Na caverna funda
Envolta na bruma
O teu manto repousa
Macio como uma raposa
Negro como a noite
Faz-me sofrer de tresnoite
Oiço o teu grito
Sempre aflito
Profundo e carregado de dor
Brutal e avassalador
Sobe as escadas
Penetra como espadas
Ecoa no palácio vazio
Ressoa no casario
À noite apareces
A tua tês escureces
Trazes a cruz
Velas e pus
Espalhas terror
Anseias por amor
Matas como amas
Assim cheia de ganas
És uma doce tentação
Trazes sangue na mão
E no final da matança
Expões a tua façanha
Bem no frio de noitinha
Vens sozinha
Escorrem pela tua face
Lágrimas de embace
O teu amor jaze morto
Ao teu lado está outro
Recolhes à tua campa
Vens manca
Uma seta trespassa a perna
Entras na caverna
Outra o coração
Mais uma na mão
Dormes o sono lento
Trazes o alimento
Vais dormir
Vais partir
Até lá
Mulher má!
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CU menta!