca… olhei, pensei e disse: ZÉ!!!!

Estava salvo! O Zé há uns 3 dias a trás, neste momento mostrava-se seguro e de cajado na mão, tranquilizava metade do povo. A outra lia Platão e o resto achava que o Big Brother era algo que podiam ter na varanda!

Fiquei muito mais tranquilo e dei comigo a cantar: “Always look on the bright side of life!”, ou o “Espinosa”… (IN O INCESTO), alternadamente.

domingo, 26 de outubro de 2025

Kadayif Frito! Mas em lume brando

 O ar pesado do túnel, trazia-me não só memórias, como novidades. Não sei explicar... as sensações de claustrofobia e liberdade conscrita ao espaço, tornam-se notórias, no entanto, sinto como que há seres que se escondem nesta bruma positiva, que nos torna neutros, mas ao mesmo tempo, isolados, seres altivos, com poderes estranhos, que controlam outros. Já aconteceu; e pesquisando nos meus apontamentos revejo muito do que se passa. Sinto uma sensação de "déjà-vu", mas com contornos de repetição. Adoro repetições! São fabulosas! Uma, duas, três vezes? Muito bom! Mudar para quê?! Não entendo... Para mim quando temos a perfeição, é de facto anómalo tentar de alguma forma mudar! Os meus ancestrais já diziam: Não se mexe no que é antigo e bom!!!

Claro que estamos no "Formiga Assassina!", onde, tudo o que é tido como garantido, pode muito bem ser como morto! Daí que, a perfeição, só é tida como garantida, quando aceite por seres estúpidos, que se regem por entidades estipulantes e garantidas. Vejamos... todo o pensamento sobre um determinado assunto, é tipo como válido, até ser provado. CERTO!? E é assim que deverá ser para todo o sempre. Mesmo o cocó, por mais que haja biólogos, esses seres fabulosos, vão concordar que é melhor não provar cocó, porque pode saber a cocó. Ou seja, quando uma entidade te valoriza, mesmo que acredite que não é fixe para eles, se calhar é melhor desconfiar. Por isso mesmo, a cena dos chocolates lá do "Dubai"... esquece! Come pistácios com e bebe uma boa cerveja!

domingo, 4 de maio de 2025

Sobe e desce

 Desço as escadas do arco iris

Procuro por partes de alma

Perdia no ar

Encontrada na vitória do amar

Silêncio surdo do grito

Viril, sem sexo

ou amor

Só Puro de conquistar

Ao encontrar

Os viris assombros, são

não são

Mas serão?

Volto a subir e quem encontro?

Nada... o ar, a alma que me viu descer

A que me viu tremer

A que agora me vê descer, de novo, mas... não estava a subir?

Mas?

Não... a ilusão que podes, mas não queres

Queres, porque podes, queres e afins...

Sins e nãos, sem mãos e com amor

Porque rima com algo que podemos continuar

A par de sentir, só posso vergar

Estar em uníssono com o sol nascente

E em concordância com o sol poente

posso sempre não acreditar

Manter a mente, sempre

assente, em tudo que mente

Ou que nada sente, no entanto, far-me-á sentir?

Sim, vai-me fazer continuar a subir, até chegar

Ao topo, onde estará tudo na mesma

Sem sentido e parvo e profundo

Com preguiça continuo, de encontrar o que me rege

Mas com a vontade de seguir em sítios que não são procurados

Por ocupados do nada

Por seres vis...

sábado, 15 de março de 2025

Peixe à caloiro

 

Ingredientes:

-          634g de peixe variado

-          1 cebola, ou várias

-          7,1 dentes de alho

-          153kg de batata

-          Azeite; a quantidade que conseguir suportar

-          Uma quantidade de leite

-          Um xicara

-          Louro, não um individuo, a folha da árvore, ou várias, depende da vontade

-          Soluços

-          Um martelo

-          Um punhado de salsa

-          Outro punhado de salsa, mas a fingir

-          Vários condimentos de mostrada

-          Uma colher de mel de vespa

-          Sal e pimenta q.b. (querida borrei-me)

 

Preparação:
Esqueça as batatas e faça com massa tipo cotovelos.

Num tacho, profundo, como os livros “O rapaz que prendeu o vento” e o “Gente pobre”, coloque o azeite que conseguir suportar.
Descasque as cebolas, mas não as pique, ou parta, coloque inteiras no tacho. Faz o mesmo com os alhos. Ligue o fogão (gás, eléctrico, o que lhe der mais vontade e até mesmo carvão, ou lenha, desde que não seja a gabaço). Quando começar a fazer fumo, coloque os peixes, mas sem espinhas e sem a cauda, dentro do tacho. Quando estiver muito fumo, ou chame os bombeiros, ou então abra as janelas e ligue o exaustor. Mas nunca, repito, NUNCA, ligue à mamã e dizer: e agora?!?
Neste momento, a essência deste vibrante prato começa a ganhar forma: pegue no martelo e desfaça tudo o que estiver dentro do tacho, com o vigor de um Viking! Se sentir que não é ainda vigoroso, quebre a xicara com o martelo, usando toda a força que tem e depois continue o seu caminho, a transformação de ingredientes em papa, chama por si!

Se está cansado, use o soluço.

Quando tudo estiver bem esmigalhado, junte a quantidade de leite e o resto dos ingredientes. NÃO MISTURE! Nunca! Deixe só estar…

Rectifique os temperos.

Deixei cozinhar em lume quase sem calor, durante o tempo suficiente para dizer: mas a merda do comer não ficar pronto?!?

Por fim, antes de servir, deite nas bordas dos pratos dos conviveres, o mel.

Se não fez acompanhamento, eu avisei…

 

Servir à temperatura mais parva que conseguir sentir e bom apetite!