Tomei o pequeno almoço e sai, ainda estava escuro, as luzes da rua ainda estavam acesas. Subo a rua, dirijo-me para o Metro. Ao dobrar a esquina da leitaria, dou de caras com o meu vizinho bêbado, mais a sua prostituta favorita, que por amizade o trazia a casa nos piores dias. Cumprimentei-os como sempre faço, ao que a madame com o seu ar altivo, quase de gozo e como quase sempre responde:
– Não vai uma mamada? - ao que eu respondo,
– Estou atrasado, tenho de ir trabalhar. – Por vezes a troca de galhardetes fica por aí, mas desta vez, bem como outras que já aconteceram, ela queria conversa. A noite devia lhe ter corrido mal e o meu vizinho bêbado não teria muito dinheiro, assim respondeu:
– Anda lá, são dois minutos, faço-te um desconto!
– Não pode ser, tenho mesmo que ir – digo isto já a afastar-me deles, mas ela insistia.
– Anda lá querido, sabes bem que os faço como ninguém, tu próprio já mo disseste. – E dizia isto com um tom de voz um pouco alto. Eu com receio que o dialogo se tronasse dantesco, animalesco e com contornos ajavardados, resolvi correr para junto de ambos.
O meu vizinho, dormente, quase sem forças, e com um fio de baba no canto da boca, continuava pendurado no ombro desta mulher de 1 metro e 80, forte, aliás, gorda, com os peitos do tamanho de duas melancias, com um rabo espetado, rijo que nem cornos, com umas unhas que fariam a inveja de muitos talhantes, vestido sabes-se lá com o quê, e era com estes dois par de jarras que eu ia entrar de novo para o meu prédio, para a casa do meu vizinho, para que sua Excelência, Dona Prostituta, arregaçasse as mangas, tirasse a placa e se pusesse a chupar no meu sequioso abono de família, como nenhuma outra mulher alguma vez o tinha chupado, (acreditem que é realmente impressionante)! Sem pensar duas vezes, acedi à depravação. Puxei pelo braço dela e antes de irmos perguntei-lhe baixinho:
- Primeiro, vamos lá a saber quanto vale isso.
- Querido, para ti... deixa cá ver... 5contos!
- O quê?! Você deve estar louca! 5 contos?! E o desconto?!
- Querido, mas os 5 contos é já com desconto...
- Isso não pode ser! E quanto vale um queca?
- De quanto tempo?
- Sei lá... 10 minutos...
- Deixa ver... ora... para ti, faço-te 20 contos.
- 20 contos? Você passou-se! Então 5 contos a mamada e 20 contos a queca?
- E é se queres! – com tom de peixeira.
- Faça bem as contas. Repare; se por 10 minutos eu pago 20 contos isso dá 2 contos por minuto, certo?
- Sim.... – olhar para o ar com um ar pensativo e a contar com os dedos.
- Ora se a mamada é 5 contos, isso dá 2 contos e 500, por minuto, certo?
- Não estou a ver onde queres chegar...
- Não?!? Onde eu quero chegar é ao seguinte; uma mamada não é o mesmo da queca! Eu na queca posso lhe apalpar as mamas!
- Pois... e?
- E na mamda não! Está a ver onde eu quero chegar?
- Mais ou menos...
- Queca mamas, mamada não há mamas.... está a ver?
- Espera lá! O que estás-me querer a dizer é, se eu te deixar mexer das mamas enquanto te faço a mamada, já pode ser?
- Ora ai está!!
- Tu deves estar maluco! Tu deves bater mal mona! Não podes ter duas boas mercadorias ao mesmo tempo, chavalo!
- Ou é isso, ou vou-me já embora.
- Esquece!
- Está bem, então adeus, até amanhã.
- Olha o fedelho! Lá por ser todo menino da mamã e bem educado, deve pensar que leva tudo! É assim, e é assim mesmo!
- Muito bem, vou já andando. Ciao!
- Adeus... – com ar de desprezo.
E voltei a iniciar a minha marcha a caminho do Metro. Enquanto caminhava, ainda ouvia a prostituta a reclamar
– Olha-me só o fedelho! Mamada e mamas ao mesmo tempo, não queria mais nada! - continuava – É nisto o que dá quando se faz um bom serviço, querem sempre mais! Já viste isto? – dizia para o meu vizinho que já espumava pela boca.
Eu continuava a minha caminhada e pensava; mas que raio é que me deu na cabeça para perder 15 minutos da minha vida com esta mulher? Eu no fundo sabia porquê. É que a mamada que ela me tinha feito no ano passado tinha sido a melhor coisa que alguma vez alguém me tinham feito ao meu nabo. Nem a minha melhor namorada, não lhe tinha conseguido chegar aos calcanhares e isso era a única razão pela qual eu ainda a cumprimentava. É claro que uma voltinha nas melancias não faria mal menhum. Já em conversa com o meu vizinho, quando estava sóbrio, que era pelo menos uma vez por semana, quando ia visitar o filho, e lhe dei bolei na minha motorizada, me contou que se a mamada era boa, uma punheta daquelas mamas era ainda melhor e explicou porquê. Não vou contar, tenho vergonha...
Quando já ia bem lá em cima e já quase que não a conseguia ouvir, olhei para trás, para ver se ainda os consegui ver e se estaria tudo bem. Lá iam os dois, ele pendurado, já não era no ombro dela, já era na mala e ela continuava a esbracejar a praguejava, ainda se conseguiam ouvir algumas palavras:
– Deve pensar que é o maior!!
Quando cheguei ao topo da rua, voltei na papelaria à esquerda e desci para o Metro.
Já estava um pouco atrasado. Normalmente à hora a que costumava chegar à estação não havia ninguém, mas bastava ter-me atrasado 15 ou 20 minutos, para haver já um dezena de pessoas, que era o caso. Já tinha que esperar 1 minuto a mais para comprar o jornal e o Sr. Esteves me perguntar o que se tinha passado, fazendo-me perder mais 30 segundos que o normal, sendo já o atraso de um minuto e meio, mais o que iria perder quando fosse beber o café, pois já tinha uma fila de 1 pessoa à minha frente a pedir café e um pastel de nata, que por azar iria comer o que estava guardado para mim, pois como o Sr. Vitorino já sabia, se eu me atrasasse seria porque não iria trabalhar naquele dia e assim vendia o pastel, indo me atrasar ainda mais 2 minutos, fazendo com que não conseguisse apanhar o Metro de quando eu estou atrasado, resolvi então voltar para trás, ir a casa do meu vizinho e aceitar os 5 contos pela mamada e como a Dona Prostituta gostava muito de mim, ainda me deixou mexer durante a dita, nas suas belas mamas!
Um muito bom dia de trabalho, são os meus votos!
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CU menta!