sexta-feira, 28 de outubro de 2005

Haunted Home

You want to drink my soul
'Till your heart is full
What happens when it's full and it splashes?
You've built all these rooftops
And painted them all in blue
If all this set just burns up will you paint the ashes?

Do you really want to see?
Because I'll let you in
With me

You shiver when the wind blows
Through doors that lost their keys
There's too little to rescue, too little to hang on to
I thought that maybe we could try to
Clear and rebuild this haunted home
I'll be glad to help you just tell me what to do

Why don't you tell me what to do?
Maybe you're scared too
I've been here before
Next thing you'll see
You'll feel
So small

I will disappoint you
And I don't care if I do
I belong to those who got shattered, battered
Bruises and scars that I've hidden and you could never heal
This grey house where I come from
Some great love will tear it down
If you no longer love me why should it matter?

Tell me why should it matter?
I can't ask you to stay
I can't find the words to say
Why don't you just leave?

Just leave

in: Sing me something new
By: David Fonseca

Vê lá tu que só ontem percebi a letra...
Houted home, amor!

quarta-feira, 26 de outubro de 2005

São Mamede do Rio

Na parede do meu quarto está uma inscrição
Foi escrita à mão
Diz em letras muito pequenas
Não te metas de coração
Isso já não o faço
Mas ando sempre descalço
O que vale é edredão de penas

Já na casa de jantar
Eu posso-me assuar
Com os dedos todos cagados
Os sacudo ao ar
Que grande porcaria
Vou tirar uma fotografia
Para dar aos atrofiados

Entre dias e dias
Como sempre carnes frias
De tanto comer
Vou ficar todo atrofias
Vou antes mandar vir uma pizza
Igual à que comi na prisa
Para não sofrer

Dentro do lixo cheira mal
É do meu animal
Tenho que o matar
Ou vou para o bacanal?
Antes fosse embora
Dentro de uma hora
Que ter que vomitar

terça-feira, 25 de outubro de 2005

Sopa de merda

Gripou, gritou, fugiu pelo rio, chegou à masmorra de quatro braços, todas vendidas a peso na feira da ladra. O Vento de Norte, gelado cheio de polvos amarelos, belos, tanto de noite como de dia, todos os dias, com o seu amigo comia carnes frias, com a minhas tias e as minhas primas. Entra lá para dentro e vem conhecer o meu grito de morte. – Dizia eu com um dente na mão. Nada o supera! É tão profundo que só um cão de 20 quilos o consegue sentir. Já no outro dia disse que não ia ver o castelo assombrado do Pavão Grande, mas depois de 34 anos, lá me conseguiram convencer. É mesmo bonito!

Entre raios e coriscos, a chilreada de pássaros exóticos confundia-se com a do Manuel Ventura, que em nada fazia pensar que fosse embora depois do almoço. Tanto tão e bom pão, nem levou dois dias a ficar com bolor. Dizia eu – Manel, Manel, se não vais cagar, vais mijar! – e foi-se.

A música dizia: A tua face brilha ao luar / O teu cabelo sedoso / Eu cheio de vontade da cagar / Sou mesmo seboso. Era com esta letra que todos os dias durante dois anos e meio e mais quatro dias, que Francisco Valha Prata, iniciava o seu espectáculo. Logo a seguir do primeiro refrão já não se via o chão do palco. A cheiro a tomate podre superava qualquer tipo de expectativa, mesmo que se tratasse de uma vaca cheia de pregos na barriga. Fran, como era conhecido no meio, nada podia fazer, pois o excesso de cultivo teria de ser aplicado em qualquer lugar. Mas nada importava, leu numa revista da especialidade que o tomate fazia bem à tez, assim, Cisco, como era conhecido nas pontas, com vanglória e cheio de altivez, dizia de papo cheio: Vocês são o meu público favorito...

A mestria de mentir fica-lhe bem, mas não é por ser alto, mas sim por estar sempre a ouvir música presa a um varapau. Mexeu duas vezes com a colher, infecta, o café gostoso, sorveu duas vezes e arrotou. Com a unha do dedo mindinho esquerdo, retirou com todos os cuidados uma porção de cera do ouvido direito, tarefa complicada, pois não tinha mão direita e colocou na beira do prato. Depois, de um só gesto, fez um cigarro e inseriu a dita porção na ponta do cigarro. A luz era linda, a cera a arder iluminava toda a casa de jantar, a cor era magnifica, intensa, brilhante, forte. Em dois segundos todo o cabelo de capachinho do pobre coitado queimou até não haver mais.

Comia agora um marquise de chocolate...

domingo, 23 de outubro de 2005

Serve o presente para esclarecer algumas almas mais curiosas.

O sentido não interessa, pois o que fazemos “aqui” é por mais evidente que será a manutenção da nossa espécie. No que diz respeito à forma como se transpõem as barreiras para que tal aconteça, haverá tantas formas como pessoas no mundo.
Todos têm formas diferentes de pensar, no entanto, certos indivíduos identificam-se mais com um linha de pensamento, ao até mesmo gostos, ideias, conhecimentos partilhados, vivências semelhantes, etc... Nestes casos há sempre um ponto de contacto. É claro que a felicidade imediata ou a médio e longo prazo é também posta em consideração.
E nos outros? Aqueles que diferem nas ideias, têm também formas diferentes de estar na vida, nem sequer partilham gostos ou ideias semelhantes, as vivências são em tudo diferentes, o que as move estarem juntas? O amor? O gostar de estar? A paixão? A empatia? A simpatia? A beleza? Ou será o simples facto que nada pode ser controlado quando isso acontece? Julgo que será esta a resposta. Nada pode ser controlado quando queremos estar com outra pessoa, por mais irracional que seja. Essa irracionalidade terá ao longo dos tempos duas faces da mesma moeda, ou se torna em amargura por não se conseguir fazer ou estar, em tudo o que se desejaria, devido às falhas existentes entre os dois indivíduos, ou uma ligação cada vez mais forte, a conjugação, posso mesmo dizer uma fusão de gostos, formas de estar, formas de ser, até que o tempo os separe, de uma forma ou de outra.

Há um conjunto de coisas que queria partilhar convosco:
- O egoísmo vai acabar com a nossa raça! E a forma para o combater passa, como será obvio dizer, pela nossa capacidade de partilhar, pois somos suficientemente inteligentes para o saber ou fazer.
- A entrega é cada vez mais rara, pois pode sempre acontecer algo que não conseguimos controlar.
- O controlo é aparente, já o querer não. Tudo tem a ver com o medo.
- O amor está sempre presente, mas dá-se cada vez mais pouca importância ao significado da palavra.
- O ódio é palavra e sentimento forte, muito forte (eu próprio não a sei utilizar), haverá problema em dizê-la, ou senti-la? Julgo que não. Quando sentimos devemos dize-la. Basta depois a coragem para voltar a olhar a outra pessoa e pedir-lhe que nos perdoe.
- Cada vez mais se sente com os sentidos e cada vez menos com o sentimento.
- Eu sei que a paz é algo que existe e tenho-a tentado transmitir de uma só forma, sentido-a.
- Cada vez mais o tempo é um factor que nos torna relutantes para procedermos de uma certa forma. Por exemplo, vou pensar o que deva fazer para gerir melhor o meu tempo. Isso é tempo mal gasto. Giram-no conforme acharem que deva ser gerido na hora. Ou outro exemplo, as coisas logo se resolvem com o tempo. Se é tempo que querem, já o têm. Só que o segundo anterior já passou e o que vão fazer com o seguinte? Vão esperar que chegue? O tempo não é controlável. E que tal deixar que o tempo faça parte da nossa vida? Não tentem controlá-lo. A primeira vez que me dei conta que o tempo que passa já não volta atrás, fiquei aterrorizado. Era miúdo, olhava o relógio e queria que os segundos andassem para trás, ou que parassem, nem que fosse por dois dias. Desde então é um tema que me fascina. A única coisa que o pobre coitado faz é seguir em frente como se não houvesse amanhã. Se algum dia o controlarmos, acho que vamos começar a achar mais piada à Rosa dos Mota. É de todos os temas o tema que a certeza nunca existirá, pois o que se pensou há dois minutos foi passado e sabemos muito bem que o passado às vezes não está certo. Por outro lado as horas são sempre certas.
- O que é certo ou é errado? É certo que estou com fome, é errado comer uma pessoa para saciar essa fome. De facto o certo e o errado andam de mãos dadas com o senso comum, com a cultura e com as diferentes formas de pensar. O que para mim está certo, para ti pode estar errado, isso é certo! Ou errado? Pode estar errado para ambos, certo? A velha máxima serve-nos e abusamos dela com promiscuidade: Penso logo errado.
- O que são as ideias? Pequena expulsões eléctricas nos nossos cérebros? Algo que faço quando estou na casa de banho? Para que servem? Para nos guiar. Se há coisa mais incoerente é uma ideia. Por isso mesmo é que me farto de as dizer, dá-me um gozo picante. No entanto todas a que temos, e por mais ridículo que seja pensar assim, já alguém as pensou, só que não sabemos disso e gostamos de pensar que somos mesmo cultos, inteligentes, sabichões, etc. Uma boa ideia vale por mil palavras (que ideia idiota!).



Em forma de desabafo...

quinta-feira, 20 de outubro de 2005

A estranha sensação de que podia ter morrido

Ontem saía de casa à hora do costume, fui até ao meu carro, abri o carro, abri a porta de trás , tirei o casaco, pendurei-o e fechei a porta. Entrei no carro, antes de o ter ligado lembrei-me que me tinha esquecido de algo em casa. Sai do carro, fechei a porta à chave e atravessei a rua. Quando vou abrir a porta do prédio, um enorme camião TIR engoliu o meu carro, não ficando nada! Pensei: E se ainda estivesse no carro a aquecê-lo como sempre faço?
Moral da história: Ainda bem que não tenho a carta de condução.

terça-feira, 18 de outubro de 2005

Sim, é verdade.

Pst, ó Tu ai, ‘tás-me a ouvir?

segunda-feira, 17 de outubro de 2005

Moda

Comprei um casaco, gosto muito dele. Fica-me mesmo bem, foi a primeira vez que consegui encontrar um assim tão giro.
Tem um pequeno problema, tem uma manga maior que a outra, BOLAS! Bem, se calhar vou mandar arranjar, ou se calhar tiro as mangas. É isso vou tirar as mangas! Assim está melhor. Vai dar um jeitão, como o Verão está aí a rebentar! Depois quando chegar o Inverno, mando pôr outra vez as mangas, vamos ver se desta vez vêm como deve ser...

sexta-feira, 14 de outubro de 2005

Formiga, formiguinha!

Myrmecia pyriformis, uma das mais mortíferas formigas, se não a mais mortífera de todas, sabem que tamanho tem? É tão pequena que com um simples descuido é esmigalhada por um ser humano e não é necessário ser muito grande...

E esta hein????

Branqueamento de capitais.

Seta de borracha, acerta torta no alvo de betão, tão, tão, que até dá vómitos.
Eu cá para mim a Terra anda à volta de Vénus, o carteiro é amigo do alheio, a minha amiga é professora de liceu, o meu cão é igual ao do crocodilo, já o canário estava no armário, a tenda estava para venda e o grito foi dado pelo pipo.
Um dia destes vamos ter uma grande festa na tua careca, mas o teu irmão que não é um cão, tem todo o dia para ser um rufia.
Tenho que arranjar uma forma de conseguir ver o que se passa com a tua querida marmita de aço inox, outro dia andava na rua, via-a passar, mas não te quis dizer nada para não acordar o vendedor de gelados que mora por cima, não fosse ele estar ali à coca e apanhava uma susto de morte.
Isso era preciso que todo nós nos encontrássemos atentos a movimentações supra citadas pela pessoa mais ignóbil que há memória, o teu padeiro.

Na capa da revista vinha um cão tão grande só se conseguia ver as patas, já lá dentro trazia um póster de uma cadela muito pequena, de nome Mercedes Gualadupe.
Ambos os três tinham um casaco de pelo de urso morto, sabe-se lá como! Não podia ser mais bonito, era vê-los a descarregar litros e litros de vinho, rose e comer gambas de Porto Fino, (treta) daquelas fritas em óleo de cavalo cansado. Mas que maravilha para os meus olhos, era um regalo, para quem passava. Todos diziam - Mas que belo par ali vai! – e depois de um só trago, vertiam o copo sem que nada fosse com eles. Ali ficavam horas e horas, sem fio, dentro do rio, cheios de frio. Quando o calor rebentava, é que era uma porcaria. Era um cheiro que não se podia estar fora dali. Vinham todos, todos juntos cheios de genica e corriam na direcção oposta, para que nunca encontrassem o nascer do dia, LINDO!!!

Perto do rio estava uma flor, grande, enorme, linda de morrer. Quem passava pensava em colhê-la, mas não o fazia, tinha medo de se picar nos espinhos. Um dia um burro, novo, um mamão, passou por aquelas bandas, e lá estava ela, linda flor grande amarela e branca, mais cheirosa e airosa do que sempre. O burro que de parvo não tinha nada, nem pensou duas vezes, deu-lhe uma dentada e comeu-a.
Conclusão: Se queres ter um burro, dá-lhe palha!

Ia funda a gruta, muda, sem que ninguém conseguisse, rir-se, ou até vir-se. Estupefacta criatura, delgada por natureza, transpira esperteza e, como do nada, anda sempre com ela tesa! No meio daquilo tudo ouviu-se um grito, profundo, do fim do mundo, era o Anacléto! Finalmente! Encontrá-mo-lo!

És a seta que trespassa a minha Vénus, que me chegou pelo correio (mail). Num grito de festa, que me tornou rufia e gosta de comer gelados a toda a hora! Torno-me num grande cão, que com cara de urso, vislumbra nascer do dia. E depois? O burro, típico...
AHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA
(O riso maléfico de quem quer e tudo pode!)

quinta-feira, 13 de outubro de 2005

quarta-feira, 12 de outubro de 2005

Que mais me irá acontecer?

A hipocrisia, a indiferença, o: não é meu não quero saber, a mentira, o ódio, a leveza com que se trata um problema grave, o não comunicar, o encontrar formas irracionais de resolver disputas parvas, o que não foi dito e devia ter sido dito, o que foi dito mas não devia ter sido, o olhar por olhar, o não estender a mão quando se precisa, o egoísmo, o bater, o flagelar, o subverter as palavras inocentes, sim porque as há! O ser dono de tudo, para depois não ser dono de nada, o poder, qual poder? Quando se morre perde-se tudo, para quê ganhar a todo o custo? A falta de senso comum, a inveja, o desdém sem sentido, a falta imensurável de respeito, a falta tremenda de compreensão, a falta de amor, de paixão e tudo em troca de quê? Por uma caganita de terra? De: o meu é maior que o teu? De: sou muito melhor que tu? Do: não vales nada e eu é que sou bom?

Meus queridos amigos, tenho algo para vos transmitir: Estou apaixonado!
E por isso:
Não sei como, mas estou. Eu disse que tão cedo não podia acontecer, mas por entre esta confusão, aconteceu. É fantástico! Já não me lembrava do cheiro, do sabor, do nó na barriga, da ansiedade de estar por estar, de sentir a falta, a saudade, de dizer: Nada interessa! Só a paixão, o amor! O mais interessante, é que não recusei, entrou-me pelas ventas e não mais saiu. Sei que estou tão bem que não quero pensar em mais nada. Todos os problemas que possam existir, deixaram de ter sentido, só uma coisa é importante, a que horas vou estar com ela...? Impressionante!!!


Não quero com isto dizer que estejam todos assim, não só porque dói que se farta, bem como era uma tremenda chatice. Mas pelo menos tentem estar um pouco mais concentrados noutras coisas que não nos assuntos em epígrafe.

Façam-me um grande favor sejam felizes! 'tá?!?

terça-feira, 11 de outubro de 2005

Porra, que sabe mesmo bem!

Por entre a folhagem a luz de um olhar
de fogo,
fogo lento de brasa aquecida
pelo beijo húmido,
lento, gentil toque de lábios, profundamente fundidos,
pelo calor,
pela sede
de outro e mais outro, cada um mais forte, mais intenso,
sem qualquer tipo de pudor despedaçam-se com fúria um no outro e,
depois,
tocado pela leve brisa, descansam,
tocando-se ao de leve, mais leve que a própria brisa,
mais suave que o toque de uma pena que cai na mão,
toque esse tão forte, tão avassalador, maior que o de uma vaga de mar alto, revolta, gigantesca,
que precipita ambos os corpos para um abismo de emoções sentidas e ressentidas como nunca antes,
sendo mesmo temidas e, no entanto, tudo o resto não importa, só o olhar,
olhos nos olhos e o toque outra vez, nariz no nariz,
o arrepio, o suspiro, mão na mão, corpo com corpo,
o cheiro, ai o cheiro!
Amor...

Para ti,
MEL!

segunda-feira, 3 de outubro de 2005

Autodromo do Estoril


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Ora ai está como se deve fazer, só é pena que tenha sido com uma marca de não me diz muito...

Casa cheia!
Dia em cheio e cheio no Autodromo! Parabéns à organização.

Era bom é que pudesse dizer o mesmo nas provas do Nacional de Velocidade.

Já agora fica aqui um conselho para o próximo fim do semana: 7 a 9 de Outubro Estoril Historic Festival no Autodromo do Estoril. Apareçam!
Estoril Historic Festival com novidades!