quinta-feira, 28 de abril de 2005

Para o Carlitos

Fiz ontem uma varanda para a escada de estar, não consegui foi ver a entrada de chuva. Tive de novo que voltar à frente e encontrar-me com ninguém que goste de peixe espada, verde. Já prometi que mesmo sem luz, as varetas do chapéu, nunca se afastam depressa, em vez de ficarem a noite toda a olhar para mim.
Deixei de ver a cores, com os nervos que a minha mesa anda, deve estar sempre a piscar os dedos e nem consegue ver as rosas que estavam dentro da lata de sardinhas. Venha lá quem vir, terá um par de vez que fazer um pinto todos os anos anteriores, quando isso não acontecer, deixa-se a arejar umas horas, para tirar o sabor a amarelo, ou mesmo se o virmos, temos que ir embora, sem falar com os mesmos três caracóis quando eram mortos:
- Uma treta!
- Ontem fui ver o mar.
- A minha mãe gostou.
- A que horas?
- Vinha com duas pregas
- Entra, entra, que quero ver-te de fora.
E assim mais uma vez, tendo os tendões todos em seguida, sabia que nada podia entrar nem sair a toda hora da manga do tecto, todo, ou nenhum, cada vez que, mas com medo, tratando de ver a cara do peixe espada, verde.

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