sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Mensagem de Natal em Sindõres Cimeira

O Dr. Avelino Galhadão Fonseca Humberto Milheiro Pias e Silva, tem a prazer de anunciar a sua mensagem de Natal para este ano.


A todos, sem excepção.

Quero desde já felicitar o Sr. Alberto Justino Junco, pelo fantástico peru que cultiva no seu quintal, é de facto um espécime invejável. O mesmo se pode dizer das soberbas couves-galegas. Ponham os olhos neste homem!
Não vou esquecer os famosos queijos da Dona Juju. São divinais, em especial os meia-cura. Esta mulher merece reconhecimento internacional.
Não quero deixar em branco e aqui reconheço que o Arq. Fonges conseguiu este ano o incrível resultado de 3 milhões, sim, 3 milhões de caracóis cultivados no seu garboso, e ridiculamente pequeno espaço de cultivo. É obra!
E a todos os quantos foram produtivos e deram reconhecimento a esta terra, desde já o meu grande obrigado.

O Natal! O que é o Natal? O Natal é uma festa? Ou uma celebração? Pois meus amigos, nem uma coisa, nem outra e ambas ao mesmo tempo. Reúnam as vossas almas e sigam o meu pensamento. O Natal, como o próprio nome indica, significa o nascer, o nata, a comemoração do nascimento, tal como vós, quando celebrais os vossos anos, o Natal celebra o nascimento dum indivíduo. Indivíduo esse que mudou para sempre as nossas vidas, quer queiramos, ou não e tanto para o bom, como para o mau, mas muitas vezes bom. É mais ou menos como o Sr. Inácio da drogaria, mas mais magro. Bem, o tal indivíduo, serviu tantas e inúmeras vezes como apaziguador, como catalisador de paixões, amores, como outras vezes para aproximar, juntar, dar serenidade e paz. Era um homem Santo e não dos Santos, como o Sr. Lopes dos Santos dizia outro dia na tasca do Augusto. Pois então e como em todas as celebrações, nesta há também motivos para festa, para reuniões com entes queridos e outras pessoas que não conhecemos, com as quais gostamos de partilhar a nossa esperança e alegria. Não façamos disto como na casa do Eng. Mendes Quirones, que pegou fogo a três montes de lenha e depois sentou-se junto ao fogo com uma linguiça. Paz à sua alma. Por falar nisso: onde param as ovelhas do homem? Prossigamos. Por isso meus queridos compatriotas, amigos, companheiros, cidadãos, aldeões, membros da nossa sociedade moral e civil, vos peço que neste dia, se dispam de preconceitos e saiam todos à rua como vieram ao mundo, num gesto de irmandade, num gesto de purificação, sem estarem preocupados com posses, ou mesmo com o que vestir, venham e juntos, partilhem, partilhem os vossos gostos e tudo o que achem que possa ser partilhado. Mas por favor, não façam como o famoso poeta da nossa terra, que junto ao ádrio da igreja, se juntou a dois conhecidos bêbados da nossa praça, subindo juntos ao topo da igreja e que como vieram ao mundo, botaram tudo o que tinham dentro das bexigas, cá para baixo. Não fosse o relógio da igreja estar atrasado, teria sido uma verdadeira desgraça. Afinal o raio do poeta apareceu para pagar a dívida ao Sr. Armindo, ou não? Enfim… E como eu estava a dizer, juntem-se, amem-se, festejem e junto de todos os quantos sempre vos viram tapados, digam, a bom dizer: Que belo parte de tomates que o Sr. Faustino! E que belo par de melancias tem Dona Luísa!


Um Santinho Natal e que Jesus nos veja e proteja.


Obrigadinho.


PS: Dona Almerinda, deixou as suas meias lá em casa. Quer que as mande?