sábado, 7 de fevereiro de 2015

Não sabemos o que somos, mas sabemos que somos parvos

Vou começar com: "Press F1 to load default setings". O pior é que a memória é a mesma, mesmo que seja mais rápida, mas o código binário é igualmente o mesmo, bem como o gostar de ter mais e melhor, duma forma rápida e sem escrúpulos. Nada será o mesmo, mas será tudo igual. Os ciclos repetem-se, mas com moscas novas. Julgo que tudo isto é uma guerra sem cataclismo, pelas razões óbvias. É como a moda seremos agora todos muito amiguinhos dos animais, mas não de nós próprios. Pela mesma razão, a única coisa que importa é o umbigo de cada um e dos que estão em casa, ou dentro do seio da família/amigos. O resto? É uma amálgama de interesses e vontades. Faço uma pergunta básica: quantas vezes já travaram na estrada para outro entrar? E o outro o que faz? Ou não agradece, ou então, depois, faz um conjunto de merdas que só o apetece espancar. Em que ficamos? Damos a outra face, ou somos fundamentalistas? Para alguns dar a outra face é ser fundamentalista e para outros ser-se fundamentalista é dar a outra face. Por certo que se não sentisse tanto sono quando leio demasiado, ou teria de viver pelo menos um bom bocado mais, ou então quase certamente que iria encontrar um livro escrito por alguém com barbas longas e brancas que teria uma das justificações ou, filosóficas ou, até mesmo, pragmáticas para o assunto. Muitos deles duma forma quase ocasional acharam que o saber absoluto não é possível e por isso mesmo mais valia que tudo não existisse. Tudo, nada? Nada, tudo? Chupa um limão! Todos sabemos que não gostamos do mesmo, mas há conjuntos de pessoas que gostam mais duma coisa que de outra. Peguemos em dois indivíduos padrão. O miúdo loirinho, perfeitamente ocidentalizado, que à nascença foi acolhido por uma família, ou sociedade, regida pelas leis fundamentalistas, certamente que hoje estaria com uma bomba amarrada aos testículos e gritaria por alguém que acreditasse, tendo-lhe sido explicado que logo após o acto, viveria muito mais feliz. Bem como o inverso, sendo que o miúdo com feições  pouco ocidentais, seria quase certamente alvo de comentários racistas e infundados, mas no entanto iria preservar os seu testículos duma forma muito mais acérrima, quase fundamentalista. Na verdade não sei qual a sorte do loirinho no que diz respeito ao racismo infundado, mas pelo que vejo, seria bem recebido na sociedade fundamentalista, desde que desse a própria vida em prol da causa. Pensando assim, qualquer um serve, desde que acredite, tanto para um caso, como para o outro. Os extremismos são como tal, mas não se tocam, porque se isso acontecesse, ao tocar-se, tinham um orgasmo de morte. Voltando ao início, "reset and load default", nunca seria possível, porque dentro da nossa cretina evolução há sempre diferenças. Se vamos chegar a diamante? Quem já vendeu muito, diz que sim, de qualquer forma, esse mesmo indivíduo anda com um veículo topo de gama, mas não tem dinheiro para pagar as revisões na marca...
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