quarta-feira, 6 de julho de 2005

Carne Podre

O mistério da carne podre, que definha e cresce por entre as pedras do caminho, tão escura, tão mal cheirosa, tão infecta, mas que nos atraia, a cheirar, a tocar, chegando mesmo a tornar-se uma obsessão de a ter nas mãos, junto ao corpo, de leva-la connosco, de a exibir, de mostrar que a conseguimos ter, sem que nos faça qualquer tipo de mal.
Mas após alguns dias, as doenças, as náuseas, os arrepios, os suores frios, o querer tirar e não conseguir, o lavar, raspar e não sair, o cheiro infecto que se nota a léguas, não mais nos larga. Pensamos que nunca mais nos irá abandonar, mas há uma solução! Sim há! Temos que nos convencer que a carne fresta é mais saudável, mais difícil de obter, é certo, mas mais fácil de sair. Não tem o mesmo aspecto apelativo da podre, a qual se consegue obter sem grande esforço. Mas compensa. É mais limpa e saudável. É bem mais difícil de obter, e as quantidades são sem dúvida insignificantes, quando comparadas com a da podre, mas dá mais gozo, mais gosto e não cheira tão mal.
Por isso eu digo a bem de verdade, não comam carne. Comam merda! Essa sim é a verdadeira ambição de qualquer um.

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