quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Hora do Bolo

Bolo de óleo de fígado de bacalhau!


01
- Dei um pontapé no escuro, atingi a minha amada!
Bauhaus – Kick in de eye (duração: 3:40)

02
- Vejo-te ai parada, esperas por quem não te ama, mas estás feliz... às vezes!
Artic Monkeys – When the Sun Goes Down (duração: 3:22)

03
- A minha avó disse-me ontem: Oh filho! Casa com uma virgem...
Morphine – Virgin Bride (duração: 3:28)

04
- Procuro paz e não encontro, procuro alguém e não surge, vou fugir! Hum! Talvez para a Florida, que me dizes Alberto?
Butthole Surfers - Moving to Florida (duração: 4:32)

05
- Para ti...
Editors – Blood (duração: 3:29)

06
- Salva-me! Salva-me! Salva-me! Estou aqui!!! Aqui dentro do berlinde...
Foo Fighters – My hero (duração: 4:19)

07
- Ai! Deixa-me! Larga-me! Vai-te! Desaparece! Maldita pulga...
A Perfect Circle – Orestes (duração: 4:48)

08
- Tanto que eu procurei por ti... tanto! E onde estavas? Aqui, mesmo ao meu lado...
David Fonseca – Hold Still (duração: 4:57)

09
- Ai que raiva!!! Amo-te!!! Quero-te!!! Desejo-te!!! E...
Mão Morta – Quero morder-te as mãos (duração: 2:37)

10
O que é o amor? É um café e bagaço? Uma ida ao cinema? Passar uma noite na prisão com a minha amada? O que é?
NoMeansNo – Real love (duração: 3:39)

11
Camalion de imitación!
Big Black – The Model (duração: 2:34)

12
Adeus! Até sempre!
Tool – Aenema (duração: 6:39)

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Duas histórias.

Uma história:

Na rua onde o meu tio mora, vive um arruaceiro, mas que tem um coração de oiro. Todos os dias mete conversa de uma forma provocadora com o homem da padaria. Ele acha muita piada ao facto do Sr. Ernesto ser um fala-barato e nunca ter medo de dizer: Santinho. Eu não acho muito justo, o Carlos Manuel, o arruaceiro, ser assim! Corrói-me! Tinha de fazer alguma coisa.
Fui para casa, abri o meu livro de notas e pus-me a pensar! Passados trinta segundos estava a traçar o plano. De repente aparece a minha mãe na sala toda nua a dizer que quer um rolo de papel higiénico. Eu não quero ir à despensa agora que estou a pensar numa coisa tão bela e maquiavélica. Mas ou é isso, ou a minha mãe tortura-me a face com os seus gigantes seios. Levanto-me e lá vou eu. Ainda vou a caminho e já ela me pergunta em forma de cantora de ópera se o rolo já está na mão dela. Abro a porta e quem está lá dentro? O meu primo! E igualmente nu. Peço que saia, mas ele cheio de medo, diz-me que o meu pai está de olho nele. Penso o que ele quer dizer com isto, mas não o levo a sério. A minha mãe canta na sala, a pleno pulmão. Olho para trás e vejo o meu primo de pénis erecto e soube logo o que se estava ali a passar. Ele anda enrolado com a minha empregada, só pode ser isso. Apeteceu-me estrangula-lo, mas ao mesmo tempo lembrei-me do Carlos Manuel e deixei o assunto. Será resolvido noutra oportunidade. Entrego o rolo à minha mãe, dou uma palmada no rabo, pisco-lhe o olho e ela sorri. Gosto.
Ao mesmo tempo que ia delineando o plano maquiavélico, sorrio com ar de mau e sinto-me a pessoa mais má do universo. Mais um linha e já está feito. A melhor parte está para vir, quando lhe arranco a unhas das mãos e lhe parto os dedos todos dos pés. Estou mesmo a terminar. Entra de novo a minha mãe aos gritos com um vibrador no recto a chamar pela polícia, a dizer que vai matar o tipo que lhe vendeu o aparelho e que lhe disse que aquilo não lhe fazia cócegas. Ela no meio dos gritos, ri-se descontrolada. É uma imagem desgastante e desconcertante. Eu pego-lhe no braço, faço-a parar, meto o aparelho mais para dentro e ela pára logo de rir. Pronto, está resolvido o problema, agora estou feliz e ela também. Está com uns olhos um bocado esbugalhados e não se mexe, mas já lhe passa.
Estou a sair de casa quando a ouço gritar de tal forma que se ouve no bairro inteiro. Finalmente chegou-lhe a dor ao cérebro e conseguiu processar a informação em forma de grito horrível, provocada pela dor lancinante. Fabuloso.
Eu adoro andar a pé e vou pelo passeio quando ouço alguém chamar por mim num tom de gozo. Cedo percebi que se tratava do Gonçalo, o meu querido amigo Gonçalo. Atiro-lhe com uma pedra, ele agarra com os dentes e foge todo contente.
Já consigo ver a padaria do Sr. Ernesto e o Carlos Manuel está à porta com um tacho na mão e uma vassoura na outra. Corro para junto dele e leio tudo que tinha escrito em casa. Fica apavorado e foge para a Austrália.

Moral da história: Nunca tenhas medo de ninguém, mesmo que esse alguém seja o teu próprio pai. Ele vai compreender e vai-te bater, mas tu vais também compreender que ele é maior que tu e não tem qualquer tipo de problema em te partir os dois braços, caso tenhas mais.

Outra história:

Tinha um cão, era meu, tinha-me sido dado pela irmã do meu amigo. Eu sempre quis namorar com ela, mas ela deu-me um cão. Agora, cada vez que olho para o cão vejo-a e tento já há algum tempo ter relações com o cão. Ele olha-me com ar de desprezo. Estou a dar em louco. Já tentei de tudo. E consegui. Comprei-lhe uma trela nova, mas pelo abanar da cauda ele não quer saber da trela, mas sim do meu sexo. O cão não tem um pingo de sentimentalismo, só quer sexo bruto. Nada de carinhos. Eu já o levei ao psicólogo para cães, mas foi ainda pior. Apaixonou-se pelo médico. Não sei mais que fazer. Em desespero já o levei para um canil durante uma semana para tentar cobrir o máximo de cadelas possível, mas esteve sempre numa canto, só de lá saía quando o maior dos tratadores lhe ia dar de comer e ele punha-se de 4 à espera dele. Inclusivamente até lhe tirou as calças, tal como eu lhe ensinara e fez sexo oral com o senhor. Claro está que o senhor quis ficar com o cão. Foi uma grande complicação. Só havia uma hipótese, ir falar com a irmã do meu amigo e contar-lhe a verdade. Assim fiz.
Num dia triste de Verão quente como o inferno, peguei no cão e fui para a rua. Ele pensou que íamos para o nosso refúgio secreto e estava tão contente que dava dó. Mas depressa percebeu que ia-mos para outro lado. Pelo caminho lambia-me a orelha e dava-me mordidelas de amor no nariz e nas bochechas, entre toques com a pata no meu pénis duro que nem ferro. Queria festa, mas eu estava farto e afastei-o mais uma vez. Deitou-se ao canto do banco de trás e chorou o resto do caminho todo.
Chegámos!
Mal abri a porta de trás, vomitou. Pensei que podia ter enjoado com a viagem, mas não. Estava mesmo muito doente. O seu coração estava a sangrar de dor, estava consumido de ciúmes, sabia que eu vinha aconselhar-me com a minha amada. Entrámos e dei logo de caras com ela e o seu namorado, a rebolarem pela relva fora, em actividades muito pouco consentâneas. O cão que estava habituado às frenéticas orgias na minha casa de praia com mais 4 ou 5 cães dos meus vizinhos e pensou que podia entrar na festa. Não o consegui agarrar a tempo e de imediato fez sexo oral com o namorado da miúda. Ele em pânico e com medo de ficar sem o seu sexo alado, nem se mexeu e deixou que o pobre cão o deixasse atingir o orgasmo. Ela também em pânico e já que estava ali à mão de semear, atirou-se ao pénis do pobre Latinhas, que jazia ali, firme e hirto. Eu que não podia ver fazerem tanto mal ao meu cão, resgatei-o e zarpei a casa com os olhos inundados, mas ao mesmo tempo feliz e um último pensamento: meu amor.

Moral da história: Quanto mais conhecemos as pessoas mais gostamos de tratar os animais como tais.